Ávila
Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção: |
| ||||
---|---|---|---|---|
Município | ||||
Símbolos | ||||
| ||||
Gentílico | abulense ou avilés | |||
Localização | ||||
Localização de Ávila na Espanha | ||||
Coordenadas | 40° 39′ N, 4° 41′ O | |||
País | Espanha | |||
Comunidade autónoma | Castela e Leão | |||
Província | Ávila | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 231,9 km² | |||
População total (2021) [1] | 57 949 hab. | |||
Densidade | 249,9 hab./km² | |||
Altitude | 1 182 m | |||
Código postal | 05001 - 05005 | |||
Código do INE | 05019 | |||
Website | www |
Cidade Antiga de Ávila com suas Igrejas Extra-muros ★
| |
---|---|
Muralhas de Ávila | |
Tipo | Cultural |
Critérios | iii, iv |
Referência | 348 |
Região ♦ | Europa e América do Norte |
País | Espanha |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 1985 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial ♦ Região segundo a classificação pela UNESCO |
Ávila é um município espanhol, localizado na província de Ávila, na comunidade autônoma de Castela e Leão.[2] Está situada próxima do rio Adaja e é a capital de província espanhola com maior altitude, a 1131 metros acima do nível do mar. A cidade apresenta um clima mediterrâneo continental com nuances de clima de montanha.[3]
Ávila foi fundada no século XI pelo Rei Afonso VII. Seus principais destaques são a muralha que a cerca –conjunto arquitetônico do estilo românico que remonta ao período da fundação da cidade, a Catedral del Salvador e a Igreja Basílica de São Vicente.[4] Esses monumentos, bem como todo o centro histórico local, foram declarados Patrimônios da Humanidade em 1985, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), de acordo com os critérios III e IV de classificação.
O nome da cidade pode ter origem vetônico e acredita-se que Ptolomeu refere-se à Ávila em sua obra Geografia como Obila, no entanto, esta relação não é clara.[5]
História
Pré-história
No município de Ávila, próximo à localidade de Bernuy Salinero, há um monumento funerário preservado, datado no final do Período Neolítico ao início da Idade do Bronze, denominado dólmen do Prado de las Cruces.
O nome da cidade pode ter origem vetônico. Segundo o helenista do século XIX Karl Wilhelm Ludwig Muller, a cidade vetônica de Obila, descrita por Ptolomeu, poderia, hipoteticamente, corresponder à atual Ávila.[6] Todavia, de acordo com Roldán Hervás, essa relação é duvidosa.[7] A realidade é que a origem de Ávila é difusa, embora algumas pesquisas afirmem que Obila surgira na segunda metade do século I a.C.[8] Nesse sentido, de acordo com alguns historiadores, Óbila foi um dos muitos assentamentos vetões da província, juntamente de Castros Sanchorreja, Berrueco, Mesa de Miranda, Las Cogotas, El Raso e Ulaca. Ademais, o povoamento de Obila ganharia importância com a crescente romanização do território, em detrimento de outros fortes situados em terreno montanhoso.[9] Os vetões deixaram vestígios do seu povoamento em toda a geografia da província de Ávila, dando destaque às conhecidas estátuas de pedra, genericamente denominadas como verracos.
Idade Antiga
De acordo com alguns historiadores, a atual cidade de Ávila foi uma fundação ex-novo dos romanos,[10] os quais lhe deram o nome de Ábila, Óbila ou Ábela (em latim: Abila, Obila, Abyla ou Abela).[11] A cidade romana foi formada pelo atual bairro antigo – área hoje cercada por muralhas. A antiga presença romana na cidade manifesta-se por meio da ponte romana, da estrada e de vários mosaicos – vestígios daquela época que sobreviveram até hoje. A necrópole romana estava situada ao leste, para além da rua de San Segundo, fazendo, assim, com que em toda aquela parte da parede possa-se ver peças funerárias reaproveitadas como material de construção, tais como estelas, aras e capsulas cinerárias de granito, embutidos nas telas da parede oriental.[12][13]
Nos séculos I e II, houve o maior esplendor da cidade sob o domínio romano.[14] Nesse sentido, na economia da cidade, houve uma grande importância da pecuária transeunte, no que diz respeito às rotas que atravessavam a Serra de Gredos pelo porto do Pico e Tornavacas.[15] No tempo do imperador Constantino, a cidade de Ávila fazia parte da província romana da Lusitânia.[16] Todavia, a cidade experimentou certo declínio a partir do século III, sendo contextualizada em meio a uma crise generalizada na Hispânia Romana como resultado das invasões dos francos e alamanos e um certo processo de abandono das cidades, a favor das villae,[17] como os exemplos próximos de El Vergel em San Pedro del Arroyo e o Muro dos Mouros em Niharra. Uma epidemia de peste começou em meados de 250-252 d.C. e dizimou a população da cidade por 20 anos.
