Dionísio Cerqueira (militar)
Dionísio Cerqueira | |
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Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira
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Nome completo | Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira |
Nascimento | 2 de abril de 1847 Curralinho |
Morte | 15 de fevereiro de 1910 (62 anos) Paris |
Parentesco | Silva Castro (avô) Castro Alves (primo) |
Ocupação | engenheiro, político, militar |
Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira (Curralinho, 2 de abril de 1847 — Paris, 15 de fevereiro de 1910) foi um herói da Guerra do Paraguai, General de Brigada, Deputado Federal, Ministro de Estado e engenheiro militar brasileiro.[1]
Biografia
De família baiana de recursos, seu pai era catedrático da Escola de Medicina de Salvador, entrou no exército como voluntário da pátria, praça, em 2 de fevereiro de 1865, quando estudante da Escola Central, do Rio de Janeiro, devido à guerra do Paraguai, de onde retornou, em 5 de fevereiro de 1870, como tenente. Serviu inicialmente na artilharia e, a seguir, na infantaria, em batalhão baiano. No exército, reformou-se como general-de-brigada.[1]
Escreveu o livro "Reminiscências da Guerra do Paraguai", no qual revisava as provas quando morreu em Paris, onde se encontrava a serviço. O livro foi editado, na França, e meados de 1910, com reedição em 1929, terceira apresentação, em 1948, e quarta em 1980 pela Biblioteca do Exército.
Foi deputado na Assembléia Nacional Constituinte, de 1891, pela Bahia, tendo sido reeleito por mais duas oportunidades.[1]
No governo de Prudente de Morais foi ministro das Relações Exteriores (1 de setembro de 1896 a 15 de novembro de 1898), da Guerra (23 de novembro de 1896 a 4 de janeiro de 1897) e da Indústria, Viação e Obras Públicas (1 de outubro a 13 de novembro de 1897).
Tomou parte nos trabalhos que delimitaram as fronteiras brasileiras com a Guiana, Venezuela, Bolívia e Argentina.
O município catarinense de Dionísio Cerqueira é assim denominado em sua homenagem, pois pacificou os limites geográficos das fronteiras entre Brasil e Argentina, e celebrou o tratado arbitrado por Grover Cleveland, o qual ficou conhecido como a Questão de Palmas.
Casou-se com Antonietta Braga Torres, nascida em Sobral, filha do Brigadeiro Francisco Xavier Torres Junior com que teve a filha Dionísia e a neta Maria Antonietta. Cunhado do senador Joaquim Antônio da Cruz e do escritor Domingos Olímpio, que o assessorou na missão acima e com quem colaborou no periódico "Os Annaes", que era editado até o início do século XX no Rio de Janeiro. Tio de Eurico Cruz e, por afinidade, do senador Benjamim Liberato Barroso. Tio-avô de Benjamin Eurico Cruz.
Ver também
- Silva Castro, herói da Independência da Bahia, avô do general.
- Castro Alves, poeta, primo.
Referências
- ↑ a b c «CERQUEIRA, Dionísio» (PDF). CPDOC. Consultado em 28 de abril de 2023
Ligações externas
Precedido por Carlos Augusto de Carvalho |
Ministro das Relações Exteriores 1896 — 1898 |
Sucedido por Olinto de Magalhães |
Precedido por Bernardo Vasques |
Ministro da Guerra do Brasil 1896 — 1897 |
Sucedido por Francisco de Paula Argolo |
Precedido por Joaquim Duarte Murtinho |
Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas 1897 |
Sucedido por Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda |