Espírito Santo (estado)
O Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Sudeste. Faz divisa com o oceano Atlântico a leste, com a Bahia ao norte, com Minas Gerais a oeste e com o estado do Rio de Janeiro ao sul. Sua área é de 46 095,583 km². É o quarto menor estado do Brasil, maior apenas que Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro.[7] Sua capital é Vitória, porém Serra é o município mais populoso. O Espírito Santo é, ao lado de Santa Catarina, um dos únicos entre os estados do Brasil no qual a capital não é o município mais populoso de seu estado. O gentílico do estado é capixaba ou espírito-santense.[7]
Em 1535, os colonizadores portugueses chegaram na Capitania do Espírito Santo e desembarcaram na região da Prainha. Naquela época, teve início a construção do primeiro povoado que recebeu o nome de Vila do Espírito Santo. Por causa dos índios terem atacado a Vila do Espírito Santo, o líder Vasco Fernandes Coutinho fundou outra vila, naquela vez em uma das ilhas. Esta vila passou a ser chamada de Vila Nova do Espírito Santo, atual Vitória. Enquanto isso, a antiga recebeu o nome de Vila Velha. Houve um tempo, que poucas pessoas conhecem, em que houve a anexação do Espírito Santo à Bahia. Isso ocorreu no ano de 1715. Então, a capital da extinta Capitania do Espírito Santo passou a ser Salvador.[8] A Capitania do Espírito Santo somente recuperou sua autonomia da Capitania da Bahia em 1809. Com a proclamação da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, o seu status foi alterado para província, permanecendo assim até a Proclamação da República Brasileira, em 15 de novembro de 1889, quando se transformou no atual estado do Espírito Santo.
Atualmente, a capital Vitória é um importante porto exportador de minério de ferro. Na agricultura, merecem destaque os seguintes produtos econômicos: o café, arroz, cacau, cana-de-açúcar, feijão, frutas e milho. Na pecuária, há criação de gado de corte e leiteiro. Na indústria, são fabricados produtos alimentícios, madeira, celulose, têxteis, móveis e siderurgia.[8] O estado também possui festas famosas. Entre elas podemos citar: a Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante, a Festa da Penha em Vila Velha e o Festival de Arte e Música de Alegre. O Vital (carnaval fora de época, em novembro) foi extinto.[8]
O nome do estado é uma denominação dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali desembarcou em 1535, num domingo dedicado ao Espírito Santo.[9] Como curiosidade dessa etimologia, merece destaque o Convento de Nossa Senhora da Penha, símbolo da religiosidade capixaba que abriga em seu acervo a tela mais antiga da América Latina, a imagem de Nossa Senhora das Alegrias.[10]
Etimologia
Em junho de 1534 foram concedidas cinquenta léguas de litoral entre os rios Mucuri e Itapemirim. A concessão foi feita pelo rei de Portugal Dom João III, entregando o lote da capitania ao fidalgo português Vasco Fernandes Coutinho, veterano das Índias, que participara de forma vitoriosa em batalhas na Ásia e na África. O fidalgo donatário desembarcou no território da capitania a 23 de maio de 1535 e fundou uma vila, denominada Vila do Espírito Santo, por ser domingo do Pentecostes (atualmente é a cidade de Vila Velha).[11] Em 1535, a vila deu o nome à capitania, transferindo o nome à província, em 1822, e ao estado, em 1889.[12] Assim, 35 anos após o Descobrimento do Brasil, nascia um dos estados mais antigos do Brasil.[11]
Os habitantes naturais do estado do Espírito Santo são denominados capixabas ou espírito-santenses. O gentílico capixaba tem origem no tupi antigo e foi dado aos futuros cidadãos do Espírito Santo devido às roças de milho que ficavam na ilha de Vitória (em tupi, kopisaba, de kopir, roçar, e o sufixo -saba, que significa "lugar de", significando, portanto, roçado, lavoura).[13] As roças pertenciam aos índios, os primeiros habitantes da região quando os portugueses aí chegaram. Tudo leva a crer que a referida assertiva intelectual ajuda a evitar a confusão do nome da unidade federativa brasileira com o nome da terceira pessoa da Santíssima Trindade.[14]
História
Período pré-cabralino
Inicialmente, a região era habitada por diversas tribos indígenas,[15] todas pertencentes ao tronco Tupi; as tribos do interior eram chamadas de Botocudos,[15] sendo-lhes atribuído comportamento hostil e belicoso, além da prática de antropofagia.[16] No litoral, as tribos também eram hostis, porém de hábitos um pouco diferentes.[15]
Na região Sul do atual estado e na região da serra do Caparaó, as tribos não eram hostis,[15] e o seu nome deriva de seu hábito de levar os visitantes para "ouvir o silêncio" da Serra do Castelo.[15] As demais tribos eram os aimorés e os goitacás.[15]
Colonização europeia
Em 23 de maio de 1535, o fidalgo português Vasco Fernandes Coutinho, veterano das campanhas da África e da Índia, aportou em terras da capitania, que lhe destinara o rei D. João III.[17] Como era um domingo do Espírito Santo, chamou de vila do Espírito Santo a povoação que mandou construir nas terras que lhe couberam: cinquenta léguas de costa, entre os rios Mucuri e Itapemirim,[18] com outro tanto de largo, sertão adentro, a partir do ponto em que terminava, ao norte, o quinhão concedido a Pero de Campos Tourinho, donatário da capitania de Porto Seguro.[19] A Vila do Espírito Santo é hoje a cidade de Vila Velha.[20] Ainda em 1535, a vila passou à capitania, em 1822 província e em 1889 a estado.
Durante o seu governo, Vasco Fernandes Coutinho convidou o grupo nativo dos temiminós, que foram expulsos de suas terras em 1556, na ilha de Paranapuã (atual Ilha do Governador). Dentre eles, estava Arariboia,[21] líder do grupo e figura fundamental na guerra entre portugueses e franceses pelo controle da baía de Guanabara. Os temiminós então, a convite de governador Coutinho, seguiram para a Capitania do Espírito Santo, aonde reorganizaram sua aldeia e foram catequizados pelos jesuítas.[22]
A fixação da vila foi uma história de lutas, pois os índios não entregaram aos portugueses, sem resistência, suas roças e malocas. Recuaram até a floresta, onde se concentraram para iniciar uma luta de guerrilhas que se prolongou, com pequenas tréguas, até meados do século XVII.[19] Foi assim das mais duras a empresa cometida a Vasco Fernandes Coutinho. Para o patriarca do Espírito Santo a capitania foi um prêmio que se transformou em castigo; teve de empenhar todos os haveres para conservar sua vila; acabou por morrer pobre e desvalido.[19]
Além da insubmissão dos indígenas, o donatário teve de enfrentar as dissensões entre os portugueses. A seus companheiros Jorge de Meneses e Duarte Lemos concedera extensas sesmarias, usando os poderes que recebera juntamente com a carta de doação. Com isso, criou dois rivais implacáveis.[19]
Duarte de Lemos fundou Vitória — chamada de Vila Nova — na ilha de Santo Antônio, em posição estratégica, mais vantajosa que Vila Velha para a defesa contra os constantes ataques dos silvícolas. Para lá se transferiu a sede da capitania. À mesma época, chegaram os missionários jesuítas, empenhados na catequese, o que provocou choques com os colonos, que preferiam a dominação do gentio pela escravidão. A presença do padre José de Anchieta deu um sentido muito especial à ação dos padres da Companhia de Jesus em terras do Espírito Santo. Desde 1561, Anchieta elegera para seu refúgio a aldeia de Reritiba, de onde teve de se afastar constantemente, em virtude de seus encargos, ora em São Paulo, no Rio de Janeiro ou na Bahia. Dois poemas escreveu ele em Reritiba: "De Beata Virgine dei Marte Maria" ("Da Santa Virgem Maria Mãe de Deus") e "De gestis Mendi de Saa" ("Dos feitos de Mem de Sá"). Neste último, está descrita a epopeia de uma esquadra enviada da Bahia por Mem de Sá, governador-geral do Brasil, em socorro a Vasco Fernandes Coutinho e sua gente, que estavam sob cerco dos tamoios na ilha de Vitória. A maior força dos gentios estava concentrada numa aldeia fortificada junto ao rio Cricaré. Ali ocorreu a batalha decisiva, em 22 de maio de 1558. Os portugueses, embora vitoriosos, sofreram pesadas baixas. Entre os mortos estavam o próprio filho de Mem de Sá, Fernão de Sá, que comandava a esquadra; e dois filhos de Caramuru (Diogo Álvares Correia) com a índia Paraguaçu.[23]
A posição estratégica da capitania, dada a proximidade com o Rio de Janeiro, ocasionou algumas tentativas estrangeiras de invasão. Em 1592, os capixabas rechaçaram uma investida dos ingleses, sob o comando de Thomas Cavendish. Em 1625, o donatário Francisco de Aguiar Coutinho enfrentou a primeira investida dos holandeses, comandados por Pieter Pieterszoon Heyn,[23] luta em que se destacou a heroína capixaba Maria Ortiz.[24] Em 1640, com sete navios, os holandeses atacaram novamente o Espírito Santo, sob o comando do coronel Koin. Conseguiram desembarcar 400 homens, mas foram repelidos pelo capitão-mor João Dias Guedes e não se firmaram em Vitória. Atacaram então Vila Velha, de onde foram também rechaçados. O governo colonial, diante de tão repetidos ataques, resolveu destacar para Vitória quarenta infantes da tropa regular.[23] Nessa oportunidade a capitania progride e Koin captura duas naus carregadas de açúcar que, atingidas pelo fogo de terra, ficam com a carga quase toda avariada.[23]
O esgotamento da população, que nos primeiros tempos, por diversas vezes, ameaçara desertar a capitania, bem como a incapacidade de dar seguimento a sua incipiente agricultura, denunciavam a fraqueza dos alicerces em que se baseava a colonização local. Também aí os recursos particulares revelaram-se insuficientes para manter empresa tão árdua e onerosa.[23]
Em 1627, morreu o donatário Francisco de Aguiar Coutinho, cujo sucessor, Ambrósio de Aguiar Coutinho, não se interessou pelo senhorio e continuou como governador nos Açores. Sucederam-se os capitães-mores, com frequentes e sérias divergências entre eles e os oficiais da câmara. Ao atingir a maioridade, em 1667, Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, último descendente do primeiro donatário, conseguiu a nomeação para capitão-mor de Antônio Mendes de Figueiredo, governante operoso e estimado. Em 1674 efetuou-se a compra do território ao último donatário da família Câmara Coutinho pelo fidalgo baiano Francisco Gil de Araújo, por quarenta mil cruzados, transação confirmada por carta régia de 18 de março de 1675.[23]
Esmeraldas
No governo do novo donatário, o comércio e a lavoura se desenvolveram, mas foi totalmente frustrado o motivo principal da compra da capitania: o descobrimento das "pedras verdes" — as esmeraldas. Essa busca começara por iniciativa do governo-geral. As expedições iniciais, denominadas por alguns historiadores "ciclo espírito-santense", incluem-se na categoria das entradas.[25] Na verdade, o ciclo limitou-se a poucas expedições relevantes, cuja importância está menos nos resultados obtidos, do que na dinamização do interesse pela área e em um maior conhecimento do interior. Entre as mais destacadas, contam-se as de Diogo Martins Cão (1596), Marcos de Azeredo (1611) e Agostinho Barbalho de Bezerra (1664), que vasculharam as imediações do rio Doce. Francisco Gil de Araújo fundou a vila de Nossa Senhora de Guarapari e construiu os fortes do Monte do Carmo e de São Francisco Xavier; o de São João, encontrado em ruínas, foi reconstruído.[25]
Gil de Araújo promoveu 14 entradas através do rio Doce, dirigidas à serra das Esmeraldas, as quais podem ter travado contato com os paulistas de Fernão Dias Pais. Da grande atividade e do vultoso emprego de capital realizados por Francisco Gil não resultou qualquer descoberta metalífera, embora se tenham produzido alguns frutos na valorização das terras, pelo estabelecimento de povoadores e criação de novos engenhos.[25] Os lucros, de qualquer modo, não compensaram o investimento feito. Seu filho e herdeiro, talvez por esse motivo, preferiu conservar-se ausente do senhorio e, por morte deste, a capitania tornou-se devoluta, sendo vendida à coroa por Cosme Rolim de Moura, primo do último donatário. Em consequência, ficou o Espírito Santo submetido à jurisdição da Bahia, e seu governo sempre a cargo de displicentes capitães-mores.[25]
Durante o século XVIII ainda perdurou o interesse pela mineração, reanimado pela descoberta de Antônio Rodrigues Arzão de pequena quantidade de ouro no rio Doce, em 1692. Seguiram-se numerosas entradas, dando início à abertura do caminho para as Minas Gerais, enquanto as jazidas do Castelo e outras atraíam moradores de capitanias vizinhas.[25] Assistiu-se a um novo impulso de conquista e ocupação do interior, e as concessões de sesmarias favoreceram a fixação dos colonos mais empreendedores. O movimento despertou a atenção das autoridades baianas, e acabou prejudicado pelos cuidados do monopólio real e receio de invasão estrangeira às Minas Gerais a partir do Espírito Santo. Tomaram-se então medidas para fortificar melhor a capitania, enquanto por ordem do rei ficou proibido o prosseguimento das explorações. Impediu-se a abertura de entradas para as minas. A capitania defendia-se de surpresas marítimas e ficava isolada pelas defesas naturais: florestas cerradas e selvagens inimigos.[25] A colonização, portanto, continuou sem maiores progressos, embora em 1741 fosse criada a comarca de Vitória, que abrangia São Salvador de Campos e São João da Barra. Em 1747 o ouvidor Manuel Nunes Macedo assim descrevia a situação de Vitória:[25]
“ | Aqui não há cadeia nem Casa de Câmara, por terem caído de todo e não cuidarem os meus antecessores na sua reedificação (...) pois a Câmara não tem rendimento algum. |
” |
— Manuel Nunes Macedo.