Idade Média
Etapa Visigoda
Ao longo do século V e início do VI, foram feitos gradativamente — e em pequenos grupos — os primeiros assentamentos visigodos na península.[18] Nesse sentido, a importância de Ávila nesse período deveu-se ao seu caráter religioso, uma vez que teve a intervenção dos prelados de Abela nos concílios de Toledo.[19] Ademais, Ávila foi a sede episcopal durante a dominação visigótica. .[20]
Reassentamento
Durante a reconquista, a cidade tornou-se um local estratégico, onde muçulmanos e cristãos sempre desejado como um enclave defensivo. Após essas invasões, Ávila passou por três séculos dos quais poucos acontecimentos são conhecidos. A partir do século VIII, muitas cidades do planalto e do centro da península podem ser consideradas dentro do chamado “deserto estratégico”, onde houve um forte despovoamento e que se tornou terra de ninguém. No século X, o conde Fernando Flaínez tentou repovoar a cidade, embora apenas no século XI tal repovoamento realmente tenha ocorrido — Afonso VI de Leão encomendou seu genro, Raimundo de Borgonha, para reabitar e circundar as cidades de Salamanca, Ávila e Segóvia.[21]
Nessa época, surgiu uma indústria têxtil relativamente importante, mas que não conseguiu competir com os tecidos flamengos e italianos.[22]
Com o tempo, o processo de Reconquista foi mudando gradualmente para o sul, deixando Ávila em segundo plano. Apesar da perda de importância,[23]Ávila foi uma das 17 cidades da coroa de Castela, que continuou a enviar agentes às Cortes nos séculos XIV e XV, após a redução destas ao longo do século XV.[24]
Idade Moderna
Durante o reinado do Reis Católicos, na segunda metade do século XV, e durante os reinados de Carlos I e de seu filho Filipe II no século XVI, a cidade renasceu devido às idas e vindas da corte.[25] Posteriormente, Ávila prosperou e a província testemunhou o nascimento de várias personalidades religiosas, escritores e conselheiros espirituais, como Teresa de Cepeda e Ahumada — mais conhecida como Santa Teresa de Jesus—, nascidos na capital, e São João da Cruz, que nasceu na cidade de Fontiveros. A partir do final do século XVI e início do XVII, a cidade iniciou um longo declínio e despovoamento.[26]. Outros fatores influenciaram o declínio da cidade, tais como a queda acentuada da atividade têxtil.
No final do século XVIII, foi fundada em Ávila a Royal Cotton Factory, instalada, em 1788, com capital do estado pelos técnicos ingleses John Berry e Thomas Bilne.[27]. Todavia, o projeto fracassou, visto que seus tecidos de algodão não encontraram escoamento no mercado e, após notória falta de produtividade, seria transferido em 1799 para finalmente estabelecer ali uma fábrica de lã.[28]
Idade Contemporânea
A cidade de Ávila foi saqueada pelos franceses em 1809, por ordem do marechal francês Lefebvre. Nesse episódio, as tropas francesas saquearam várias igrejas na cidade, bem como casas particulares, e o matadouro da cidade foi queimado.[29]
Ao longo do século XIX, a cidade continuou com a decadência e a estagnação características dos séculos anteriores.[30]
Durante a segunda metade do século XIX, ocorreu uma lenta recuperação demográfica com a construção da ferrovia, o que fez da cidade um importante entroncamento na linha de Madrid à fronteira francesa via Irún. Em 1936, após a eclosão da Guerra Civil, a cidade, como praticamente toda a região de astela e Leão, passou rapidamente a fazer parte da área ocupada pelas tropas rebeldes.[31] Ademais, na cidade de Ávila, no ano 1936, existia um campo de concentração franquista.[32]
Patrimônio Material
A cidade de Ávila é reconhecida, principalmente, pelo seu patrimônio material, constituído por monumentos de diversos períodos históricos com alto grau de conservação. Destacam-se, dentre esses monumentos, as construções do estilo românico, como a muralha que protege a cidade, projeto arquitetônico do século XI, que marcam a paisagem de Ávila e possuem grande valor histórico e arquitetônico.
Em 1884, as muralhas de Ávila foram declaradas Monumento Nacional[33] e em 1982 a cidade foi declarada Conjunto Histórico-Artístico.[34] Desde 1985, a cidade antiga de Ávila, sua muralha e as igrejas extramuros de São Vicente, São Pedro, São Andrés e São Segundo são consideradas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.[35] Em 2007, a Unesco estendeu a declaração de Patrimônio da Humanidade às igrejas de San José, Santo Tomás, San Martín, Santa María de la Cabeza e San Nicolás.[36]
Depósitos arqueológicos
- Dólmen do Prado das Cruzes. Monumento funerário que data do final do Período Neolítico, perto do distrito de Bernuy-Salinero.
