Shopping Capital
Shopping Capital | |
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Fachada do shopping vista a partir da Avenida Paes de Barros em 2006 | |
Localização | Avenida Paes de Barros, 2761 - Mooca - São Paulo |
Inauguração | maio de 2006 (18 anos) |
Fechamento | junho de 2012 (12 anos) |
Proprietário | Instituição Luso-Brasileira de Educação e Cultura (Ilbec) |
Números | |
Lojas | 170 |
Área | 59.433 m² |
Andares | 8 |
Página oficial | www.shoppingcapital.com.br |
O Shopping Capital foi um centro comercial localizado na avenida Paes de Barros, no distrito da Mooca, zona leste da cidade de São Paulo.
O centro comercial foi inaugurado em maio de 2006,[1] possui 59.433 metros quadrados distribuídos entre 8 pavimentos, contava com 170 lojas e um campus do Centro Universitário Capital (Unicapital) que ocupava os últimos três andares do edifício.[2]
Histórico
O Shopping Capital foi construído pela Instituição Luso-Brasileira de Educação e Cultura (Ilbec), mantenedora da Unicapital para servir como centro comercial com lojas, praça de alimentação, além de contar com salas de aula e laboratórios da universidade ocupando os três últimos andares do prédio.[3]
Seu projeto original previa a presença de duas lojas âncora, oito salas de cinema, um supermercado de 2,5 mil metros quadrados, um teatro com capacidade para 411 pessoas, dentre outras conveniências e estruturas.[4]
Após sua inauguração, chegou a contar com lojas da rede O Boticário e Lojas Americanas, além de restaurantes como o Giraffas, Rei do Mate, Spoleto, dentre outros.[5]
Problemas judiciais e lacração
Seus primeiros problemas surgiram após a constatação de que a construção excedeu os limites os quais a Prefeitura de São Paulo havia autorizado para a obra.[6] Enquanto o projeto e a planta apresentados e aprovados pela PMSP previam a construção de 31.546 metros quadrados distribuídos em 6 pavimentos, a construção de fato foi erguida com 59.433 metros quadrados distribuídos em 8 pavimentos.[6][7][8]
Desde a sua inauguração em maio de 2006, o Ministério Público do Estado de São Paulo lutava por sua interdição devido as irregularidades na obra. O shopping já havia sido lacrado por ordem da Subprefeitura da Mooca em ao menos três ocasiões diferentes logo nos dois primeiros anos de operação, mantendo-se aberto mediante a concessão de liminares.[1][9][10]
Em julho de 2008, os primeiros lojistas entravam com ações judiciais contra a administradora devido a problemas com a estrutura prometida que não havia sido entregue, além dos problemas com a falta de movimento. Nesta mesma época, apenas 29 lojas funcionavam, representando uma ocupação de 19,2% do total de lojas do shopping.[4][5]
Em junho de 2012, o Capital foi interditado e lacrado definitivamente pela Subprefeitura da Mooca devido a falta de habite-se e licenças de funcionamento. Na época, apenas 14 lojas ainda funcionavam no centro comercial.[11]
Tentativas de invasão e leilão
Após o fechamento, houveram algumas tentativas de leilão da construção por parte de seus proprietários.
Em 6 de dezembro de 2013, a primeira tentativa de leilão foi feita com lance inicial no valor de 144 milhões de reais e não atraiu interessados,[12] resultando em novo leilão realizado em 20 de dezembro do mesmo ano com lance inicial estipulado em 135,5 milhões de reais e que novamente, não obteve sucesso.[13]
Em 11 de setembro de 2015, a construção foi invadida por cerca de 200 militantes do movimento Luta Digna por Moradia (LDM). A ocupação foi encerrada no mês seguinte com a obtenção de liminar de reintegração de posse por parte dos administradores do prédio.[6]
Galeria
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Visão da entrada principal a partir da esquina da rua Juventus com a Avenida Paes de Barros
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Entrada principal do shopping em junho de 2024
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Entrada principal pela Avenida Paes de Barros bloqueada por tapumes
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Visão frontal do edifício principal em junho de 2024
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Entrada do estacionamento na Rua Cel. Joviniano Brandão fechada por tapumes
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Parte traseira do shopping vista a partir da rua Ibipetuba
Referências
- ↑ a b «Shopping Capital é fechado pela terceira vez na Mooca». Extra Online. 14 de junho de 2008. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ Semana, Redação Guia da. «Shoppings Shopping Capital - São Paulo». Guia da Semana. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ Moreira, João Carlos (3 de março de 2008). «Shopping Capital funciona mesmo após a interdição». Diário de S. Paulo: 12
- ↑ a b «Lojistas do Shopping Capital entram na Justiça – Cerveira Advogados Associados». Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ a b Paulo, ACSP-Associação Comercial de São. «Sem entregar o que prometeu, shopping terá de indenizar lojistas». Diário do Comércio. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ a b c «Após saída das famílias, prédio do shopping Capital recebe cerca de ferro para evitar novas invasões – Folha da Vila Prudente». Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «Shopping Capital é lacrado pela Prefeitura». Estadão. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «G1 > Edição São Paulo - NOTÍCIAS - Shopping Capital é lacrado pela terceira vez na Mooca». g1.globo.com. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «Shopping na Mooca é lacrado pela terceira vez | Secretaria Especial de Comunicação | Prefeitura da Cidade de São Paulo». www.prefeitura.sp.gov.br. 16 de junho de 2008. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «Shopping Capital processa Subprefeitura da Mooca para se manter aberto». Extra Online. 28 de março de 2008. Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «Shopping Capital é lacrado pela Prefeitura – Folha da Vila Prudente». Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «Prédio do Shopping Capital será leiloado – Folha da Vila Prudente». Consultado em 13 de junho de 2024
- ↑ «Imóvel do Shopping Capital não é vendido em leilão ocorrido em dezembro – Folha da Vila Prudente». Consultado em 13 de junho de 2024