|
É certo que a obstinação dos mineradores e as melhorias efetuadas no sistema de defesa acabaram por diminuir o rigor das proibições e, em 1758, de acordo com ordem régia, abriu-se um caminho para as minas e estabeleceu-se um posto de quitação na vila de Campos.[25]
Em 1797, o regente D. João dirigiu-se ao governador da Bahia nesses termos:
“ | Sendo-me devido em particular o reanimar a quase extinta capitania do Espírito Santo, confiada até agora a ignorantes e pouco zelosos capitães-mores, fui servido nomear para a mesma governador particular, que ora vos fica subalterno, e escolher um nome de conhecidas luzes e préstimo na pessoa do capitão de fragata Antônio Pires da Silva Pontes.[26] | ” |
— Dom João VI.
|
O novo governador assumiu o cargo em 29 de março de 1800. A obra de recuperação teve como objetivo principal melhores comunicações com a de Minas Gerais. Em 8 de outubro do mesmo ano, Silva Pontes assinou o auto, conjuntamente com o representante do governo de Minas, que regulou a cobrança de impostos entre as duas capitanias. Interessou-se também pela navegação do rio Doce, por abertura de estradas, pela ampliação dos cultivos e pelo povoamento da terra.[25] Em 1810 a capitania tornou-se autônoma em relação à Bahia, e passou a depender diretamente do governo-geral. Governou na época Manuel Vieira de Albuquerque Tovar, que não se afastou do programa de Silva Pontes. Deu o nome de Linhares às antigas ruínas da aldeia de Coutins.[25]
O período colonial encerrou-se sob melhores auspícios, sobretudo em função da diligência de Francisco Alberto Rubim, nomeado governador em 1812. Rubim foi o autor da "Memória estatística da capitania do Espírito Santo", realizada em 1817, na qual afirmou haver na época na capitania 24.587 habitantes, seis vilas, oito povoados e oito freguesias. Consolidara-se a ocupação do território e ampliara-se a base demográfica. Em face das dificuldades enfrentadas, esses dados revelam um progresso nada desprezível.[27]
Em 20 de março de 1820 foi empossado como governador Baltazar de Sousa Botelho de Vasconcelos, a quem coube enfrentar os dias agitados da independência e passar a administração à junta do governo provisório. Antes mesmo de promulgada a constituição do império, foi nomeado presidente da província o ouvidor Inácio Acióli de Vasconcelos.[27]
Independência do Brasil
Durante o movimento de independência, em março e abril de 1821, ocorreram várias comoções políticas no Espírito Santo, enquanto se procedia à escolha de seus representantes às cortes de Lisboa. Após a proclamação da autonomia brasileira, foi dado total apoio à nova realidade política, e em 1 de outubro de 1822, reconhecido imediatamente D. Pedro na condição de imperador do Brasil.[27]
O governo provincial enfrentou séria crise econômica nos primeiros anos da década de 1820, ocasionada pelo estrangulamento da produção agrícola em razão da prolongada estiagem. Mesmo assim, iniciou a cultura cafeeira. Para tanto, incentivou o aproveitamento de terras por colonos estrangeiros, o que se deu simultaneamente à chegada de fazendeiros fluminenses, mineiros e paulistas.[27] A exemplo das demais províncias do sul, no Espírito Santo essa experiência colonizadora baseou-se na pequena propriedade agrícola, que logo se estendeu ao longo da zona serrana central, em contraste com as áreas do sul daquela região, onde predominava a grande propriedade.[27]
Em 1846 fundou-se a colônia de Santa Isabel (Campinho) com imigrantes alemães de Hunsrück e em 1855 uma sociedade particular — depois encampada pelo governo — criou a colônia do Rio Novo com famílias suíças, alemãs, holandesas e portuguesas. Entre 1856 e 1862 houve considerável afluência de imigrantes alemães para a colônia de Santa Leopoldina, que tinha por sede o porto de Cachoeiro de Itapemirim, no rio Itapemirim, a cinquenta quilômetros da foz, no sul do estado.[27] Rapidamente as antigas áreas de pastoreio pontilharam-se de pequenos estabelecimentos agrícolas, que demonstraram grande força expansiva. As colônias de Santa Isabel e Santa Leopoldina,por exemplo, criaram desdobramenros através de todo o planalto, entre os rios Jucu e Santa Maria, e mais tarde atravessaram o rio Doce.[27]
No processo de colonização enfrentaram os imigrantes, a par de outras dificuldades, o sério problema indígena na região do rio Doce. Malgrado os esforços de aldeamento e as tentativas de utilização de sua mão de obra, sucediam-se os choques com os colonos,[27] e chegou mesmo a verificar-se grave contenda entre índios e moradores de Cachoeiro de Itapemirim,[27] como elevado número de mortos e feridos, em 1825. Duas décadas depois, o comendador e futuro barão de Itapemirim, Joaquim Marcelino da Silva Lima, ainda tentou organizar um grande aldeamento à base de terras devolutas.[27]
Século XIX
Os canaviais haviam sido substituídos pelos cafeeiros. Ainda não tinha sido fundada nenhuma usina. Os engenhos centrais pouco a pouco desapareciam. Além de fazendeiros capixabas, que passam a cultivar o café, vieram também, com o mesmo propósito, fluminenses, mineiros e até paulistas, como o barão de Itapemirim.[27]
Graças ao trabalho profícuo desses colonos, quando se aboliu a escravidão dos negros — o que derrocou as grandes fazendas, de imediato ou não — a economia do Espírito Santo resistiu e proporcionou aos seus presidentes, depois de proclamada a república, os meios necessários para empreendimentos como a construção de estradas de ferro, expansão do ensino e organização de planos urbanos, com Muniz Freire; instalação de água, luz, esgoto, bondes elétricos, de um parque industrial, de uma usina elétrica e de uma usina de açúcar em Cachoeiro de Itapemirim e na vila de Itapemirim, de uma fazenda-modelo em Cariacica, além de reforma da instrução pública e construção de grupos escolares e de pontes entre Vitória e o litoral e Colatina e o norte do rio Doce. Essas e outras obras foram realizadas com recursos provenientes sobretudo do café produzido pelas colônias de imigrantes europeus organizadas desde a monarquia.[27]
Com a irradiação ferroviária que o café suscitou em meados do século XIX, o Espírito Santo beneficiou-se da rede de leitos, cujo centro estava em Campos dos Goitacases e que estabelecia comunicações entre duas importantes áreas cafeeiras: a Zona da Mata, em Minas, e o sul capixaba. Apesar de situada fora da região de cultivo, a cidade de Vitória foi a que mais progrediu sob o surto daquela lavoura, e já em 1879 processaram-se os primeiros estudos destinados à construção do porto, que deveria escoar toda a produção da província. Atendendo às novas exigências, em meados do século começou a funcionar a imprensa capixaba,[27][28] com a circulação do jornal O Correio da Vitória,[28] de propriedade de Pedro Antônio de Azeredo,[28] a partir de 1849.[28]
Em 1850 a configuração territorial do Espírito Santo já assinalava a existência de dez municípios: Vitória, Serra, Nova Almeida, Linhares, São Mateus, Espírito Santo, Guarapari, Benevente (hoje Anchieta) e Itapemirim.[28] Pouco antes a província perdera parte de suas terras, em virtude da desanexação de Campos dos Goitacases e São João da Barra, restituídas ao Rio de Janeiro em 1832.[28]
No final do século XIX, os capixabas, sobretudo a intelectualidade, aderiram ao movimento abolicionista. A exemplo do que aconteceu nas demais províncias, surgiram associações ligadas à emancipação, como a Sociedade Abolicionista do Espírito Santo (1869) ao lado de acirrada campanha jornalística e parlamentar. No próprio edifício da Câmara Municipal de Vitória fundou-se uma sociedade libertadora (1883). Durante a propaganda, evocava-se a crueldade dos castigos infligidos aos escravos, como sucedera após a insurreição de cerca de 200 negros no distrito de Queimados, em 1849.[28]
A abolição da escravatura, no entanto, conduziu os grandes proprietários à ruína, em virtude da privação da tradicional mão de obra. Assim, com o advento da república, o primeiro governador do estado não encontrou condições materiais para levar a efeito os planos preconizados pela propaganda republicana. As finanças da antiga província encontravam-se exauridas.[28]
Ainda no final do século XIX, coincidindo com a fixação da constituição estadual (1891 e 1892), o governador eleito recorreu a reformas e incentivos econômicos que deram novo impulso ao estado. A fim de assegurar uma receita mais sólida, levantou empréstimos externos, que favoreceram a lavoura cafeeira e permitiram maiores investimentos agrícolas. O Espírito Santo obteve assim uma arrecadação cinco vezes mais alta que a da antiga província. Efetuou-se o saneamento de Vitória e em 1895 foi inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo, entre Porto de Argolas e Jabaeté.[28]
Séculos XX e XXI
A ocupação do norte do Espírito Santo só começou nas primeiras décadas do século XX, e ganhou novo impulso depois da construção da ponte de Colatina sobre o rio Doce, inaugurada em 1928. A economia capixaba contou com a migração de contingentes do sul e do centro do país para aquela área, e assim firmou-se o cultivo do café, que respondeu por 95% da receita em 1903. Durante a primeira guerra mundial, o porto de Vitória figurava como o segundo grande exportador nacional.[28]
Com a Revolução de 1930 assumiu a direção do estado, na qualidade de interventor, João Punaro Bley, mantido pelo Estado Novo até 1943, e sob cuja administração se iniciaram obras para ampliar o porto de Vitória e para construção de cais de minério, este arrendado em 1942 pela Companhia Vale do Rio Doce. No governo de Jones dos Santos Neves, em 1945, foi criada a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), primeira iniciativa referente ao ensino superior no estado.[28] Para ampliar a exportação de minério de ferro oriundo de Minas Gerais, a Companhia Vale do Rio Doce construiu o porto de Tubarão, em Vitória, com capacidade para estocar um milhão de toneladas de minério, receber navios de até cem mil toneladas e carregá-los a um ritmo de seis mil toneladas por hora. As obras foram iniciadas em 1966 e terminadas em tempo recorde. Situado dez quilômetros ao norte da capital, é um dos maiores portos de minério do mundo. Com a transferência para Tubarão da maior parte da exportação de minério de ferro, o porto de Vitória ficou liberado para outras aplicações.[28]
Com a instalação de Tubarão a região foi dotada de uma infraestrutura que propiciou o surgimento de um novo complexo industrial, do qual faz parte uma usina de pelotização de minério de ferro, com capacidade de produção de dois milhões de toneladas anuais.[28] Inaugurada em 1976, entrou em atividade em 29 de novembro de 1983, dez anos depois de iniciadas as obras, a Usina Siderúrgica de Tubarão, que representou um investimento total de três bilhões de dólares. A fase foi marcada por um intenso esforço de industrialização provomido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (Codes), mais tarde transformada no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). No início da década de 70 foi criado o FUNDAP (Fundo de Desenvolvimento para Atividades Portuárias) que consistia de um incentivo financeiro para a instalação de empresas importadoras, incentivando as atividades portuárias. Instalaram-se fábricas de café solúvel, massas alimentícias, chocolates, azulejos e conservas de frutas, e aprovaram-se projetos para a implantação de fábricas de laticínios, calçados, material elétrico, óleos comestíveis e sucos cítricos.[28]
Em novembro de 2007, é inaugurada a expansão da siderúrgica Arcelor Mittal Tubarão (ex-Companhia Siderúrgica de Tubarão) para ampliar a produção anual de placas de aço de 5 milhões para 7,5 milhões de toneladas.[29] O estado é o maior produtor de placas de aço do país.[30]
Em abril de 2008, a Polícia Federal realiza a Operação Auxílio-Sufrágio, que desmantela uma quadrilha especializada em fraudes contra a Previdência Social no estado.[31] O deputado estadual Wolmar Campostrini (PDT) é acusado de ser líder do esquema.[32] Por causa de trâmites burocráticos, as investigações ainda não foram concluídas e Campostrini mantém o cargo.[32] Em outubro do mesmo ano, o prefeito da capital, João Coser (PT) é reeleito em primeiro turno.[33] Em 2010, Renato Casagrande (PSB) é eleito governador no primeiro turno, com 82,3% dos votos.[34] Em 2014, Paulo Hartung[35][36] (PMDB)[35][37] foi eleito governador do estado e César Colnago[36][38] (PSDB)[36] eleito vice-governador.