- Sítio Arqueológico da Plaza do Mercado Grande. Em 2001, foram localizados, na praça de Santa Tereza, diversos restos arqueológicos dos períodos romano, baixo medieval e pré-romano.[37]
- Curtumes Antigos do Arrabal de São Segundo. Sítio arqueológico situado fora da cidade de Ávila, na margem direita do rio Adaja, que representa um exemplar único e relevante de complexo artesanal dedicado ao curtimento de peles em funcionamento entre os séculos XIV e XVIII. Eles foram declarados como um bem de interesse cultural em 2010.[38]
Arquitetura religiosa
- Catedral de El Salvador de Ávila. A sua construção decorre entre os séculos XII e XV. Gozava de uma função militar e defensiva graças à sua cabeceira fortificada,[39] cuja torre está montada na mesma muralha da cidade.[40] Inicialmente foi construída em estilo românico, pelo Mestre Fruchel.[39]No início do século XIII, o estilo gótico foi adotado nas obras.[39]O mestre Fruchel iniciou as obras inspirando-se na basílica de Saint-Denis.[40] Durante o primeiro terço do século XIV, o bispo Sancho Blázquez Dávila reativou as obras da catedral.[39]É uma das edificações que deu início à introdução do gótico francês na península e é considerada a primeira catedral gótica da Espanha,[41][42] é construída principalmente em granito.[43] Na catedral, destaca-se o monumental retábulo-mor, iniciado por Pedro Berruguete em 1499 até sua morte e que contaria também com a participação de Juan de Borgonha.[44]
- Basílica de São Vicente. Sua construção teve início no século XII, no estilo românico e foi finalizada no século XIV.[45] A fase final dessa construção foi atribuída ao mestre francês, Giral Fruchel, introdutor do estilo gótico na Espanha e que participou também da construção da catedral. A estrutura geral é similar à das basílicas latinas.[45]
- Igreja de São Pedro. Igreja românica situada fora do território amuralhado, na Plaza del Mercado Grande. O início da sua construção data por volta de 1100 e o seu fim por volta de 1130. Irá sofrer várias reformas ao longo dos séculos XIII e XIV. Apresenta analogias com a da Basílica de São Vicente, construída por volta das mesmas datas.[46]
- Ermida de São Segundo. Ermida localizada a oeste de Ávila, além das muralhas, na margem direita do rio Adaja. Apresenta vestígios românicos, embora tenha sido reformada durante o século XVI.[47] A estátua de alabastro do século XVI, foi feita por Juan de Juni. A crença popular conta que, ao introduzir um lenço no sepulcro e pedir três desejos, o santo concede um deles.[48] San Segundo é o padroeiro de Ávila e sua festa é celebrada no dia 2 de maio.[49]
- Igreja de Santo Andrés. Igreja românica do século XII localizada a nordeste da cidade. Tem planta basílica com três naves, com as seus absides correspondentes, sendo a central a maior. Ele passou por uma restauração em 1930.[50]
- Mosteiro Real de Santo Tomás. Convento dominicano construído no final do século XV. O retábulo-mor contém pinturas de Pedro Berruguete, que retratam episódios da vida de Santo Tomás. Foi a residência de verão dos Reis Católicos.[51]
- Convento de São José. É um convento de freiras carmelitas descalças. Foi a primeira fundação realizada por Santa Teresa de Jesus e o ponto de partida da reforma teresiana. Foi construída em 1562, embora a igreja, seu elemento arquitetônico mais interessante, tenha começado a ser construída em 1607.[52] Seu desenho foi elaborado pelo arquiteto Francisco de Mora (1553-1610). É Monumento Nacional desde 1968. Atualmente o prédio funciona como sede do Museu Teresiano das Carmelitas Descalças.
