Mulheres na cavalaria medieval
Cavaleira, em francês chevalière, em latim Equitissa, ou Militissa, na história da cavalaria medieval a figura masculina do cavaleiro, um homem nobre virtuoso que se coloca a disposição dos senhores feudais, monarcas e da igreja para defender aqueles que precisavam de sua ajuda é a principal, pois a maioria desses guerreiros eram homens; contudo, na idade média, ao contrário do que se imagina, também houve mulheres que em tempos de crise ou de paz, pelos mais diversos motivos, se tornaram cavaleiras, a figura de Joana D'arc, é a primeira imagem que vem a mente de uma pessoa quando se pensa em uma cavaleira, embora não haja consenso entre os historiadores se Joana realmente tenha pegado em armas e combatido em seu cavalo ou se ela era apenas um símbolo de fé para os cavaleiros franceses na batalha.
Cavaleiras notáveis
Alem de Joana D'arc, houve outras mulheres que se tornaram cavaleiras durante a idade média, exemplos notáveis temos :[1]
Joana de Flandres: Lutou na guerra pela sucessão da Bretanha,durante a guerra ela organizou soldados e trincheiras, resistiu ao cerco imposto por Carlos de Blois até que este desistisse de conquistar seu castelo, durante esse meio tempo ela incendiou tendas e os suprimentos de Carlos,o que lhe deu o apelido de Joana a Chama.[carece de fontes]
Inês Randolfo (no original, Agnes Randolph), condessa de Dunbar e Moray, era a filha mais velha de Tomás Randolfo, conde de Moray, sobrinho do rei Roberto I Bruce, e de sua esposa Isabel, filha de Sir João Stuart, de Bonkill. Casou-se em 1320 com Patrício, conde de Dunbar (1282 - 1369), como sua segunda esposa. Sua pele branca, os olhos e cabelos negros lhe valeram o apelido de "Inês Negra" (black Agnes). Quando o conde se ausentou em uma campanha militar, em 1337, as forças inglesas conduzidas por Salisbúria e Arundel sitiaram o castelo de Dunbar. Inês comandou a defesa durante o cerco e após aproximadamente 6 meses de ataques e provocações, Salisbúria foi obrigado a levantar o cerco e partir com seu exército.[carece de fontes]
Ida da Áustria: Liderou seu próprio exército na cruzada em 1101.
Florine da Borgonha (1083 — 1097) foi uma cruzada francesa.
Ordens de cavalaria femininas
Na Idade Média existiram diversas ordens de cavalaria tanto honoríficas como militares. Embora a maioria dessas instituições fossem compostas majoritariamente por homens, há a comprovação de algumas ordens militares possuírem mulheres associadas a elas.[2]
Na Inglaterra e Reino unido
Mulheres foram nomeadas para a Ordem da Jarreteira praticamente desde a sua fundação, no total 68 mulheres foram nomeadas no período entre 1358 e 1488, incluindo todas as consortes. Embora muitas fossem mulheres de sangue real, ou esposas de cavaleiros da Ordem da jarreteira, algumas mulheres curiosamente não o eram. Elas usavam uma fita no braço esquerdo e algumas são representadas em suas lapides com este adorno.[3] [4] [1]
Na França
O francês medieval possuía duas palavras; chevaleresse e chevaliére, o primeiro era concedido a esposas de cavaleiros, o segundo parece ter sido o nome dado as cavaleiras, e seu uso remonta ao século XIV. Aqui temos uma citação de Menestrier, que foi um escritor do século XVII sobre o cavalheirismo. "Não era sempre necessário ser a esposa de um cavaleiro para ter este titulo."
Algumas ordens francesas modernas incluem mulheres, por exemplo a Legion d'Honneur desde meados do século XIX, mas geralmente são chamadas de chevaliers (1772-1859). Ouve recentemente um pedido de alguém da ordem de Mérite para ser chamada de chevalére, tendo o seu pedido concedido em 20 de janeiro de 2000.[5][4][1]
Na Itália
A Ordem da Santíssima Virgem Maria (em italiano, Frati della Beata Gloriosa Vergine Maria), foi criada por dois nobres homens bolonheses Londerigo Degli Andaló e Catalano de Guido em 1223, e aprovada pelo Papa Alexandre IV em 1261, sendo a primeira Ordem a conceder o grau de Militissa para mulheres.[5]
A ordem do Machado surge em Tortosa, tendo surgido após um cerco contra a cidade de Tortosa quando havia poucos homens na cidade. Os poucos homens que ficaram na cidade enviaram mensagem ao Duque pedindo auxílio, mas este encontrava-se impossibilitado de enviar reforços, o que fez os habitantes da cidade pensarem em se renderem. Nesse momento as mulheres, e até mesmo as crianças que estavam dentro da cidade, colocaram roupas e as armaduras que encontraram pela cidade e foram para a defesa da cidade; ao verem uma quantidade grande de cavaleiros na cidade, os inimigos levantaram o cerco e foram embora. Em honra a essas bravas mulheres, o Duque criou uma nova ordem de cavalaria e conferiu a elas isenção de impostos. Essa ordem de cavalaria deveria ser hereditária, porém aparentemente acabou depois que a última desta ordem faleceu, sem ser passada adiante.[carece de fontes]
Referências
- ↑ a b c «Cópia arquivada». Consultado em 5 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 18 de março de 2017
- ↑ «Woman in the Military Orders»
- ↑ «The London Gazette». 24 de abril de 1990
- ↑ a b https://mulheresmedievais.wordpress.com/sociedade-medieval-e-as-mulheres/esposas-guerreiras/black-agnes/
- ↑ a b «Modern Women Knights»