A partir de 2006, a precariedade dos presídios passou a ser noticiada, pois provocou rebeliões, assassinatos e até esquartejamentos (na Casa de Custódia de Viana); em 2009, presos são mantidos em contêineres de aço, sem ventilação adequada, por falta de celas.[39] Em março de 2010, essa situação é discutida em um painel na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.[40] Cumprindo parcialmente compromissos assumidos, o governo desativa as celas metálicas e demole a Casa de Custódia de Viana, em maio de 2010.[41] Em outubro, sete penitenciárias foram vistoriadas por uma comissão liderada pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e da Ordem dos Advogados do Brasil.[30] O relatório, a ser entregue à Procuradoria Geral da República, sugere providências urgentes e intervenção federal no sistema penitenciário do estado.[30]
Geografia
O estado do Espírito Santo ocupa uma área de 46 095,583 km² no litoral do Brasil, localiza-se a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha do Equador e com fuso horário de menos três horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Sudeste, fazendo divisa com os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. O estado é banhado pelo oceano Atlântico.[42]
Cerca de 40% do território do estado encontra-se em uma faixa de planície,[43] porém a variação das altitudes é bem grande. O relevo apresenta-se dividido em duas regiões distintas: A Baixada Espírito-santense e a Serra do Castelo, na qual fica o Pico da Bandeira com 2 892 m, na serra de Caparaó.[44] Seu clima predominante é o tropical de Altitude do tipo Cwb.[45] O bioma (dominío morfoclimático) do estado são os chamados "Mares de Morros" caracterizados pela vegetação tropical, em climas mais amenos, formados por serras fortemente erodidas.[46] Os principais rios capixabas são o Doce, o São Mateus, o Itaúnas, o Itapemirim e o Jucu. Os cinco integram as Bacias Costeiras do Sudeste.[42]
O clima é tropical litorâneo úmido, influenciado pela massa de ar tropical atlântica. As chuvas concentram-se no verão. A temperatura média varia entre 22 °C e 24 °C, e a pluviosidade, entre 1 000 mm e 1 500 mm anuais.[42] Os principais rios do estado são, de norte para o sul,[47] o Itaúnas,[47] o São Mateus,[47] o Doce[47] e o Itapemirim,[47] que correm de oeste para leste, isto é, da serra para o litoral. O mais importante deles é o Doce,[47] que nasce em Minas Gerais[47] e divide o território espírito-santense em duas partes quase iguais.[48] Em seu delta formam-se numerosas lagoas, das quais a mais importante é a de Juparanã.[48]
Relevo
A maior parte do estado caracteriza-se como um planalto, parte do maciço Atlântico.[47] A altitude média é de seiscentos a setecentos metros, com topografia bastante acidentada e terrenos arqueozoicos, onde são comuns os picos isolados, denominados pontões e os pães-de-açúcar. Na região fronteiriça com Minas Gerais, transforma-se em área serrana, com altitudes superiores a 1 000 metros, na região onde se eleva a Serra do Caparaó[47] ou da Chibata. Aí, se ergue um dos pontos culminantes do Brasil, o Pico da Bandeira, com 2 890 m.[44]
De forma mais esquemática, pode-se compor um quadro morfológico do relevo em cinco unidades:
- a baixada litorânea,[47] formada por extensos areais, praias e restingas;[49]
- os tabuleiros areníticos, faixa de terras planas com cerca de cinquenta metros de altura, que se ergue ao longo da baixada e a domina com uma escarpa abrupta, voltada para leste;[48]
- os morros e maciços isolados, que despontam no litoral e, em alguns locais, dão origem a costas rochosas, cujas reentrâncias formam portos naturais, como a Baía de Vitória;[48]
- as planícies aluviais (várzeas), ao longo dos rios, que às vezes terminam em formações deltaicas, de que é exemplo a embocadura do Rio Doce;[48]
- a serra, rebordo oriental do Planalto Brasileiro, com uma altura geral de setecentos metros,[47] coroada aqui e ali por maciços montanhosos, entre os quais a referida Serra do Caparaó.[48]
Ao contrário do que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde constitui um escarpamento quase contínuo, no Espírito Santo o rebordo do planalto apresenta-se como zona montanhosa muito recortada pelo trabalho dos rios, que, nela, abriram profundos vales. A partir do centro do estado para norte, esses terrenos perdem altura e a transição entre as terras baixas do litoral e as terras altas do interior vai se fazendo mais lenta, até alcançar o topo do planalto no estado de Minas Gerais. Dessa forma, ao norte do Rio Doce, a serra é substituída por uma faixa de terrenos acidentados, mas de altura reduzida, em meio aos quais despontam picos que formam alinhamentos impropriamente denominados serras.[50]
Clima e vegetação
Ocorrem no Espírito Santo dois tipos principais de climas, o tropical chuvoso e o mesotérmico úmido. O primeiro domina nas terras baixas e caracterizam-se por temperaturas elevadas durante todo o ano e médias térmicas superiores a 22 °C.[47] O tipo Am, das florestas pluviais, com mais de 1 250 mm anuais de chuvas[47] e com uma estação seca pouco pronunciada, ocorre no litoral norte, no sopé da serra e na região de Vitória; o tipo Aw, com cerca de mil mm de chuva[47] e estação seca bem marcada, ocorre no resto das terras baixas.[50]
O clima mesotérmico úmido, sem estação seca, surge na região serrana do sul do estado. Caracteriza-se por temperaturas baixas no inverno (média do mês mais frio abaixo de 18 °C).[47] Observam-se, entretanto, bruscas alterações climáticas.[51]
O Espírito Santo está incluído em sua totalidade no bioma da Mata Atlântica, apresentando desde fitofisionomias florestais em áreas com altitude menor, até fitofisionomias abertas, em áreas com maior altitude.[52][53] Entre as fitosionomias florestais destacam-se a floresta ombrófila densa, que ocupava quase 70% do estado, e a floresta estacional semidecidual, que ocupava cerca de 23%.[54] A floresta ombrófila aberta, mais rara, ocupava cerca de 3% do estado, sendo encontrada no sudeste e noroeste.[54] Do ponto de vista geológico, o Espírito Santo é dividido em zona de tabuleiros, zona serrana e planície costeira, com extrema influência na vegetação encontrada nessas zonas.[54]
As florestas úmidas da zona de tabuleiros (abaixo de 300 m de altitude) do norte do Espírito Santo e sul da Bahia frequentemente são chamadas de "mata de tabuleiro", e apresentam pouca vegetação rasteira, muitas epífitas e lianas.[55] As árvores podem ter até 30 m de altura e a primeira vista, essa floresta apresenta semelhanças com a Floresta Amazônica.[54] Hoje em dia, a mata de tabuleiro só é encontrada em bom estado de conservação na Reserva Biológica de Sooretama e na Reserva Natural Vale.[55] No litoral, também observa-se a presença de restingas e mangues, principalmente ao norte do rio Doce.[52] Muitas vezes, as restingas limitam-se apenas às praias, mas podem avançar para o interior, unindo-se com as matas de tabuleiros.[54]
A zona serrana, localizada em terras altas e vales do interior ao sul do rio Doce principalmente, possui desde florestas com muita vegetação rasteira (entre 300 e 2 000 m de altitude), até campos de altitude, acima dos 2 000 m.[54] Alguns autores denominam essa vegetação de "floresta pluvial atlântica".[54] Principalmente na Serra do Caparaó, encontra-se uma vegetação aberta denominada campo rupestre, ainda muito pouco estudada pela ciência e que vem se mostrando ser um ecossistema único.[56]
Atualmente, a vegetação nativa do Espírito Santo está reduzida a menos de 15% da cobertura original: em 2011, calculava-se que havia apenas 5 107,53 km² de florestas, o que totalizava cerca de 11,07%.[53] Por conta de sua semelhança, principalmente na parte norte do estado, com o sul da Bahia, a Mata Atlântica capixaba está incluída em um projeto de corredor ecológico que visa integrar as unidades de conservação desse estado com os do sul baiano, o chamado "Corredor Central da Mata Atlântica".[57]
Litoral
O litoral capixaba é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e afloramentos graníticos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado com muitas enseadas e baias protegidas por rochas e afloramentos rochosos a beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e extensas dunas, principalmente em Itaúnas e Conceição da Barra.[58]
A 1 140 quilômetros da costa, em pleno Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade (12,5 km²) e as Ilha de Martim Vaz, situadas a 30 quilômetros de Trindade. Essas ilhas estão sob a administração do Espírito Santo.[58]
O estado possui um litoral mais recortado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte das ilhas se concentrarem na parte central do estado, porém o estado possui várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado, sendo 50 localizadas na capital Vitória.[58]
Ecologia
No Espírito Santo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) administra dezessete unidades de conservação: dois parques nacionais, seis reservas biológicas, três reservas particulares do patrimônio natural, duas áreas de proteção ambiental, uma estação ecológica e três florestas nacionais.[59]
O estado também é conhecido por possuir diversos locais que servem para armazenamento dos ovos de Tartarugas-marinhas (Cheloniidae). No estado, o TAMAR, um projeto conservacionista brasileiro dedicado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção, mantém sete bases do projeto no estado: Itaúnas, Guriri, Pontal do Ipiranga, Povoação, Vila de Regência, Ilha da Trindade e Anchieta. Os trabalhos de monitoramento das praias realizados pelas equipes do TAMAR normalmente são realizados entre os meses de setembro e março, no fim do período reprodutivo. As tartarugas marinhas demoram até 20 anos para chegar à idade reprodutiva e de cada mil filhotes que nascem apenas um chega à fase adulta. Ou seja, das 100 mil tartarugas nascidas no último ano, daqui a vinte anos, provavelmente, estima-se que apenas 100 retornem para desovar.[60]
Demografia
Crescimento populacional | |||
---|---|---|---|
Censo | Pop. | %± | |
1872 | 82 137 | ||
1890 | 135 997 | 65,6% | |
1900 | 209 783 | 54,3% | |
1920 | 457 328 | 118,0% | |
1940 | 790 149 | 72,8% | |
1950 | 957 238 | 21,1% | |
1960 | 1 418 348 | 48,2% | |
1970 | 1 617 857 | 14,1% | |
1980 | 2 063 679 | 27,6% | |
1991 | 2 598 505 | 25,9% | |
2000 | 3 094 390 | 19,1% | |
2010 | 3 514 952 | 13,6% | |
2022 | 3 833 712 | 9,1% | |
Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o estado do Espírito Santo possuía 3 512 672 habitantes, sendo o décimo quarto estado mais populoso do Brasil, representando 1,8% da população brasileira.[63][64] Segundo o mesmo censo, 1 729 670 habitantes eram homens e 1 783 002 habitantes eram mulheres.[63] Ainda segundo o mesmo censo, 2 928 993 habitantes viviam na zona urbana e 583 679 na zona rural.[63] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 13,59%.[65]
Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 2 598 231,[66] esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 2% ao ano, inferior a do Brasil como um todo (1,6%) para o mesmo período (1991-2000).[67] Ainda segundo o censo demográfico de 2000, o Espírito Santo é o décimo quarto estado mais populoso do Brasil e concentra 1,82% da população brasileira.[67] Do total da população do estado em 2000, 1 562 426 habitantes são mulheres e 1 534 806 habitantes são homens.[68] Para 2006, a estimativa é de 3 464 285 habitantes.[67]
Nos últimos anos, o crescimento da população urbana intensificou muito, ultrapassando o total da população rural. Segundo a estimativa de 2000, 67,78 dos habitantes viviam em cidades.[68] Dois municípios capixabas mantêm o pomerano como segunda língua oficial (além do português): Vila Pavão[69] e Santa Maria de Jetibá.[70][71] Também foi aprovada em agosto de 2011 a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana, junto com a língua alemã, como patrimônios culturais do Estado.[72][73][74][75] A densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de 76,23 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a sétima segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país asiático Malásia.[76] A distribuição da população estadual é desigual, apresentando maior concentração na região serrana, no interior. Nessa área, a densidade demográfica atinge a média de 50 hab./km² e a ultrapassa no extremo sudoeste. A Baixada Litorânea, faixa que acompanha o litoral, apresenta quase sempre densidades inferiores à média estadual. Apenas nas proximidades de Vitória observa-se uma pequena área com mais de 50 hab./km². A parte norte da baixada litorânea é a menos povoada do estado. Sete municípios (Vila Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, São Mateus e Linhares) concentram mais de 45% da população do Espírito Santo (1975).[77]
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, considerado como "elevado" pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,740, segundo dados do ano de 2010, sendo naquele período, o sétimo mais alto entre as unidades federativas do Brasil.[78][79] Naquele ano, considerando apenas a educação, o índice era de 0,653, considerado "médio"; o índice de longevidade era de 0,835, considerado "muito alto" e o índice de renda era de 0,743, considerado como "alto".[78] A renda per capita é de 20 231 reais.[80] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educação, longevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[81] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,304 em 1991 para 0,491 em 2000, e em 2010 o valor passou a ser 0,653.[78] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,686, passando para 0,777 em 2000 e 0,835 em 2010.[78] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991, quando era de 0,619, e 2000, ano em que foi calculado como sendo de 0,687,[78] avançando para o valor de 0,743 em 2010.[78] Quanto ao IDH, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi significativa, passando de 0,505 em 1991 (considerado como "baixo" pela ONU) para 0,64 em 2000 (considerado "médio" pela ONU), e para 0,74 em 2010 (considerado "elevado" pela ONU).[78]
Em 2010, o município com o maior IDH era a capital, Vitória, com um valor de 0,845, considerado como "muito elevado" pelo PNUD no período, posicionado na primeira posição entre os municípios capixabas naquele ano e na quarta posição entre todos os municípios do país, empatado com Balneário Camboriú (SC), e ficando atrás somente de São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP) e Florianópolis (SC).[79] Já dentre as capitais estaduais do país, Vitória foi posicionada naquele período em segundo lugar, perdendo apenas para Florianópolis, Santa Catarina. Concomitantemente, o município com menor IDH foi Ibitirama,[79] situado na Mesorregião do Sul Espírito-Santense, possuindo o índice no valor de 0,622, que possuindo todos os indicadores sociais abaixo da média estadual no período, estava posicionado na 78° e último lugar entre os municípios do estado e no 3 653° lugar entre todos os municípios brasileiros, com um IDHM considerado "médio" pelo PNUD.[82] No ano 2000, o município capixaba mais bem avaliado de acordo com o IDH era mais uma vez a capital, Vitória, com o índice no valor de 0,759,[79] considerado como "elevado" no período, estando ranqueado na sétima posição na época entre todos os municípios do Brasil, ficando atrás apenas de São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP), Santos (SP), Balneário Camboriú (SC), Niterói (RJ) e Florianópolis (SC). No mesmo período, o município com menor valor de IDH era Santa Leopoldina, situado na Mesorregião Central Espírito-Santense, com um índice de 0,468 no período, considerado como "baixo" à época. Já no ano de 1991, o município com melhor IDH do estado era igualmente a capital, Vitória, com um índice de 0,644, considerado como "médio" pela ONU e sendo posicionado na sexta posição entre todos os municípios do Brasil, ficando atrás somente de São Caetano do Sul (SP), Santos (SP), Florianópolis (SC), Niterói (RJ) e Porto Alegre (RS).