- Ermida de Santa Maria da Cabeça. Pequena ermida de elementos mudéjar localizada na zona norte da cidade.[53]
- Ermida de São Martín. Igreja românica situada na zona norte da cidade, foi reconstruída em 1705. Destaca-se a sua torre quadrangular, a parte mais antiga do edifício, do século XIV. A torre tem uma base de pedra berroqueña, sobre a qual assenta a parte superior do corpo, construída em tijolo e em estilo mudéjar.[54]
- Igreja de São Nicolás. Igreja românica do século XII, localizada a sul da cidade. Possui três naves, com três portas de acesso, e ábside semicircular. Possui ainda uma torre de planta quadrangular. Passou por uma reforma no século XVII.[55]
- Convento da Encarnação. Surgiu como um beguinário em um local diferente e, em 1513, mudou-se para a localização que se encontra - na época um cemitério judeu - para se tornar um mosteiro de religiosos com votos. Santa Teresa ingressou nele em 1533 e preparou sua reforma por 27 anos. No século XVII, passou por reformas na abóbada e na cúpula.[56]
Arquitetura Civil
A cidade em questão conta com inúmeros palácios, casarões e casas fortes – em sua maior parte, datadas dos séculos XV-XVIII – localizadas, a princípio, na zona alta da região amuralhada e nos bairros compreendidos entre a Igreja de San Pedro e a igreja de San Vicente, bem como seus arredores. Além dos seguintes itens, destacam-se o palácio episcopal ou palácio do Rei Menino, o Episcópio, o palácio das Lesquinas, a Casa dos Guillamas, o palácio de Rengifos, o palácio de Dom Gaspar Bullón (demolido), o palácio do Marquês de Fuente el Sol, a Casa dos açougueiros, a Casa do Cordón e a Casa ou Hospital do Cavalo.
- Muralhas de Ávila. É o principal monumento da cidade, foi construído entre os séculos XII e XIII, além de ser o muro mais bem preservado de toda a Espanha,[57] além de ser o maior monumento completamente iluminado do mundo.[58]
- Câmara Municipal de Ávila. Fica localizada na praça do Mercado Chico, foi obra do arquiteto Ildefonso Vásquez e construído durante a metade do século XIX. Sua fachada tem como material o granito e é inspirado em obras isabelinas.[59]
- Palácio de los Águilla. Palácio construído no século XVI, mas sofreu uma reforma no século XX, com uma restauração do caráter românico. Fica localizado dentro do muro, após passar pela porta de São Vicente e defendeu esta entrada das tropas muçulmanas. Sua localização é ocupada por tropas da família Águilla.[60]
- Mansão das Noites. É conhecido como "Torre de los Aboín" e se destaca por sua grandiosa torre de alvenaria com peças de granito. Foi construído no século XVI, mas atualmente é utilizado como hotel.[61]
- Palácio Valderrábanos. Construído no século XV, e é localizado na praça da Catedral de Ávila. Destaca-se por sua cobertura gótica bem preservada e o corpo da torre,[62] reconstruído no século XIX.
- Palácio de Dávila. Trata-se de um conglomerado de edifícios com arquitetura contendo detalhes mouros. É conhecido também como Palácio de los Abrantes e pertencia à Casa de Dávila.[63]
- Palácio de Núñez Vela. Localizado na Praça de La Santa e foi utilizado de várias maneiras como: quartel, infantaria militar e academia de cavalaria, além de já ter sido sede da Royal Tissue Factory. Pertencia ao primeiro vice-rei do Peru Blasco Núñez Vela, construído no século XVI.[64][65]
- Palácio dos Carrascos. Encontra-se na rua Lopez Núñez, caracterizado pelo seu piso quadrangular com um pátio interno dentro da propriedade e do lado de fora apresenta forros de pedra (esculturas de pedra vermelha), construído no século XVI.[66][67]
- Palácio de Bracamonte. Também chamado de Palácio de Santa Cruz, o edifício possui elementos tardios e renascentistas se destacando pelo seu amplo pátio com pórticos e dois níveis de galeria.[68]
- Palácio da Superunda. Datado da segunda metade do século XVI, inicialmente o governante Ochoa de Aguirre mandou construí-lo, no entanto, anos depois virou propriedade da família dos Condes de Superunda. Possui duas torres com três níveis cada uma e apresenta um pátio interno. Em 1920, o pintor italiano Guido Capriotti adotou-o como habitação, em regime de aluguel, até ser adquirido pelo próprio pintor em 1954; desde então sofreu várias reformas.[69]
- Palácio de Polentinos. Construído no século XVI fica localizado na rua de Vallespín, construído sob comando do vereador Juan de Contreras, tornou-se propriedade dos condes de Polentinos, porém no século XIX, foi comprado pala Câmara Municipal.[70]
- Torreón de los Guzmanes. Foi construído no século XVI, é um edifício renascentista e foi declarado de interesse com o status de monumento em 1983.[71]
- Palácio dos Reitores. Construído no século XVI, atualmente é sede do museu provincial de Ávila, fica localizado na praça de Navillos.[72]
- Palácio dos Serranos. Hoje é um centro de biblioteca cultural comandado pela Caixa de Ávila, foi construído no século XVI, está entre a rua Estrada e a Praça Itália.[73][74]
- Matadouro de Ávila. Construído entre 1880 e 1890, caracteriza-se pelo estilo neo-mudéjar e é feito de tijolos de acordo com o projeto do arquiteto Angel Cossin. Consiste em uma sala com um corpo central saliente casa destinada a casas no térreo e com um depósito de peles no primeiro andar.
