Rio Kuiseb
Rio Kuiseb | |
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Leito seco do rio, única área com vegetação no meio do deserto | |
Comprimento | Cerca de 560 km Posição: Leste–oeste |
Nascente | Planalto de Khomas |
Foz | Entre Walvis Bay e Sandwich Harbour |
Área da bacia | 14.700 km² |
País(es) | Namíbia |
O rio Kuiseb é um curso d'água temporário da Namíbia. Nasce no planalto de Khomas, próximo à capital do país, Windhoek, e após percorrer cerca de 650 km através de um leito cortado por um cânion e dunas deságua numa pequena baía ao sul de Walvis Bay. Ao longo do seu curso seco crescem várias espécies de plantas, entre elas a acacia albida.[1] fonte de alimento para várias espécies de herbívoros.
Bacia
O Kuiseb cobre uma bacia de quase 15 mil km² e o rio é célebre em virtude de as chuvas de suas cabeceiras raramente alcançarem sua foz no oceano Atlântico. A explicação disso é que ao longo de seus 560 km ele penetra pelas regiões mais secas do centro da Namíbia. Em seu baixo, entre o litoral e Gobabeb, a precipitação anual chega a apenas 19 mm de chuva, sendo um dos deserto mais áridos do mundo.[2]
Esse caráter temporário do rio não impede que uma profusão de seres vivos, inclusive peixes, sobreviva em seu leito aparentemente seco até a próxima estação chuvosa — que durará poucas semanas —, e rapidamente dê vida a uma nova geração quando as próximas chuvas chegarem.
Nas suas margens encontram-se as mais altas dunas do mundo e rochas desprovidas de vegetação. As dunas de areias vermelhas no sul do rio alcançam alturas de mais de 150 metros. Os ventos mais fortes que sopram sobre elas em direção norte têm seu movimento bloqueado pelo leito fundo do rio.
Dos rios temporários do deserto do Namibe, o Kuiseb é o mais estudado,[3] tendo no passado servido de fonte de água para a exploração de minérios do país, época em que a empresa Rôssing, que dirigia as minas de urânio, se utilizava de seus aquíferos para conduzir suas operações.[4]
Referências
- ↑ PISANI, E. Du (1983). Past and present plant utilization in Namaland and the Lower Kuiseb River Valley (...). [S.l.]: University of Stellenbosch. 38 páginas
- ↑ MCLAREN, S.J.; KNIVETON, D.R. (2000). Linking Climate Change to Land Surface Change. [S.l.]: Springer Science & Business Media. 276 páginas. ISBN 9780792366386
- ↑ MIZUNO, Kazuharu (2005). Studies on the environmental change and human activities in semi-arid area of Africa. [S.l.]: Center for African Area Studies, Kyoto University. 214 páginas
- ↑ DOOGE, James C.I. (2009). Fresh Surface Water – volume III. [S.l.]: Eolss Publications. 338 páginas. ISBN 9781848260139