O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,50, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[83] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 30,88%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 29,04%, o superior é 32,73% e a subjetiva é 28,51%.[83]
Religião
Apesar de tradicionalmente o Catolicismo ser a religião mais professada no Espírito Santo, nas últimas décadas houve grande aumento no número de evangélicos. Segundo o Censo 2010, a Igreja Católica é a religião de 53,4% dos capixabas. Divide-se administrativamente em uma arquidiocese, a Arquidiocese de Vitória, e três dioceses sufragâneas: Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e São Mateus.[84] Na Igreja Católica, destaca-se o Convento da Penha,[85] que é um dos principais monumentos históricos do estado[85] e a Basílica de Santo Antônio.[86]
Ainda segundo o Censo IBGE 2010, as Igrejas evangélicas são seguidas por 33,1% dos capixabas, o que faz do Espírito Santo o estado mais evangélico do Brasil. São muitas as igrejas evangélicas, sendo a maior a Assembleia de Deus em suas várias ramificações, seguida da Igreja Cristã Maranata, fundada no estado há 43 anos e da multifacetada Igreja Batista e da Igreja Universal do Reino de Deus. É possível encontrar também praticantes de religiões de origem africana, além de espíritas e outros.[88] O luteranismo também está presente em todo o estado, mas é nas regiões serranas, onde há maior quantidade de descendentes de alemães e pomeranos, que sua presença é mais forte.[89]
É no Espírito Santo que se encontra o Mosteiro Zen Morro da Vargem, primeiro da América Latina,[90] localizado em Ibiraçu[90] e aberto a visitação, no estado também foram construídos o Convento da Penha, 1º convento do Brasil em 1555,[91] e a primeira igreja luterana da América Latina.[92]
De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Espírito Santo está composta por: católicos (53,4%), evangélicos (33,1%), pessoas sem religião (9,61%), espíritas (0,72%), budistas (0,02%), muçulmanos (0,00%), umbandistas (0,14%) e judeus (0,01%).
Composição étnica
O censo do IBGE de 2010 revelou os seguintes números: 1,7 milhão brancos (48,6%), 1,5 milhão Pardos (42,2%), 293 mil Negros (8,4%) e 0,8% amarelos (21,9 mil) ou Indígenas (9 mil).[93]
A população do estado, assim como no resto do Brasil, foi formada por elementos indígenas, africanos e europeus. O Espírito Santo, no século XIX, contava com uma grande população de origem indígena e africana. Depois da colonização portuguesa, a partir do século XIX o estado recebeu levas consideráveis de imigrantes, na maioria italianos, mas também alemães, portugueses e espanhóis.[94]
Criminalidade
O Espírito Santo é a décima quinta unidade federativa mais violenta do Brasil, e tem o segundo maior índice de criminalidade da Região Sudeste do país, perdendo para o Rio de Janeiro. A taxa de homicídios é de 32,6 a cada mil (dados de 2016).[95]
O município mais violento do Espírito Santo por médias móveis, é o de Jaguaré[96] na Região Norte do Espírito Santo, com uma taxa de 93,5 homicídios por mil habitantes. Já o mais violento por números absolutos, é o de Serra, na Região Metropolitana de Vitória, com 328 homicídios em 2019. O município com a menor taxa média de homicídios é Marechal Floriano, na Mesorregião Central Espírito-Santense, mais precisamente na Microrregião de Afonso Cláudio.[97]
Municípios mais populosos
Espírito Santo (Estimativas para 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[98] | Cidades mais populosas do |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Serra Vila Velha | |||||||||||
Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | ||||
1 | Serra | Vitória | 517 510 | 11 | Viana | Vitória | 78 239 | ||||
2 | Vila Velha | Vitória | 493 838 | 12 | Nova Venécia | Colatina | 50 110 | ||||
3 | Cariacica | Vitória | 381 285 | 13 | Barra de São Francisco | Colatina | 44 650 | ||||
4 | Vitória | Vitória | 362 097 | 14 | Santa Maria de Jetibá | Vitória | 40 431 | ||||
5 | Cachoeiro de Itapemirim | Cachoeiro de Itapemirim | 208 972 | 15 | Marataízes | Cachoeiro de Itapemirim | 38 883 | ||||
6 | Linhares | São Mateus | 173 555 | 16 | São Gabriel da Palha | Colatina | 38 522 | ||||
7 | São Mateus | São Mateus | 130 611 | 17 | Castelo | Cachoeiro de Itapemirim | 38 070 | ||||
8 | Guarapari | Vitória | 124 859 | 18 | Itapemirim | Cachoeiro de Itapemirim | 34 348 | ||||
9 | Colatina | Colatina | 122 499 | 19 | Domingos Martins | Vitória | 33 850 | ||||
10 | Aracruz | São Mateus | 101 220 | 20 | Conceição da Barra | São Mateus | 31 063 |
Governo e política
O estado do Espírito Santo é governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.[99]
A atual constituição do estado do Espírito Santo foi promulgada em 1989,[100] acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas constitucionais.[100]
O Poder Executivo capixaba está centralizado no governador do estado,[100] que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto,[100] pela população para mandatos de até quatro anos de duração,[100] e podem ser reeleitos para mais um mandato.[100] Sua sede é o Palácio Anchieta, que desde o século XVIII é a sede do governo capixaba.[101] A residência oficial do governador fica na Praia da Costa,[102] localizada no município de Vila Velha.
O Poder Legislativo do Espírito Santo é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, localizado na Enseada do Suá. Ela é constituída por 30 deputados, que são eleitos a cada 4 anos. No Congresso Nacional, a representação capixaba é de 3 senadores e 10 deputados federais.[100] A maior corte do Poder Judiciário capixaba é o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, localizado na Enseada do Suá. Compõem o poder judiciário os desembargadores e os juízes de direito.[100]
O Espírito Santo está dividido politicamente em 78 municípios.[103] O mais populoso deles é Serra, com 536 765 habitantes, segundo dados de 2021 do IBGE. Sua região metropolitana possui aproximadamente 1,7 milhão de habitantes.[104]
Subdivisões
Uma região geográfica intermediária é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[105] Oficialmente, as quatro regiões geográficas intermediarias do estado são: Região Geográfica Intermediária de Vitória; Região Geográfica Intermediária de São Mateus; Região Geográfica Intermediária de Colatina e Região Geográfica Intermediária de Cachoeiro de Itapemirim.[105]
Além da região geográfica intermediária, existe a região geográfica imediata, que foram instituídas em 2017 para a atualização da divisão regional brasileira e correspondem a uma revisão das antigas microrregiões.[106] O Espírito Santo é dividido em oito regiões geográficas imediatas. São elas: Vitória, Afonso Cláudio-Venda Nova do Imigrante-Santa Maria de Jetibá, São Mateus, Linhares, Colatina, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim, Alegre.
Por último, existem os municípios (as menores unidades autônomas da federação), que são circunscrições territoriais dotadas de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa.[107] Em geral, o Espírito Santo está dividido em 78 municípios, sendo a vigésima unidade de federação com o maior número de municípios e a quarta e última do Sudeste (atrás de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro).[108]
Durante a década de 2000, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões do Espírito Santo.[109] As onze regiões administrativas do estado são: Metropolitana (Grande Vitória), Polo Linhares, Litoral Sul, Polo Afonso Cláudio (Sudoeste Serrana), Litoral Norte, Extremo Norte, Polo Colatina, Noroeste 1, Noroeste 2, Polo Cachoeiro de Itapemirim, Caparaó (Microrregião de Alegre).[109]
Economia
Na economia do Espírito Santo, têm destaque a agricultura, a pecuária e a mineração.[111] Na produção agrícola, destacam-se a cana-de-açúcar (2,5 milhões de toneladas), a laranja (175 milhões de frutos), o coco-da-baía (148 milhões de frutos) e o café (1 milhão de toneladas). O total de galináceos no estado é de aproximadamente 9,2 milhões de aves, e o de gado bovino ultrapassa 1,8 milhão de cabeças. Há reservas importantes de granito e uma incipiente extração de gás natural e petróleo. Areias e mármores também são importantes produtos do extrativismo capixaba. Embora relativamente pequeno, o parque industrial do Espírito Santo abriga indústrias químicas, metalúrgicas, alimentícias e de papel e celulose.[111] Em 2012, a pauta de exportação do Espírito Santo se baseou em minério de ferro (52,49%), petróleo cru (10,87%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,01%), pedras de cantaria ou construção (5,58%) e café (4,42%).[110]
O Espírito Santo é sede de importantes cooperativas agropecuárias, entre as quais se destacam: a Capil, de Itarana; a Ceaq, de São Domingos do Norte; a Cooaprucol de Colatina; a Coop-Forgrande, de Castelo; a Cocaes, de Brejetuba; a Cavil, de Bom Jesus do Norte; e a Coopeves, de Vila Velha.[112] A atividade turística do estado concentra-se no litoral. O pico da Bandeira, terceiro mais alto do país, é outro destino turístico bastante procurado. Ultimamente, tem ganhado destaque um novo tipo de turismo: o gastronômico, em que se aprecia a típica culinária capixaba, herdeira de diversas culturas.[111] O sistema rodoviário se organiza a partir da BR-101, que corta o Espírito Santo de norte a sul, margeando o litoral. O estado possui 30,1 mil quilômetros de estradas de rodagem, mas apenas 10% são pavimentados.[111]
Setores
O produto agrícola tradicional do estado é o café,[113] cultura que orientou a ocupação de praticamente todo o território capixaba.[114] Após uma fase de decadência no estado, o café recuperou uma posição de relativo destaque nacional,[114] ocupando a segunda colocação na produção de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com um volume de produção que varia entre 11,58 e 13,33 milhões de sacas em 2017.[115] Seguem-se a ele, em ordem de importância, as culturas de milho,[116] banana, mandioca, feijão, arroz e cacau.[113][116]
A criação de bovinos serviu-se de solos virgens no norte do estado, em terrenos desmatados.[19] Nessa área cria-se e engorda-se gado de corte, e ali desenvolveu-se a indústria frigorífica, cuja carne é enviada principalmente para o Rio de Janeiro, além de abastecer a região de Vitória. No sul pratica-se muito a pecuária leiteira, e o leite é comercializado, por meio de cooperativas, nos mercados do Rio de Janeiro e Vitória.[19] De desenvolvimento mais recente são a silvicultura e a fruticultura, com aproveitamento para conservas de frutas e para a produção de celulose, destacando-se nessa última atividade alguns projetos de reflorestamento, que poderão compensar em parte o desmatamento avassalador sofrido pelo estado.[19]
O subsolo do estado é rico em minerais, inclusive petróleo. Há consideráveis reservas de calcário, mármore, manganês, ilmenita, bauxita, zircônio, monazitas e terras raras, embora nem todas em exploração. No extrativismo mineral, destaca-se a exploração, na área de Cachoeiro de Itapemirim, de reservas de mármores, calcário e dolomita.[19]
O Espírito Santo tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 37,6 bilhões, equivalente a 2,9% da indústria nacional. Emprega 175 104 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são: Extração de petróleo e gás natural (24,5%), Extração de minerais metálicos (13,9%), Construção (11,4%), Metalurgia (10,8%) e Serviços industriais de utilidade pública, como Energia elétrica e água (7,5%). Estes 5 setores concentram 68,1% da indústria do estado.[117]
Nos centros urbanos da capital e de Cachoeiro de Itapemirim concentram-se praticamente todas as principais unidades da indústria de transformação capixaba. Na grande Vitória localizam-se as indústrias siderúrgicas: Companhia Ferro e Aço de Vitória, usina de pelotização de minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce; madeireira, têxtil, de louças, de café solúvel, de chocolates e frigorífica. No vale do rio Itapemirim, desenvolvem-se indústrias de cimento, de açúcar e álcool e de conservas de frutas.[19]
As 10 maiores empresas industriais do Espírito Santo são a Companhia Vale do Rio Doce, ArcelorMittal, Samarco Mineração, Aracruz Celulose, Fertilizantes Heringer, ArcelorMittal Brasil, Escelsa, Garoto (a maior fábrica de chocolates da América Latina e a mais importante empresa industrial de alimentos do estado) e Sol Coqueria.[118]
É deficitário o comércio do estado com as demais unidades federativas do Brasil. O valor da exportação por cabotagem, em junho de 2010, foi da ordem de US$ 1 075 429[119] e o da importação de US$ 642 997. Quanto ao seu comércio exterior, devido à exportação de minério, a situação é completamente inversa do comércio por cabotagem. O valor total da exportação para o exterior, em 2009, foi de US$ 6 510 241 e a da importação, de US$ 5 484 252.[119]
