Rudá
Rudá é o deus do amor na mitologia tupi-guarani.[1] Anjo Cupido responsável por flechar e amolecer o coração duro das indígenas e dos indígenas guerreiros e prepará-los para o amor. Segundo a espiritualidade indígena, ele vive nas nuvens e sua função é despertar o amor. Os indígenas cantam canções para o deus, em busca de esposos. É uma das três grandes divindades tupis, junto com Guaraci e Jaci. Rudá é responsável pela Lua cheia (Cairê) e pela Lua nova (Catiti).[2]
O personagem Macunaíma, do romance homônimo de Mário de Andrade, cita Rudá em uma passagem do livro:
“ | Rudá, Rudá!... Tu que secas as chuvas, Faz com que os ventos do oceano Desembestem por minha terra Pra que as nuvens vão-se embora E a minha marvada brilhe Limpinha e firme no céu!. . . Faz com que amansem Todas as águas dos rios Pra que eu me banhando neles Possa brincar com a marvada Refletida no espelho das águas!...
(...) Rudá! Rudá! Tu que estás no céu E mandas nas chuvas. Rudá! faz com que minha amada Por mais companheiros que arranje Ache que todos são frouxos! Assopra nessa marvada Sodades do seu marvado! Faz com que ela se lembre de mim amanhã Quando a Sol for-se embora no poente !...[3] |
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Referências
- ↑ Figuras da Mitologia Ameríndia Tupi-Guarani: Rudá. «MITOLOGIAS». Consultado em 16 de julho de 2011. Arquivado do original em 12 de setembro de 2011
- ↑ «A Religião dos Índios Brasileiros». Consultado em 28 de Julho de 2016
- ↑ Andrade, Mário de (1986). Macunaíma. Belo Horizonte: [s.n.]