Círculo Polar Ártico
Astronomicamente denominam-se círculos polares as linhas definidas pelos pontos de interseção entre a superfície da esfera planetária (em questão a terrestre) e uma reta imaginária que passe pelo centro do planeta de forma a posicionar-se sempre perpendicular ao plano eclíptico, provida no mínimo uma rotação completa do planeta (um dia sideral).
Por simetria tais linhas justapõem-se a dois dos paralelos geográficos do planeta. Ao paralelo assim selecionado no hemisfério norte dá-se o nome de Círculo Polar Ártico, e ao paralelo assim selecionado no hemisfério sul dá-se o nome de Círculo Polar Antártico.
Nas regiões entre os dois círculos polares verifica-se sempre um nascer e um ocaso da estrela central (o Sol no caso da Terra) a cada dia. Sobre cada um dos círculos polares, em uma data do ano não se verifica o nascer, e em outra não se verifica o poente da estrela, havendo pois um dia sem iluminação e outro sem umbra ao longo do ano. Para regiões entre cada um dos círculos polares e seu respectivo polo, quanto mais junta ao polo, maior o número de dias consecutivos sob iluminação contínua (sem ocaso) e maior o número de dias sob umbra contínua (sem o amanhecer), verificando-se o extremo para tais períodos justamente nos polos.
Círculo polar ártico terrestre
O Círculo Polar Ártico (AO 1945: Círculo Polar Árctico) terrestre corresponde ao paralelo da latitude 66º 33’ 44"[1] (ou 66,5622°) Norte. Define uma linha imaginária no planeta, ao norte da qual há pelo menos um dia de noite absoluta (24 horas de escuridão) no inverno e pelo menos um dia de luz absoluta (24 horas de sol) no verão boreal (sol da meia-noite) por ano.
Aí há um dia por ano no qual o sol não aparece, ficando, porém, na fímbria do horizonte. Daí para o norte, ocorrem gradativamente mais dias sem que o sol apareça, até que no Pólo Norte, durante seis meses, o sol não aparece.
As áreas localizadas na proximidade deste paralelo e a sul da latitude 70° N são de clima subártico ou subártico oceânico, passando praticamente o quase ano todo com temperaturas abaixo do ponto de congelamento. Nestas latitudes, a amplitude térmica anual é geralmente superior aos 30 °C, variando de vários graus abaixo de zero durante o inverno boreal, a até poucos graus acima de zero no verão boreal. Tanto que durante o inverno o Mar Glacial Ártico costuma congelar, formando uma calota de gelo durante a longa noite fria, que na latitude 90º N pode durar até seis meses.
As principais áreas pelas quais passa o Círculo Polar Ártico são o estado norte-americano do Alasca, o norte do Canadá, o sul da Gronelândia, o extremo norte da Islândia (ilha de Grímsey), o norte da Escandinávia e o norte da Rússia.
Ao longo do tempo os Círculos Polares movem-se, estimando-se esse movimento em cerca de 15 metros por ano no sentido da redução.
A área a norte do Círculo Polar Ártico é escassamente habitada. As maiores cidades são Murmansk, (Rússia, pop. 325 100), Norilsk, (Rússia, pop. 135 000), Tromsø (Noruega, pop. 62 000) e Rovaniemi (Finlândia, pop. 59 000).
Geografia
O Círculo Polar Ártico passa através do Oceano Ártico, a península escandinava, Norte da Ásia, América do Norte e da Gronelândia. As terras sobre o Círculo Polar Ártico estão divididas entre os oito países: Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Dinamarca (Groenlândia) e Islândia.
Começando no Meridiano de Greenwich a partir do leste, o Círculo Polar Ártico atravessa:
São relativamente poucas as pessoas que vivem ao norte do Círculo Polar Ártico devido ao clima. As três maiores comunidades acima do Círculo Polar Ártico estão situados na Rússia: Murmansk (população 325 100), Norilsk (135 000), e Vorkuta (85 000). Tromsø (na Noruega) tem cerca de 62 000 habitantes, enquanto que Rovaniemi (na Finlândia), que se situa ligeiramente a sul da linha, tem um pouco menos de 58 000.
Ver também
- Círculo Polar Antártico
- Equador
- Linhas geográficas imaginárias
- Meridiano de Greenwich
- Observatório de Greenwich
- Trópico de Câncer
- Trópico de Capricórnio
- Trópico