O setor terciário é pouco desenvolvido em todo o Estado.[120] No entanto, a atividade comercial adquire certa importância com as exportações de minério de ferro proveniente de Minas Gerais, através da Estrada de Ferro Vitória a Minas e é embarcado nos portos de Atalaia e ponta do Tubarão. Por outro lado, a ligação de Cachoeiro de Itapemirim à cidade do Rio de Janeiro, por rodovia pavimentada, permitiu a incorporação da região à bacia leiteira fluminense e facilitou a exportação de produtos agrícolas, como café, milho, mandioca, arroz e hortigranjeiros.[120]
Petróleo
Nos últimos anos, o Espírito Santo vem se destacando na produção de petróleo e gás natural. Com várias descobertas realizadas, principalmente pela Petrobras, o Estado saiu da quinta posição no ranking brasileiro de reservas, em 2002, para se tornar a segunda maior província petrolífera do País, com reservas totais de 2,5 bilhões de barris. São cerca de 140 mil barris diários. Os campos petrolíferos se localizam tanto em terra quanto em mar, em águas rasas, profundas e ultraprofundas, contendo óleo leve e pesado e gás não associado.[121]
Dentre os destaques da produção está o campo de Golfinho, localizado a norte do estado, com reserva de 450 milhões de barris de óleo leve, considerado o mais nobre. O primeiro módulo de produção do local já está em operação, com o FPSO Capixaba, e o segundo deve iniciar a operação até o final deste ano, com o FPSO Cidade de Vitória.[121]
Há ainda os campos de Jubarte, Cachalote, Baleia Franca, Baleia Azul, Baleia Anã, Caxaréu, Mangangá e Pirambu, que fazem parte do denominado Parque das Baleias, no Sul, que somam uma reserva de 1,5 bilhão de barris. O Espírito Santo é atualmente responsável por 40% das notificações de petróleo e gás natural brasileiras, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) desde sua criação, em janeiro de 1998.[121]
A indústria de petróleo no Espírito Santo possibilita o pagamento de royalties relacionados à exploração de petróleo e gás natural aos municípios nos quais estão localizados os campos produtores e as instalações das empresas. Para beneficiar os 68 municípios capixabas que não recebem royalties petrolíferos, o Governo do Estado criou o Fundo para Redução das Desigualdades Regionais, o primeiro projeto desta natureza aprovado no país. Os recursos são provenientes do repasse de 30% dos royalties creditados no cofre público estadual. Em vigor desde junho de 2006, a distribuição do dinheiro do fundo leva em consideração a população, o percentual de repasses do ICMS e a condição de não ser grande recebedor de royalties. As cidades que têm participação acima de 10% no ICMS e mais de 2% dos royalties não têm acesso aos recursos do Fundo.[121]
Infraestrutura
Educação
O Estado dispunha em 2008 de uma rede de de 2 733 escolas de ensino fundamental, das quais 482 estaduais, 1 986 municipais, 1 157 particulares e 6 federais. O corpo docente era constituído de 29 282 professores, sendo que 6 777 trabalhavam nas escolas públicas estaduais, 18 146 nas escolas públicas municipais e 4 359 nas escolas particulares. Estudavam nestas escolas 553 396 alunos, dos quais 491 342 nas escolas públicas e 62 054 nas escolas particulares. O ensino médio foi ministrado em 438 estabelecimentos, com a matrícula de 139.984 alunos. Dos 139 984 discentes, 119 478 estavam nas escolas públicas e 20 506 nas particulares. Quanto ao ensino superior, em 2008, o estado possuía 91 estabelecimentos, com 6 490 professores e 89 610 discentes.[122]
Em 2004 a taxa de analfabetismo no estado era de 9,5%, uma das mais baixas do Brasil. Da população, 21,0% dos capixabas são analfabetos funcionais. O Espírito Santo é a 12ª melhor educação do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,887.[123]
As principais universidades do Espírito Santo são a Universidade Aberta Capixaba,[124] o Instituto Federal do Espírito Santo[125] e a Universidade Federal do Espírito Santo.[126]
Saúde
Em 2005, existiam, no Estado, 1 755 estabelecimentos hospitalares, com 7 684 leitos e 378 médicos, 35 enfermeiros diplomados e 210 auxiliares de enfermagem.[127] Em 2010, dos 1 755 hospitais existentes, 125 eram de adultos e crianças, 88 eram exclusivamente de crianças, sendo 98 gerais e 22 especializados.[127][128] Em 2005, da população, 84,4% dos capixabas tinham acesso à rede de água,[123] enquanto 75,7% se beneficiam da rede de esgoto sanitário.[123]
Energia
Atualmente a situação energética do Estado do Espírito Santo é de confiabilidade, por se conectar ao Sistema Interligado Sul/Sudeste/Centro-oeste através de um anel de transmissão. O estado produz 33% de suas necessidades, importando, consequentemente, 67% da energia requerida de FURNAS Centrais Elétricas S.A. As concessionárias de distribuição de energia elétrica operando no Espírito Santo são a Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (Escelsa), atualmente uma empresa do grupo EDP, e Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSM).[129]
Com seu franco desenvolvimento, expansão e a crescente demanda por fontes energéticas que sustentem de maneira consistente este processo, o Espírito Santo vem utilizando como principal energia alternativa a energia eólica. O processo consiste na conversão do vento em energia elétrica através de aerogeradores - gigantes turbinas em forma de cata-vento colocadas em pontos estratégicos onde a ação do vento é intensa.[130]
Comunicações
Os principais jornais diários editados em Vitória são a Gazeta, o mais antigo e de instalações mais modernas; o Diário, Diário Oficial do Estado e A Tribuna. Em Cachoeiro de Itapemirim, circula o Correio do Sul; em Colatina, a Folha do Norte. As principais emissoras de radiodifusão da capital são a Rádio Espírito Santo,[131] que emite em ondas médias, tropicais e de frequência modulada, a Jovem Pan News Vitória e a Rádio Capixaba, ambas em ondas médias e curtas. Os municípios de Cariacica, Colatina, Mimoso do Sul e Santa Teresa também possuem emissoras de rádio.[131] Na capital, funcionam a TVE Espírito Santo,[132] a TV Gazeta, a TV Vitória, a TV Tribuna, a TV Capixaba e a RedeTV! ES.[132] Há torres repetidoras de emissoras do Rio de Janeiro.[133]
Transportes
No estado, existe apenas um aeroporto administrado pela Infraero: o Aeroporto Eurico de Aguiar Salles (em Vitória).[134] Além deste, o Espírito Santo possui outros aeroportos, tais como o de Baixo Guandu/Aimorés, o de Cachoeiro de Itapemirim, o de Guarapari, o de Linhares e o Tancredo de Almeida Neves (em São Mateus), que são de responsabilidade das suas respectivas administrações municipais.[135]
A Estrada de Ferro Vitória a Minas escoa minério de ferro de Itabira (MG) até o porto de Tubarão, e volta com carvão para siderurgia. Também faz transporte de passageiros e carga geral no vale do rio Doce. A Ferrovia Centro-Atlântica serve ao sul do estado e comunica Vitória com o estado do Rio de Janeiro. As principais rodovias são a BR-101, que corta o estado de norte a sul, pelo litoral, e a BR-262, que liga Vitória a Belo Horizonte (MG) e ao extremo oeste do país. Outras rodovias importantes são a BR-482, que atravessa Alegre e Jerônimo Monteiro e entronca com a BR-101 no distrito de Safra; a BR-342, que liga Ecoporanga a Nova Venécia, no norte do estado; e a BR-381, que liga o município de São Mateus ao município de São Paulo, passando por Nova Venécia e Barra de São Francisco.[136] O estado possui dois portos, ambos na capital: o cais comercial de Vitória e o porto de exportação de minério de ferro de Tubarão.[136]
Segurança pública
As principais unidades das Forças Armadas com sede no Espírito Santo são: no Exército Brasileiro, o Espírito Santo integra a 1ª Região Militar (juntamente com o estado do Rio de Janeiro) destacando aí o 38º Batalhão de Infantaria;[137] na Marinha do Brasil, o Espírito Santo faz parte do 1º Distrito Naval (com sede no Rio de Janeiro),[138] destacando-se no Estado a Escola de Aprendizes-Marinheiros; e na Força Aérea Brasileira, o Espírito Santo integra o III Comando Aéreo Regional, com sede na cidade do Rio de Janeiro,[139] destacando-se o Estado como parte integrante do Cindacta I, que forma o quadrilátero com as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.[140]
A Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES) é uma das forças de polícia militar do Brasil, sendo responsável pelo policiamento ostensivo no Estado do Espírito Santo. Seu Quartel do Comando Geral (QCG) é situado na Avenida Maruípe, na cidade de Vitória, capital do Estado.[141]
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES) é uma Corporação cuja missão primordial consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado do Espírito Santo. Ele é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os membros da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo.[142]
A Polícia Civil do Estado do Espírito Santo é uma das polícias do Espírito Santo, Brasil, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[143] As principais instituições penitenciárias do estado são o Instituto de Readaptação Social (em Vila Velha) e Colônia Penal (em Viana).[144]
A Superintendência do Departamento de Polícia Federal no Espírito Santo está localizada no bairro vilavelhense do São Torquato e é responsável pelo cadastro de passaportes brasileiros de capixabas e outras pessoas residentes no Estado, controles de passageiros nacionais e estrangeiros no aeroportos internacionais e defesa mútua e obrigatória das fronteiras do Brasil como outros países sul-americanos ao lado do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.[145]
Cultura
Instituições culturais
As principais entidades culturais do estado encontram-se na capital: a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES),[146] o Instituto Histórico e Geográfico, a Associação Espírito-Santense de Imprensa, a Academia Espírito-Santense de Letras, a Associação Espírito-Santense de Juristas, a Arcádia Espírito-Santense, a Associação Médica do Espírito Santo, a Academia Feminina de Letras, o Instituto dos Advogados, o Centro Capixaba de Folclore e o Instituto Espírito-Santense de História, Geografia e Arte Religiosa.[147] Em Cachoeiro de Itapemirim há a Academia Cachoeirense de Letras.[147]
A capital conta com as bibliotecas Estadual, Municipal, do Tribunal de Justiça, dos Comerciários, Embaixador Macedo Soares (da delegacia da Fundação IBGE), Central da Universidade Federal do Espírito Santo e da Companhia Vale do Rio Doce, entre outras.[147] Em Cachoeiro de Itapemirim destacam-se as Bibliotecas Municipal, do Centro Espírita Fraternidade e Luz, do Colégio Estadual Muniz Freire e da Casa dos Braga — pequeno museu dedicado aos irmãos escritores Newton e Rubem Braga, na casa onde nasceram.[147] Muitos outros municípios do interior possuem também pequenas bibliotecas.[148]
O teatro mais relevante da capital é o Theatro Carlos Gomes, inaugurado em 1927 e inovado em 1970, sob a responsabilidade da Fundação Cultural do Espírito Santo, com 311 poltronas e 40 camarotes.[149]
Na capital, o museu histórico mais relevante é o Museu Solar Monjardim, antigo Museu de Arte e História e Museu Capixaba, anteriormente vinculado à Universidade Federal do Espírito Santo e na atualidade, administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).[150] O museu encontra-se instalado no Solar Monjardim, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e antiga Casa-Grande da Fazenda, hoje bairro, de Jucutuquara.[151] No centro histórico da capital encontram-se o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio del Santo (Maes)[152] e o Museu Capixaba do Negro Verônica da Paz (Mucane).[153] No município vizinho de Vila Velha, o Museu Ferroviário da Vale, na antiga sede da Estação Pedro Nolasco, oferece vista para o centro de Vitória.[154]
Em Santa Teresa, há o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, instituição criada pelo ilustre naturalista capixaba Augusto Ruschi em sua própria residência, onde também existe uma das melhores bibliotecas do mundo especializadas na fauna e na flora do país.[155] Ruschi ainda fundou no município de Aracruz uma grande reserva natural que além de oferecer atividades educacionais e recuperação da flora, possuí um extenso arquivo público aberto para consulta, a Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi (EBMAR).[156][157][158]
Monumentos
São tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional os seguintes monumentos: a igreja de Nossa Senhora da Assunção (1587) e residência contígua, em Anchieta, onde morou o clérigo José de Anchieta;[159] a igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Viana;[160] a igreja dos Reis Magos (1558) e residência contígua, em Nova Almeida, município da Serra.[161] Em Vitória, está localizados o Solar de Monjardim,[148] a igreja de São Gonçalo Garcia (1766),[162] a igreja de Nossa Senhora do Rosário (1765)[163] e a igreja de Santa Luzia (1547).[148] Em Vila Velha, o célebre convento e igreja de Nossa Senhora da Penha,[164] localizado a 135m de altura sobre a entrada da baía de Vitória,[148] e a igreja matriz de Nossa Senhora do Santo Rosário, todos do século XVI.[165]