- Centro de Congressos e Exposições da Tela Norte. É um dos edifícios mais jovens de Ávila, concluído em 2009. Foi inaugurado pelos Reis da Espanha, Don Juan Carlos e Dona Sofia, em janeiro de 2010. Projetado pelo arquiteto Francisco Mangado, foi premiado com o Chicago Athenaeum Architecture Award.[75][76]
Museus
O principal museu da cidade é o Museu de Ávila, inaugurado 1911. As coleções estão integradas em três grandes seções: uma que representa a cultura rural do município, outra que reúne peças encontradas no território de Ávila desde a pré-história e uma dedicada apenas a peças arqueológicas encontradas nas escavações da cidade.[77]
Patrimônio imaterial e cultura
O município de Ávila é marcado não só por monumentos grandiosos, mas também por uma diversificada agenda cultural, capaz de atrair interesse visitantes e locais. O patrimônio imaterial de Ávila é constituído por aspectos como os citados a seguir:
Festas
As festas dos padroeiros de Ávila, Santa Teresa de Jesus, ocorrem no dia 15 de outubro e, San Segundo, no dia 2 de maio e atraem diversos fiéis que buscam a interseção dos santos citados. Na segunda quinzena de julho, acontecem as festas de verão.[78] A Semana Santa em Ávila é marcada por uma grande expressão de arte e riqueza, representada por muitos degraus ornamentada que percorrem a cidade durante o período, e foi declarada interesse turístico internacional em 2014.[79]
Eventos e concursos
- Mercado medieval: A cada ano, no centro histórico da cidade ocorre o mercado medieval, evento no qual os participantes desfrutam de cenários, espetáculos e gastronomias medievais. Durante esse evento muitas pessoas costumam se vestir de acordo com a época, com o objetivo de celebrar as culturas relacionadas à história da cidade: cristã, muçulmana e judaica.[80]
- Festival de Teatro de rua e artes circense: Acontece no verão e é constituído por vários espetáculos, em que todos são bem-vindos.[81]
- Arteávila: é um concurso anual de artesanato, que ocorre no mês de agosto e é organizado pela Associação de Artesanato Variados de Ávila (ADAVA).[82][83][84]
- Feira de livros da antiguidade: é uma feira anual organizada pela Associação de Livros Velhos e Antigos de Castela e Leão (ALVACAL).[85][86]
Gastronomia
Pratos característicos nas mesas dos habitantes de Ávila são: o chuletón de Ávila, que trata-se de costeleta de carne grelhada encontrada em qualquer ponto da cidade , e as yemas de Santa Tereza, doce típico da cidade também chamado de yemas de Ávila, elaboradas a partir da gema de ovo.[87][88][89]
Ávila na literatura
Os principais na história de Ávila são Santa Teresa de Jesus e San Juan de la Cruz que viveram na cidade escrevendo suas obras literárias. Além desses, outros diversos autores escreveram sobre o município, como a Kate O’Brien, escritora irlandesa, que escreveu uma biografia da padroeira da cidade, Santa Teresa de Jesus[90] e o escritor espanhol Alberto Ínsua que fez das belezas arquitetônicas de Ávila, um cenário para novela “Em tierra de santos”.[91][92]
Ávila na cinematografia
Graças a muralha surpreendente de Ávila e seu aspecto medieval, a cidade foi o cenário de diversos filmes, como: Teresa, el cuerpo de Cristo (2007).[93] e o Adolfo Suárez, o presidente(2010)[93]
Personagens destacados
Ávila foi o berço de diferentes personagens na história da Espanha no século XVI, entre os quais estão os religiosos Santa Teresa de Jesus,[94] Sebastián de Vivanco[95] ou Gil González Dávila,[96] soldados e conquistadores como Blasco Núñez de Vela,[97] Sancho Dávila y Daza[98] ou Juan del Águila,[99] e o músico Tomás Luis de Victoria.[100] Mais recentemente, personalidades como os jornalistas Rosa Villacastín[101] ou José Luis Uribarri,[102] atores, Fernando « Tito » Valverde,[103] escritores, José Zahonero,[104] e Eugenio de Tapia[105] ou políticos como Agustín Rodríguez Sahagún.[106]
Patrimônio natural
Ávila está localizada no Planalto Norte da Península Ibérica e está situada a uma altitude de 1131 metros, sendo uma das cidades mais elevadas da Espanha.[107]
Os terrenos do município destinam-se a cinco principais utilizações: áreas arborizadas, campos destinados ao cultivo de cereais, pastagens, margens de rios, terrenos baldios e áreas urbanizadas.
O município é atravessado pelo curso de rio Adaja, pertencente à bacia hidrográfica do Douro, que faz fronteira com a cidade pelo lado oeste.