Folclore
Em Vitória, as festas populares tradicionais mais distintas são as de Nossa Senhora da Penha,[166] as comemorações católicas de Santo Antônio, em 13 de junho,[167] de São Pedro dos Pescadores, na praia do Suá, em 29 de junho,[168] e de Nossa Senhora da Vitória, em 8 de setembro.[169] Em Guarapari e Conceição da Barra, realizam-se as festas de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de outubro,[148] e o alardo, realizada no ciclo de Natal ou nos dias 19 e 20 de janeiro.[148] Em Cachoeiro de Itapemirim, o Dia de Cachoeiro, 29 de junho,[170] é celebrado com uma semana de eventos em que ocorrem exposição agropecuária, bailes, shows populares, desfiles e caxambu da ilha da Luz.[148] Em diversas cidades e aldeias litorâneas, como Guarapari, Marataízes, Anchieta, Piúma e Conceição da Barra, o dia de São Pedro, 29 de junho, padroeiro dos pescadores, é festejado também com procissões marítimas.[148] Em Conceição da Barra, acontece a festa do Reis de Bois, no ciclo natalino.[171]
Pontos turísticos
As praias de areia monazítica de Guarapari, aconselhadas para a cura de reumatismo e artrose,[172] e o convento de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, são os maiores pontos turísticos do estado.[148] Em Vitória, são locais importantes o palácio Anchieta, prédio onde funciona o governo estadual;[173] as igrejas tombadas de Santa Luzia, do Rosário e de São Gonçalo Garcia;[148] o Parque Moscoso, com concha acústica com capacidade para atrair 400 espectadores sentados;[174] o porto, com seu terminal de exportação de minério; as praias: Comprida, Suá, Camburi e do Canto;[175]
A costa capixaba é margeada de belas praias, que recebem muitos turistas — principalmente mineiros que aproveitam o sol e a água do mar e que são trajados de sunga e biquíni — no verão, sobressaindo-se Guriri, em São Mateus, Marataízes, Guarapari, Piúma, Iriri, Anchieta e Conceição da Barra, onde se situam as célebres dunas da barra do rio Itaúnas.[175]
Nas serras capixabas também são encontrados pontos de grande atração turística,[176] sobressaindo-se Domingos Martins, Santa Teresa, Rio Novo e Venda Nova do Imigrante.No interior, junto à divisa com Minas Gerais, localiza-se o Parque Nacional do Caparaó.[177] O pico do Itabira e as pedras do Frade e da Freira (310m), em Cachoeiro de Itapemirim, são o símbolo maior da cidade,[178] onde se pode visitar também a tradicional fábrica de pios de pássaros em madeira.[179]
Culinária
O prato típico mais lembrado do estado é a torta capixaba,[180] feita tradicionalmente nas casas de Vitória durante a semana santa, mas também oferecida durante todo o ano aos turistas nos melhores restaurantes da capital. Sobressai-se ainda a moqueca capixaba, de peixes e frutos do mar cozidos em panelas de barro artesanais, ao molho de urucum.[181]
Música
O congo capixaba é o ritmo musical típico do estado, com origem indígena também teve a participação dos negros. Realizado nas regiões litorâneas do Espírito Santo. As bandas de congo cantam e tocam em festas religiosas como as de São Benedito, São Pedro, São Sebastião e Nossa Senhora da Penha (padroeira do Estado). Os instrumentos utilizados são com pau oco, barricas, taquaras, peles de animais, folha-de-flandres e ferro torcido, assim como tambores, caixas, cuícas, chocalhos, casacas, ferrinhos ou triângulos e pandeiros. Principalmente pelos tambores e casaca que é um instrumento musical espécie de reco-reco com cabeça esculpida.[182]
Festivais
A cultura do estado sofre forte influência de alemães, italianos e afro-descendentes, o que gera diversas manifestações culturais e festas singulares. Os principais eventos no estado, são de entretenimento, culturais e musicais, o maior evento do estado é a Vitória Stone Fair, maior exposição de Rochas Ornamentais do mundo, porém existem vários outros de importância quase igual, voltados ao setor agropecuário e ao setor alimentício.[183] A maioria dos eventos, de pequeno, médio e grande porte, ocorre no Pavilhão de Carapina, espaço construído pelo governo do estado, para sediar eventos, no município de Serra.[183]
Existe em Itapemirim a Tradicional Festa do Atum e do Dourado, sendo uma das principais festas da cultura pesqueira do Brasil, onde há anexado a festa o Festival de Frutos do Mar Capixaba, no distrito de Itaipava. Reúne mais de 50 mil pessoas por dia, onde tem a oportunidade de experimentar tradicionais pratos em frente ao mar, além da tradicional volta dos barcos, em que percorrem a ilha dos Franceses e o preparo do Peixe no Rolete.[184] Há também a tradicional festa de Corpus Christi, realizada por volta dos meses de maio e junho, onde em Castelo são confeccionados tapetes artesanais em um perímetro aproximado de um quilômetro pelo entorno do centro da cidade. Esse tapetes com vários quadro e passadeiras de desenho e muito colorido são de inspiração religiosa e feitos basicamente de flores, serragem colorida e grãos. Outro importante evento é a Festa do Cafona, em Colatina, evento que reúne pessoas de todo o Brasil, que se vestem de forma inusitada e propositalmente ridícula para ouvir músicas com letras provocativas e também ridículas e fazerem coisas bizarras e obscenas. Também há o Festival de Alegre, na cidade de Alegre, importante evento do cenário musical nacional, reúne as maiores e mais populares bandas brasileiras e as vezes, até bandas estrangeiras. Há também a tradicional e italiana Festa da Polenta realizada em Venda Nova do Imigrante. O maior rodeio do estado é o de Ibiraçu, onde a um encontro de música sertaneja. O Festival de Inverno de Domingos Martins e a Festa do Vinho, são os maiores eventos da região serrana do estado.[184]
Há também várias manifestações culturais importantes, como a festa de Exposição Municipal Afonso-Claudense e a festa do Afonso-Claudense Ausente e Presente, que comemora o aniversário do município de Afonso Cláudio;[185] o Boi Pintadinho, em Muqui;[186] a Sömmerfest em Domingos Martins;[187] a Festa do Imigrante em Santa Teresa;[188] a Festa do Morango em Domingos Martins;[189] a Festa de São Benedito, na cidade de Serra;[190] e a Festa da Penha, maior festa religiosa do estado que reúne cerca de 900 mil fiéis durante a Semana Santa, no Convento da Penha em Vila Velha, durante o período são celebradas muitas missas e romarias.[191]
Na capital acontece o desfile das escolas de samba capixabas, que reúne no Sambão do Povo, como é conhecido o Sambódromo Capixaba, mais de cinquenta mil pessoas, fora os que desfilam, prestigiam as 19 escolas da Grande Vitória que desfilam em três dias de muita festa e animação. O desfile das escolas de samba capixabas acontece sempre uma semana antes do carnaval oficial e tem como atual campeã a Mocidade Unida da Glória. [192][193] A Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (LIESGE) é o órgão organizador dos desfiles em parceria com o governo do estado. [194]
Esportes
No setor esportivo, a secretaria responsável por atuar nessa área é a Secretaria de Esportes e Lazer,[195] que tem como secretário Vanderson Alonso Leite,[195] apelidado de Vandinho, natural de Baixo Guandu e formado em administração com ênfase em análise de sistemas.[196] O estado é sede de diversos clubes de futebol conhecidos nacionalmente, como, por exemplo, o Rio Branco Atlético Clube, a Desportiva Ferroviária, Sociedade Desportiva Serra Futebol Clube e o Vitória Futebol Clube.[197] O Campeonato Capixaba de Futebol é organizado pela Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo e realizado ininterruptamente desde 1917, sendo um dos mais antigos torneios de futebol organizados no Brasil.[198] O estado possui diversos estádios de futebol, como o Salvador Venâncio da Costa, o Governador Bley (todos em Vitória), o Mário Monteiro (em Cachoeiro do Itapemirim), o Engenheiro Alencar de Araripe (em Cariacica), o Municipal Justiniano de Mello e Silva (em Colatina), entre muitos outros.[199] Em 2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol, o estado aparece na décima-quinta colocação no ranking nacional das federações estaduais.[200]
Outros esportes também têm popularidade no estado. No vôlei, o órgão responsável pela atuação no esporte é a Federação Espírito-Santense de Voleibol, que possui diversos clubes filiados e organiza todos os torneios oficiais que envolvam as equipes do estado.[201] No basquete, a federação responsável é a Federação Capixaba de Basquetebol.[202] No skate, existe a Associação Capixaba de Skate (ACSK) responsável pela organização de eventos e afins relacionados ao esporte.[203] Todos os anos, o estado realiza os "Jogos Escolares do Espírito Santo", evento da secretaria de esportes do governo estadual, que reúne diversas modalidades esportivas.[204]
No estado nasceram os medalhistas olímpicos Esquiva Falcão e Yamaguchi Falcão no boxe,[205][206] os medalhistas em Mundiais de Natação João Gomes Júnior e Daiene Dias,[207][208] além do três vezes finalista da NBA Anderson Varejão, no basquete.[209]
Feriados
No Espírito Santo, é considerado feriado estadual o dia dedicado à Padroeira do Estado, Nossa Senhora da Penha, que acontece no oitavo dia posterior ao domingo de Páscoa. O dia da Colonização do solo espírito-santense, no dia 23 de maio, é considerado ponto facultativo em alguns municípios.[210][211]
Ver também
- Capixabas
- Capitanias do Brasil
- Lista de governadores do Espírito Santo
- Listas de municípios do Espírito Santo
Referências
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021
- ↑ «Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1º de julho de 2021» (PDF). IBGE. 27 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021
- ↑ «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023
- ↑ «Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015» (PDF). IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 1 de novembro de 2020
- ↑ «Sinopse do Censo Demográfico 2010». IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 16 de junho de 2013
- ↑ Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP. «Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023
- ↑ a b «Espírito Santo». Nova Enciclopédia Ilustrada Folha volume 2 ed. São Paulo: Folha da Manhã. 1996. 1007 páginas
- ↑ a b c «Espírito Santo». Só Geografia. 2010. Consultado em 15 de julho de 2011. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ Rene Marcondes (30 de setembro de 2006). «Origem dos Nomes dos Estados do Brasil». Falabonito. Consultado em 23 de julho de 2010. Cópia arquivada em 25 de agosto de 2011
- ↑ Governo do Estado do Espírito Santo. «Rota do Sol e da Moqueca (Vitória, Serra, Guarapari, Vila Velha e Anchieta)». Site Oficial do Estado. Consultado em 23 de julho de 2010. Cópia arquivada em 30 de julho de 2012
- ↑ a b Governo do Estado do Espírito Santo. «Colonização». Sítio Oficial do Estado do Espírito Santo. Consultado em 29 de julho de 2010. Cópia arquivada em 23 de janeiro de 2013
- ↑ BORGES, Wagner José Fafá (2005). «Capixabismo.com.br». Capixabismo.com.br. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2010
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigoː a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013
- ↑ «Origem do termo capixaba». Sítio Oficial do Estado do Espírito Santo. Consultado em 12 de julho de 2010. Cópia arquivada em 11 de maio de 2013
- ↑ a b c d e f «Espírito Santo». Enciclopédia Delta Universal volume 6 ed. Rio de Janeiro: Delta. 1982. p. 2984
- ↑ Duarte, Regina Horta (2002). Olhares Estrangeiros. Viajantes no vale do rio Mucuri. [S.l.]: Revista Brasileira de História, vol. 22, nº 44. Consultado em 20 de abril de 2008. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2008
- ↑ Eliaro Beltrame Pereira. «Colonização do Solo Espírito Santense». Vila Capixaba. Consultado em 8 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 23 de janeiro de 2013
- ↑ Família Gripp. «O Estado». Site Oficial da Família. Consultado em 8 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ a b c d e f g h i «Espírito Santo». Nova Enciclopédia Barsa volume 6 ed. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 38 páginas
- ↑ «História de Vila Velha ES». Ache Tudo e Região. Consultado em 8 de agosto de 2010. Arquivado do original em 24 de agosto de 2012
- ↑ ALMEIDA, Maria Regina Celestino de (2019). «Araribóia - Ilustríssimo chefe indígena». APLOP. ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NA REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL). Consultado em 23 de outubro de 2023
- ↑ ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.