O clima da cidade é altamente condicionado pela altitude, que ultrapassa 1100 metros acima do nível do mar. O critério de classificação climática de Koppen afirma que o clima de Ávila pode ser descrito como mediterrâneo oceânico.[108] No entanto, outras fontes descrevem o clima de Ávila como mediterrâneo continental com uma certa nuance montanhosa.[109]
O município de Ávila contém quatro áreas da Rede Natura 2000, com três delas com a categoria de Área de Proteção Especial para Aves e todas elas propostas como Lugar de Importância Comunitária.[110]
- Azinheiras da Serra de Ávila: Espaço natural denominado ZEPA,[111] possui 9.495,94 hectares de superfície dentro da província de Ávila,[112] As formações vegetais predominantes são as azinheiras, como Quercus ilex e Quercus rotundifolia, bem como o tojo. As espécies de aves mais relevantes da área são a águia imperial e a águia real.[111][112]
- Bosques de azinheiras dos rios Adaja e Voltoya: É um espaço natural, localizado predominantemente em Ávila[113] e parcialmente em Segóvia, com 27.047,93 hectares de extensão. Assim como na Serra de Ávila, predominam as azinheiras.[114][112] Além disso, os rios Adaja e Voltoya atravessam a área. Entre as aves, destaca-se a cegonha-preta (Ciconia nigra), a águia imperial e coruja elanius.[112][114]
- Campo Alzávaro-Pinares de Peguerinos: Esta área de 28.373,80 hectares se estende pelas províncias de Ávila e Segóvia e ocupa uma área importante no setor nordeste do município de Ávila,[115] dentro dela está incluída a represa Senores[112] e em relação à vegetação predomina a giesta com bosques isolados de espécies arbóreas. Destacam-se, na fauna local, as populações de harrier do pântano, águia dourada e falcão peregrino.[112][116]
- Margens da sub-bacia do rio Adaja: Esta área estende-se por 1.232,58 hectares nas províncias de Ávila, Segóvia e Valladolid. Na província de Ávila, interfere parcialmente os cursos dos rios Adaja e Ullaque.[112] Em Ávila, abrange o curso do rio Adaja em uma faixa de 25 metros em cada margem do rio.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em Ávila
De acordo com o relatório divulgado pela Rede Espanhola de Desenvolvimento Sustentável, Ávila alcançou 3 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que analisa a situação em uma centena de cidades.
O relatório ‘Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 100 cidades espanholas’ é o primeiro realizado pela sucursal espanhola da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável e pretende ser uma ferramenta de avaliação do progresso das administrações na aplicação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Por enquanto, nenhuma cidade ultrapassou todos os 17 alvos.
Com o intuito de medir esses objetivos, foram identificados 85 indicadores. As cores verde, amarelo, laranja e vermelho são utilizadas para mostrar, do mais alto ao mais baixo, o grau de conformidade.
Objetivos atingidos
Um dos objetivos alcançados é o ‘Acesso à água potável e saneamento’ a um preço sustentável, com um bom equilíbrio entre receitas e despesas neste serviço básico. Também obteve uma boa pontuação no objetivo ‘Paz, Justiça e Instituições Sólidas’, com baixos índices de criminalidade e alto percentual de participação eleitoral. E obtém seus melhores resultados em ‘Vida dos ecossistemas terrestres’ com todos os indicadores em verde, tanto em áreas naturais e áreas protegidas como em arborização urbana.
Objetivos a serem alcançados
Ao contrário, esta cidade enfrenta grandes desafios em ‘Ação pelo clima’ por não atingir as metas de taxa de redução das emissões de CO2 e produtividade líquida do ecossistema. O acesso a ‘Educação de Qualidade’. Ainda dentro do objetivo ‘Saúde e Bem-estar’ há muito a melhorar, pois a alta taxa de mortalidade por câncer, diabetes e distúrbios do aparelho digestivo está marcada em vermelho.
A cidade também não consegue atingir dois objetivos relacionados à economia. Um desses objetivos é ‘Trabalho decente e desenvolvimento econômico’, devido à alta taxa de desemprego, e em ‘Indústria, inovação e infraestrutura’.