- ↑ a b c d e f «Espírito Santo: História». Nova Enciclopédia Barsa volume 6 ed. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 39 páginas
- ↑ «Conjunto de vários citações bibliográficas sobre Maria Ortiz». Consultado em 20 de abril de 2008
- ↑ a b c d e f g h i j «Espírito Santo: História». Nova Enciclopédia Barsa volume 6 ed. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. p. 40
- ↑ OLIVEIRA, José Teixeira de (2008). «História do Espírito Santo» (PDF). Site Oficial do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo. 231 páginas. Consultado em 19 de setembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 3 de setembro de 2013
- ↑ a b c d e f g h i j k l m «Espírito Santo: História». Nova Enciclopédia Barsa volume 6 ed. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 41 páginas
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n «Espírito Santo: História». Nova Enciclopédia Barsa. 6. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 42 páginas
- ↑ «História da Arcelor Mittal Tubarão». Site Oficial da Empresa. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 4 de abril de 2011
- ↑ a b c CIVITA, Roberto (2010). Almanque Abril. São Paulo: Abril. p. 680
- ↑ «PF acusa deputado de fraudar Previdência». Site Oficial do Jornal O Estado de S. Paulo. 25 de abril de 2008. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 14 de maio de 2011
- ↑ a b CIVITA, Roberto (2011). Almanque Abril. São Paulo: Abril. p. 680
- ↑ «Em Vitória, João Coser é reeleito no primeiro turno». Site Oficial do Globo News. 6 de outubro de 2008. Consultado em 15 de março de 2011. Cópia arquivada em 20 de maio de 2011
- ↑ «Sem dificuldades, Casagrande é eleito no primeiro turno no ES». UOL Eleições. 3 de outubro de 2010. Consultado em 16 de julho de 2011. Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2012
- ↑ a b «Paulo Hartung, do PMDB, é eleito governador do Espírito Santo». Globo. G1. 5 de outubro de 2014. Consultado em 30 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 11 de janeiro de 2019
- ↑ a b c Fiorella Gomes (5 de outubro de 2014). «Paulo Hartung volta a ser eleito governador no Espírito Santo». Grupo Estado. Estadão. Consultado em 30 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2014
- ↑ «Paulo Hartung é eleito governador do Espírito Santo». Boletim Movimento Ed. 201. Partido do Movimento Democrático do Brasil (PMDB). 8 de outubro de 2014. Consultado em 30 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2014
- ↑ «César Colnago». Globo. G1. 2014. Consultado em 30 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2014
- ↑ Érica Santana (19 de junho de 2006). «Rebelião em penitenciária do Espírito Santo terminou, anuncia Secretaria de Estado». Agência Brasil. Consultado em 15 de março de 2011. Arquivado do original em 7 de julho de 2011
- ↑ «Brasil é denunciado por violação de direitos humanos em presídios». Pravda.ru. 5 de maio de 2010. Consultado em 16 de julho de 2011. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2012
- ↑ «Casa de Custódia de Viana é demolida nesta sexta-feira». Site Oficial do Jornal Folha de Vitória. 7 de maio de 2010. Consultado em 16 de julho de 2011. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2012
- ↑ a b c Brasil-Turismo. «Geografia». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2010
- ↑ Governo do Espírito Santo. «Espírito Santo em dados». Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 1 de abril de 2013
- ↑ a b Renato Grimm e Luciana Panzarini. «08 a 11/07 - Parque Nacional do Caparaó - Pico da Bandeira». Bemtevibrasil. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 23 de julho de 2010
- ↑ Embrapa. «Clima». Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 22 de junho de 2014
- ↑ Denis Richter. «Domínios Morfloclimáticos Brasileiros, Os (segundo Aziz Ab'Saber)». Algo Sobre. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2010
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o Eduardo de Freitas. «Geografia do Espírito Santo». Brasil Escola. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 19 de maio de 2011
- ↑ a b c d e f «Espírito Santo: Geografia». Nova Enciclopédia Barsa. 6. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 37 páginas
- ↑ FONTENELE, Marta M. «Espírito Santo: Quadro Natural». Brasil Channel. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 20 de novembro de 2010
- ↑ a b Brasil Escola. «Aspectos naturais do Espírito Santo». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 19 de maio de 2011
- ↑ ABRH. «Regionalização hidrológica na região hidrológica na região hidrográfica capixaba, compreendida entre os limites da bacia do Rio Doce e do Rio Itabapoana» (PDF). Consultado em 19 de setembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011
- ↑ a b «Mapa da área de Aplicação da Lei nº 11.428 de 2006» (PDF). IBGE. Consultado em 14 de novembro de 2015
- ↑ a b «Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - Período 2008-2010» (PDF). SOS Mata Atlântica. 2011. Consultado em 27 de maio de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 11 de junho de 2012
- ↑ a b c d e f g Vários autores (2005). Conservação da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo: Cobertura florestal e Unidades de Conservação (PDF). Vitória, ES: Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica. 142 páginas. ISBN 85-99058-02-9. Consultado em 14 de novembro de 2015. Cópia arquivada (PDF) em 17 de novembro de 2015
- ↑ a b «Corredor Central». Aliança para a Conservação da Mata Atlântica. Consultado em 14 de novembro de 2015. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2015
- ↑ World Wildlife Fund (Lead Author);Mark McGinley (Topic Editor) (2012). «"Campos Rupestres montane savanna". In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment).». Encyclopedia of Earth. Consultado em 14 de novembro de 2015. Cópia arquivada em 23 de maio de 2013
- ↑ LAMAS, I.; et al. (2006). O Corredor Central da Mata Atlântica (PDF). Brasília, FD: Ministério do Meio Ambiente, Conservação Internacional, SOS Mata Atlântica. 46 páginas. ISBN 85-7738-014-9. Consultado em 14 de novembro de 2015. Cópia arquivada (PDF) em 3 de março de 2016
- ↑ a b c Turismo Capixaba. «Praias no Espírito Santo». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2010
- ↑ Ambiente Brasil (9 de junho de 2009). «Governo cria programa florestal e 4 reservas ambientais». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2014
- ↑ Ibama (18 de janeiro de 2007). «Reprodução de tartarugas marinhas no Espírito Santo revela número recorde». 360 Graus. Consultado em 11 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Tabela 1286 - População e Distribuição da população pelas Grandes Regiões e Unidades da Federação nos Censos Demográficos». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ «Tabela 4714 - População Residente, Área territorial e Densidade demográfica». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 9 de dezembro de 2022
- ↑ a b c «Paraná» (PDF). Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 3 de janeiro de 2012
- ↑ «Censo 2010: RM de Vitória cresce acima da média nacional e concentra quase metade da população do ES». Observatório das Metrópoles. 17 de agosto de 2011. Consultado em 19 de outubro de 2011. Cópia arquivada em 1 de maio de 2013
- ↑ «IBGE atualiza dados do Censo e diz que Brasil tem 190.755.799 habitantes». G1. Globo. 29 de novembro de 2010. Consultado em 30 de julho de 2011. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2011
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico de 1991. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.
- ↑ a b c TOSCANO, Fernando. «Espírito Santo». Portal Brasil. Consultado em 12 de julho de 2010. Cópia arquivada em 12 de junho de 2010
- ↑ a b «População recenseada por situação do domicílio, sexo, forma de declaração da idade, idade e relação com a pessoa responsável pelo domicílio». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2015
- ↑ «Vila Pavão, Uma Pomerânia no norte do Espírito Santo». Consultado em 3 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2020 acessado em 21 de agosto de 2011
- ↑ «Cultura de Santa Maria de Jetibá». Prefeitura muniipal de Santa Maria de Jetibá. Consultado em 22 de agosto de 2011. Arquivado do original em 13 de junho de 2007
- ↑ «Pomeranos comemoram 150 anos no Espírito Santo». Consultado em 22 de agosto de 2011. Cópia arquivada em 9 de dezembro de 2012 acessado em 21 de agosto de 2011
- ↑ «O povo pomerano no ES». Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2012
- ↑ «Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio». Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original em 20 de novembro de 2012
- ↑ «Emenda Constitucional na Íntegra» (PDF). Consultado em 22 de novembro de 2011. Cópia arquivada (PDF) em 6 de janeiro de 2012
- ↑ «ALEES – PEC que trata do patrimônio cultural retorna ao Plenário». Revista Jurídica. Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2013
- ↑ Censo Demográfico de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
- ↑ Casa Marataises (11 de março de 2010). «Espírito Santo você conhece». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 8 de julho de 2011
- ↑ a b c d e f g «Espírito santo». Atlas Brasil. 2013. Consultado em 16 de julho de 2015. Cópia arquivada em 17 de julho de 2015
- ↑ a b c d «Classificação». Atlas Brasil. 2013. Consultado em 16 de julho de 2015. Cópia arquivada em 8 de julho de 2015
- ↑ «Contas Regionais do Brasil 2004-2008». IBGE. Consultado em 24 de julho de 2011. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2012
- ↑ «Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991 e 2000: Todos os Estados do Brasil». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. 2012. Consultado em 30 de julho de 2011. Cópia arquivada em 3 de outubro de 2011
- ↑ «Ibitirama, ES». Atlas Brasil. 2013. Consultado em 16 de julho de 2015. Cópia arquivada em 20 de julho de 2015
- ↑ a b «Mapa de Pobreza e Desigualdade - Municípios Brasileiros 2003». IBGE. Consultado em 30 de julho de 2011. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2012
- ↑ «Arquidioceses e Dioceses». Confederação Nacional dos Bispos do Brasil. Consultado em 3 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2015
- ↑ a b Neves, Luiz Guilherme Santos. «Lendas da Penha». Vila Capixaba. Consultado em 21 de abril de 2009. Cópia arquivada em 21 de abril de 2009
- ↑ «História do Santuário de Santo Antônio». Basílica de Santo Antônio. 2010. Consultado em 29 de março de 2011. Arquivado do original em 17 de junho de 2013
- ↑ «Tabela 2094 — População residente por cor ou raça e religião». IBGE. 2000. Consultado em 24 de novembro de 2008
- ↑ «População residente por cor ou raça e religião». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 14 de junho de 2011
- ↑ «Imigrantes Alemães no Espírito Santo». Portal Luteranos. 25 de junho de 2012. Consultado em 17 de janeiro de 2013
- ↑ a b «Mosteiro Zen da Vargem». Templo Zen. Consultado em 5 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 26 de junho de 2010
- ↑ «454 anos de história». Convento da Penha. 2012. Consultado em 24 de março de 2012. Cópia arquivada em 17 de junho de 2013
- ↑ SOUZA, Suzana. «Imigrantes no Brasil». InfoJovem. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2010
- ↑ Síntese de Indicadores Sociais 2007. Espírito Santo, Brasil. [S.l.]: IBGE. 2007. ISBN 85-240-3919-1. Consultado em 18 de julho de 2007
- ↑ Saletto, Nara (2000), «Sobre a composição étnica da população capixaba» (PDF), Vitória, ES: UFES, Dimensões – Revista de História, 11, p. 11-364, consultado em 20 de julho de 2011, arquivado do original (PDF) em 21 de janeiro de 2012
- ↑ «Os estados mais violentos do Brasil». Exame. 4 de novembro de 2017. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Atlas da Violência: Serra é o município com maior taxa de homicídios do Espírito Santo». Folha Vitória. 6 de agosto de 2019. Consultado em 18 de fevereiro de 2021
- ↑ «Homicídios avançam em regiões de desmatamento e grilagem». Ecodebate. 31 de janeiro de 2008. Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Panorama do estado do Espírito Santo». ibge.gov.br. Consultado em 9 de maio de 2020
- ↑ «Lei nº 9.868 de 10 de novembro de 1999». Supremo Tribunal Federal (STF). 10 de novembro de 1999. Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 22 de maio de 2011
- ↑ a b c d e f g h «Constituição do Estado do Espírito Santo» (PDF). Assembleia Legislativa do Espírito Santo. 5 de outubro de 1989. Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 7 de maio de 2014 – via Dhnet
- ↑ «Palácio Anchieta». Governo do Estado do Espírito Santo. 2012. Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Cópia arquivada em 9 de julho de 2012
- ↑ «Ricardo Ferraço assume Governo do Estado». Folha do Espírito Santo. Site Oficial do Jornal. 29 de dezembro de 2009. Consultado em 29 de dezembro de 2009. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2012
- ↑ «Geografia do Espírito Santo». Guia Geográfico. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2010
- ↑ «Dados gerais sobre a Região Metropolitana de Vitória». Espírito Santo em Foco. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 17 de julho de 2011
- ↑ a b «Divisão Regional do Brasil». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2017. Consultado em 25 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2017
- ↑ «Divisão Regional do Brasil». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2017. Consultado em 17 de agosto de 2017. Cópia arquivada em 17 de agosto de 2017
- ↑ «Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º». 1988. Consultado em 13 de novembro de 2012. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2011
- ↑ «Espírito santo». IBGE Estados. Consultado em 18 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 18 de janeiro de 2012
- ↑ a b «Espírito Santo» (PDF). Governo do Espírito Santo. 2009. Consultado em 14 de julho de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 6 de julho de 2011
- ↑ a b «Exportações do Espírito Santo (2012)». Plataforma DataViva. Consultado em 13 de janeiro de 2014. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2014
- ↑ a b c d Ana Margô Mantovani (junho de 2003). «Espírito Santo». Laboratórios de Informática Unilasalle. Consultado em 7 de dezembro de 2011. Cópia arquivada em 18 de janeiro de 2012
- ↑ «Cooperativas do Ramo: Agropecuário». Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo. 2011. Consultado em 7 de dezembro de 2011. Cópia arquivada em 12 de agosto de 2014
- ↑ a b «Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2008. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2015
- ↑ a b «Origem do café no Espírito Santo». Revista Cafeicultura. 27 de dezembro de 2005. Consultado em 3 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Espírito Santo é 2º maior produtor de café do Brasil». G1. 19 de janeiro de 2018. Consultado em 24 de janeiro de 2018. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2018
- ↑ a b «Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2008. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2015
- ↑ «Espírito Santo», Perfil da Indústria.