De acordo com o estudo, a renda média por agregado familiar na cidade é de 24.284 euros. Além disso, destaca-se a diferença que existe entre os salários ganhos por homens e mulheres, e também, embora menos, nas pensões.[117]
Demografia
Variação demográfica do município entre 1991 e 2004 | |||
---|---|---|---|
1991 | 1996 | 2001 | 2004 |
45977 | 47187 | 49712 | 52417 |
Cidades geminadas
Referências
- ↑ «Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero» (ZIP). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022
- ↑ Obispado de Ávila. «Diócesis de Ávila». Consultado em 31 de maio de 2016
- ↑ «Arquitetura dá charme à cidade murada de Ávila, na Espanha». www.uol.com.br. Consultado em 27 de maio de 2022
- ↑ Historia del urbanismo medieval hispano: cuestiones metodológicas e historiográficas, Pilar (2009). «Historia del urbanismo medieval hispano: cuestiones metodológicas e historiográficas». Anales de Historia del Arte. Historia del urbanismo medieval hispano: cuestiones metodológicas e historiográficas. Vol. Extraordinario: 27-59. ISSN 0214-6452. Consultado em 31 de maio de 2016
- ↑ Roldán Hervás 1968, pp. 86, 91-92
- ↑ Jesús Montero Vitores, Jesús (2002). «Tesis doctoral: Carpetanos y vettones en la Geografía de Ptolomeo» (PDF). Consultado em 27 de novembro de 2012
- ↑ Hervás et al. 1968, p. 92
- ↑ Centeno Cea, Quintana López & Ruiz Entrecanales 2003-2004, p. 172
- ↑ Feduchi Canosa 1997, p. 5
- ↑ Fabián García 2007, p. 93
- ↑ Ballesteros 1896, p. 1
- ↑ Rodríguez Almeida 1981
- ↑ Hernando Sobrino 1989
- ↑ Fabián García 2007, p. 100
- ↑ Fabián García 2007, p. 102
- ↑ Mayoral Fernández 1958, p. 21
- ↑ Fabián García 2007, p. 103
- ↑ Ripoll López 1989, p. 393
- ↑ Alonso Ávila 1986, p. 198
- ↑
- ↑ Barrios García 1985, p. 401
- ↑ Martínez Díez 2007, p. 713
- ↑ González de la Granja 2010, p. 19
- ↑ Martín Rodríguez 1993, p. 702
- ↑ Zabaltza Pérez-Nievas 2008, p. 349
- ↑ Tapia Sánchez 2011, p. 74
- ↑ Llopis Agelán & Cuervo Fuente 2004, p. 56
- ↑ Martín García 1988, p. 480
- ↑ Martín García 1988, p. 482
- ↑ Fernández Fernández 2007, p. 69
- ↑ Puig Campillo, Antonio (1986). El cantón murciano. [S.l.]: Editora Regional de Murcia. pp. 111–114. ISBN 9788475640211
- ↑ Blanco Rodríguez 1995, p. 130
- ↑ «Ayuntamiento de Ávila». Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ «Boletín Oficial del Estado (22): 2031. 26 de enero de 1983». Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ UNESCO (Dezembro de 1985) [1985]. «World Heritage Committee, Ninth Ordinary Session» (PDF) (em inglês). Consultado em 25 de novembro de 2012.
Old town of Avila with its extra-muros churches
- ↑ Instituição Grão-Duque de Alba / Conselho Provincial de Ávila. «La historia reciente de Ávila y la Duque de Alba» (PDF). Consultado em 4 de dezembro de 2012
- ↑ Centeno Cea, Irene; Quintana López, Javier (2005). «Cerámica romana del Mercado Grande de Ávila II: cerámica de mesa de los niveles romanizados» (PDF). BSAA Arqueología: Boletín del Seminario de Estudios de Arqueología. Cerámica romana del Mercado Grande de Ávila II: cerámica de mesa de los niveles romanizados. 1 (71): 209-274. ISSN 1888-976X
- ↑ «Acuerdo 66/2010, de 24 de junio, de la Junta de Castilla y León, por el que se declara las denominadas «Antiguas tenerías del arrabal de San Segundo» en Ávila, bien de interés cultural, con categoría de zona arqueológica» (PDF). Boletín Oficial del Estado. Acuerdo 66/2010, de 24 de junio, de la Junta de Castilla y León, por el que se declara las denominadas «Antiguas tenerías del arrabal de San Segundo» en Ávila, bien de interés cultural, con categoría de zona arqueológica (177). 22 de julho de 2010. Consultado em 23 de junho de 2013
- ↑ a b c d Benito Pradillo, María Ángeles; Arenillas Parra, Miguel; Segura Graíño, Cristina; Bueno Hernández, Francisco; Huerta Fernández, Santiago. Actas de Quinto Congreso Nacional de Historia de la Construcción, volumen 1 (PDF). Burgos: [s.n.] pp. 93–108. ISBN 978-84-7790-446-5. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ a b Junta de Castilla y León; Rodicio Rodríguez, Cristina. «Iglesia Catedral del Salvador». Consultado em 18 de fevereiro de 2013
- ↑ Puche Riart, Octavio (1992). «La piedra monumental en Castilla-León: Limpieza» (PDF). Roc Máquina. La piedra monumental en Castilla-León: Limpieza: 18-32. ISSN 0214-0217. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ Sojo Gil, Kepa. «La representación de la historia del cine. A propósito de Kingdom of Heaven (El Reino de los Cielos, 2005), de Ridley Scott y las películas de cruzadas en la historia del séptimo arte)». Clío & Crimen. La representación de la historia del cine. A propósito de Kingdom of Heaven (El Reino de los Cielos, 2005), de Ridley Scott y las películas de cruzadas en la historia del séptimo arte): 22-02-2013