- ↑ «As 69 maiores empresas industriais». 200 Maiores Empresas do Espírito Santo. 2009. Consultado em 25 de julho de 2010
- ↑ a b «Balança comercial por Unidade da Federação». Ministério de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil. Junho de 2010. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 16 de julho de 2010
- ↑ a b ANDRADE, Fernando Moretzsohn de; GUIMARÃES, André Passos. Espírito santo. In: Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil, 1993. v. 8, p. 4176.
- ↑ a b c d «Petróleo e Gás Natural». Governo do Espírito Santo. Consultado em 11 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 11 de maio de 2013
- ↑ «Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2009
- ↑ a b c TOSCANO, Fernando. «Portal Brasil - Espírito Santo». Portal Brasil. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 12 de junho de 2010
- ↑ SECTIDES (2021). «UniversidadES»
- ↑ Instituto Federal do Espírito Santo. «Institucional». Consultado em 18 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2010
- ↑ Universidade Federal do Espírito Santo. «História». Consultado em 18 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2010
- ↑ a b «Serviços de saúde 2005». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2005. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2009
- ↑ «Cadernos de Informações de Saúde - Espírito Santo». DATASUS. 2010. Consultado em 11 de julho de 2010. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2010
- ↑ Govenrno do Espírito Santo. «Energia Elétrica». Consultado em 11 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 11 de maio de 2013
- ↑ Govenrno do Espírito Santo. «Energia Eólica». Consultado em 11 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 24 de julho de 2013
- ↑ a b «Rádios do Espírito Santo». Rádios.com.br. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 24 de julho de 2010
- ↑ a b «Emissoras de TV de Vitória ES». Emissoras de TV de Vitória ES. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 20 de maio de 2011
- ↑ «Repetidoras Brasileiras». Reocities.com. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 19 de maio de 2011
- ↑ «Infraero Aeroportos - Espírito Santo». Consultado em 12 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 23 de novembro de 2012
- ↑ Governo do Espírito Santo (2015). «Aeroportos». Governo do Espírito Santo. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2018
- ↑ a b DNIT (2009). «Mapa Multimodal do Espírito Santo» (PDF). Site Oficial do DNIT. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 17 de dezembro de 2011
- ↑ Exército Brasileiro. «38º Batalhão de Infantaria - Batalhão Tiburcio». Site Oficial do Exército Brasileiro. Consultado em 19 de março de 2010. Cópia arquivada em 28 de janeiro de 2011
- ↑ «Síntese Histórica». Site Oficial do 1º Distrito Naval. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «PECULIARIDADES DO III COMAR». Site Oficial do III COMAR. Consultado em 6 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ ALVES, Roberto de Almeida. «Estrutura». 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 2 de julho de 2012
- ↑ DCBES (18 de setembro de 2009). «Aula Inaugural CFSd 2009 no CCV - Notícia retirada do site da PMES». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 19 de maio de 2011
- ↑ Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo. «Institucional - História». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 1 de setembro de 2010
- ↑ «Constituição Federal, artigo 144 - Da Segurança Pública». Consultado em 4 de julho de 2014. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2011
- ↑ Governo do Estado do Espírito Santo. «Lei nº 2.517». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Espírito Santo». Departamento de Polícia Federal. Consultado em 21 de maio de 2011. Cópia arquivada em 17 de agosto de 2011
- ↑ «Site Oficial da Universidade Federal do Espírito Santo». Consultado em 15 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 12 de setembro de 2010
- ↑ a b c d «Espírito Santo: Infraestrutura». Brasil Channel. Consultado em 14 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 20 de novembro de 2010
- ↑ a b c d e f g h i j «Espírito Santo: Cultura». Nova Enciclopédia Barsa. 6. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. 1998. 43 páginas
- ↑ «O Teatro». Site Oficial do Teatro Carlos Gomes. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Museu Solar Monjardim abrirá nos finais de semana de dezembro». Gazeta Online. 3 de dezembro de 2009. Consultado em 24 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 29 de outubro de 2013
- ↑ Secretaria de Produção e Difusão Cultural da Universidade Federal do Espírito Santo (1997). Museu Solar Monjardim. Vitória: Ufes/Iphan
- ↑ «Maes reabre com três exposições». G1. 15 de agosto de 2013. Consultado em 30 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2013
- ↑ «Museu do Negro abre inscrições para aulas de teatro e dança no ES». Gazeta Online. 1 de agosto de 2013. Consultado em 30 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2013
- ↑ «Museu da Vale, em Vila Velha, é o melhor lugar para admirar a paisagem do Centro de Vitória». O Globo. 25 de setembro de 2009. Consultado em 30 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2013
- ↑ «História do Museu de Biologia Professor Mello Leitão». Site Oficial do Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2009
- ↑ «Histórico EBMAR». Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi. Consultado em 15 de junho de 2022
- ↑ «Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi - Dibrarq». Arquivo Nacional. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Bom Dia ES | Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi oferece atrações da natureza aos turistas no ES | Globoplay, consultado em 15 de junho de 2022
- ↑ «Igreja de Nossa Senhora da Assunção». Colégio WEB. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 25 de março de 2010
- ↑ «Igreja de Nossa Senhora da Ajuda». Site Oficial do Município de Viana. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Igreja dos Reis Magos». Site Turístico do Distrito Serrano de Nova Almeida. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2010
- ↑ «Igreja de São Gonçalo é bem tombado desde 1948». Site Oficial do Município de Vitória. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Nossa Senhora do Rosário mantém características originais». Site Oficial do Município de Vitória. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Convento da Penha espera receber 500 mil fiéis na Festa da Penha 2006». Atenas Notícias. Consultado em 16 de fevereiro de 2012
- ↑ «Pontos Turísticos de Vila Velha». Guia Turístico de Vila Velha. Consultado em 19 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 16 de outubro de 2010
- ↑ «Nossa Senhora da Penha». VilaCapixaba.com. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 4 de março de 2010
- ↑ «Festa de Santo Antônio terá shows, missas e tradicional bênção dos pãezinhos». Site Oficial do Município de Vitória. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Festa de São Pedro tem shows populares e tradicional procissão marítima» 🔗. Site Oficial do Município de Vitória. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Nossa Senhora da Vitoria». Cadê Meu Santo. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «Dia de Cachoeiro: confira a programação da festa da cidade». TV Gazeta Sul. 28 de junho de 2010. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 11 de julho de 2011
- ↑ «Um Reis-de-boi em Conceição da Barra». Jangada Brasil. 1951. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2010
- ↑ «Guarapari Virtual :: Areias Monazíticas - Radioativas - Areia Preta - Poder Medicinal - Saúde». Guarapari Virtual. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 2 de dezembro de 2010
- ↑ «Palácio Anchieta». BrasilViagem.com. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 8 de julho de 2011
- ↑ «Parque Moscoso foi o primeiro parque da Capital». Site Oficial do Município de Vitória. Cópia arquivada em 27 de julho de 2010
- ↑ a b «Espírito Santo - Praias». RotasDoES. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2010
- ↑ «Domingos Martins – Turismo na Serra Capixaba agrada Românticos». PacoteTurismo.com. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 19 de novembro de 2010
- ↑ «O Parque». Site Turístico do Parque Nacional da Serra do Caparaó. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 23 de maio de 2010
- ↑ Amaral, Rossini (5 de junho de 2010). «Em Cachoeiro, apatia toma o lugar da efervescência política». Século Diário. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 16 de julho de 2011
- ↑ Fábrica de Pios de Aves "Maurílio Coelho" (2012). «Histórico». Fábrica de Pios de Aves "Maurílio Coelho". Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada em 8 de novembro de 2011
- ↑ «Receita da Torta Capixaba». Site Oficial do Estado do Espírito Santo. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 24 de março de 2013
- ↑ «Receita da Moqueca Capixaba». Site Oficial do Estado do Espírito Santo. Consultado em 16 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 10 de maio de 2013
- ↑ Governo do Espírito Santo (ed.). «Folclore». Consultado em 20 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2018
- ↑ a b «Calendário de Eventos de 2010» (PDF). Rede Cultura Jovem. Consultado em 19 de março de 2011. Cópia arquivada (PDF) em 6 de julho de 2011
- ↑ a b Portal ES (20 de dezembro de 2008). «Calendário de eventos». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 5 de agosto de 2010
- ↑ Departamento de Comunicação de Afonso Cláudio. «Festa do Afonso-Claudense». Prefeitura de Afonso Cláudio. Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ Ériton Berçaco (6 de dezembro de 2007). «Entressafra do Boi Pintadinho». Over Mundo. Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 20 de maio de 2011
- ↑ Gazeta Online (25 de janeiro de 2010). «Domingos Martins preparada para realizar a XXI Sommerfest». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 29 de janeiro de 2010
- ↑ Prefeitura de Santa Tereza. «Informe Municipal». Consultado em 7 de agosto de 2010. Arquivado do original em 12 de junho de 2007
- ↑ Globo Rural (31 de julho de 2009). «ES - Festa do morango em Domingos Martins/ES». Agronline. Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ Gazeta Online (9 de dezembro de 2008). «Festa de São Benedito traz a dupla César Menotti e Fabiano». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 11 de julho de 2011
- ↑ Maíra Vannucci (9 de abril de 2009). «Vila Velha se prepara para receber a Festa da Penha». Consultado em 7 de agosto de 2010. Cópia arquivada em 6 de julho de 2011
- ↑ «MUG vence no Grupo Especial e é bicampeã do carnaval no ES; confira a classificação». G1. 7 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ «Carnaval de Vitória: MUG é bicampeã com aquarela de Homero Massena». www.agazeta.com.br. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ Edson Neto. «LIESGE - Mapa Cultural ES». Mapa Cultural ES. Consultado em 9 de setembro de 2024
- ↑ a b «Apresentação». Secretaria de Estado de Esportes e Lazer Governo do Espírito Santo. 2012. Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada em 4 de março de 2016
- ↑ «Deputado Vandinho Leite». Assembleia Legislativa do Espírito Santo. 2012. Consultado em 8 de maio de 2012[ligação inativa]
- ↑ «Clubes de futebol do Espírito Santo». Futebol na Rede. 2012. Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada em 19 de maio de 2012
- ↑ Clério Borges (2012). «Futebol Capixaba». Página pessoal do autor. Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada em 30 de abril de 2012
- ↑ «Templos de futebol». Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada em 6 de agosto de 2011
- ↑ «Ranking Nacional das Federações 2011» (PDF). Confederação Brasileira de Futebol. Consultado em 17 de maio de 2011. Arquivado do original (PDF) em 26 de maio de 2011
- ↑ «Federação Espírito-Santense de Voleibol». Apontador. 2012. Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2020
- ↑ «História». Federação Capixaba de Basquetebol. 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2012. Cópia arquivada em 16 de março de 2012
- ↑ Hiroshi, Marcos (2 de fevereiro de 2009). «Praça dos Namorados, em Vitória - ES, volta a ter piso de granilite». Cem por Cento Skate. Universo Online. Consultado em 3 de março de 2015. Cópia arquivada em 8 de abril de 2015
- ↑ «Calendário dos Jogos Escolares do Espírito Santo 2012» (PDF). Prefeitura Municipal de Barra do São Francisco. 2012. Consultado em 8 de maio de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 7 de abril de 2015
- ↑ Esquiva (Perfil), COB
- ↑ Yamaguchi (perfil), COB.
- ↑ «Daiene Dias», Swim Swam (perfil).
- ↑ «João Gomes», Swim Swam (perfil).
- ↑ Varejão (perfil), CBB.
- ↑ «Dia de Nossa Senhora da Penha é feriado estadual»
- ↑ «Governo do Estado decreta ponto facultativo para o dia 23 de maio»
Bibliografia
- Moreira, Thais Helena; Perrone, Adriano (2008), História e Geografia do Espírito Santo 9 ed. , Espírito Santo
- «Espírito Santo (estado)». Nova Enciclopédia Barsa. 6. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil. 1998. p. 36–44
- «Espírito Santo, Estado do». Enciclopédia Mirador Internacional. 8. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil. 1993. p. 4171–76
- «Espírito Santo». Enciclopédia Barsa. 5. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil. 1973. pp. 455–65
- «Espírito Santo». Enciclopédia Delta Universal. 6. Rio de Janeiro: Delta. 1982. pp. 2978–89
Ligações externas
- Portal do Governo do Estado do Espírito Santo. Website oficial. Visitado em 30 de outubro de 2014.
- Espírito Santo. Pequeno artigo educativo a respeito do ES, no portal de ensino Só Geografia. Visitado em 30 de outubro de 2014.
- Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Website oficial do IJSN, uma entidade pública estadual que elabora, implementa e disponibiliza estudos, pesquisas, planos, programas de ação etc. voltados ao desenvolvimento socioeconômico do ES. Visitado em 30 de outubro de 2014.
- Espírito Santo. Página do Espírito Santo no website do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Visitado em 30 de outubro de 2014.
- Secretaria de Turismo do Estado do Espírito Santo (SETUR). Website oficial. Visitado em 30 de outubro de 2014.
- Os Colonos Alemães no Estado Brasileiro do Espírito Santo. Livro digital a respeito da colonização alemã no ES. Disponibilizado pela Biblioteca Digital Mundial (WDL). Visitado em 30 de outubro de 2014.