- ↑ Fernández Casanova 1914, p. 12
- ↑ Pilar, María. «Notas sobre Pedro Berruguete y el retablo mayor de la catedral de Ávila». Notas sobre Pedro Berruguete y el retablo mayor de la catedral de Ávila
- ↑ a b Junta de Castilla y León. «Iglesia de los Santos Mártires Vicente, Sabina y Cristeta». Consultado em 18 de dezembro de 2012
- ↑ Junta de Castilla y León. «Iglesia de San Pedro». Consultado em 18 de dezembro de 2012
- ↑ Junta de Castilla y León. «Ermita de San Segundo del río Adaja». Consultado em 18 de dezembro de 2012
- ↑ «Largas colas para cumplir con la tradición». Diario de Ávila. Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ «Un 26% menos de presupuesto para las fiestas patronales de Ávila 2012». ABC . Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Iglesia de San Andrés». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Convento de Santo Tomás». Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Convento de San José». Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- ↑ Ríos Almarza 2007, p. 49
- ↑ Junta de Castilla y León. «Ermita de San Martín». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Iglesia de San Nicolás». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Monasterio de la Encarnación». Consultado em 3 de março de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «La ciudad». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Revista Aladierno. «Ávila, Salamanca y Segovia: las tres ciudades Patrimonio de la Humanidad de Castilla y León» (PDF) (em espanhol). p. 13. Consultado em 31 de maio de 2013.
La muralla de Ávila es el monumento iluminado más grande del mundo
- ↑ «Ávila: Ayuntamiento». Consultado em 16 de março de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Palacio de los Águilas y Torre Arias». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ «Mansión de los Velada o Torre Aboin». Consultado em 5 de março de 2013
- ↑ «48 horas en Ávila»
- ↑ Junta de Castilla y León. «Palacio de los Abrantes»
- ↑ «Palacio de D. Blasco Núñez Vela»
- ↑ Humanismo y pervivencia del mundo clásico: homenaje al profesor Antonio Fontán - Petrus Nunius Veluis: un humanista abulense en el exilio. [S.l.: s.n.] 2002. pp. 2265–2271
- ↑ Junta de Castilla y León. «Palacio de los Verdugo». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Diario de Ávila. «Denunciados por hacer "botellón" junto al verraco del Palacio de los Verdugo». Diario de Ávila. Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Palacio de Santa Cruz o Bracamonte». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Palacio de los Superunda». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Palacio de Polentinos». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Torreón de los Guzmanes». Consultado em 16 de fevereiro de 2013
- ↑ Ministerio de Educación, Cultura y Deporte (6 de março de 2013). «Arquitectura de los Museos Estatales: Museo de Ávila»
- ↑ Caja de Ávila. «Biblioteca Palacio los Serrano». Consultado em 6 de março de 2013
- ↑ ABC. «PSOE plantea que sea Palacio de los Serrano el que acoja el Prado de Ávila». ABC
- ↑ «Inaugurado el nuevo Centro Municipal de Congresos y Exposiciones Ávila». Revista Protocolo. Consultado em 20 de novembro de 2012
- ↑ Diario de Ávila. «El Lienzo Norte gana el premio de arquitectura Chicago Athenaeum». Diario de Ávila
- ↑ «Museo de Ávila: Cómo somos.». Consultado em 10 de novembro de 2012
- ↑ Câmara Municipal de Ávila. «Guía de recursos accesibles de la ciudad de Ávila» (PDF). Consultado em 18 de março de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Fiestas de interés turístico internacional, nacional y regional.». Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ Câmara Municipal de Ávila, Secretaria de Turismo. «XVI Jornadas Medievales: El Mercado de las tres culturas». Consultado em 7 de dezembro de 2012
- ↑ «El VI Festival de Teatro de Calle y Artes Circenses ofrece este jueves sus primeras actividades». Diário de Ávila
- ↑ «Artesanía». Consultado em 22 de junho de 2013
- ↑ Junta de Castilla y León. «Feria nacional de artesanía Arteávila - 2013». Consultado em 22 de junho de 2013
- ↑ Garcinuño, Pablo. «La Feria de Artesanía de Ávila consigue sobrevivir a los recortes presupuestarios». El Norte de Castilla
- ↑ Junta de Castilla y León. «Feria del Libro Viejo Antiguo y de Ocasión de Ávila». Consultado em 22 de junho de 2013
- ↑ «10 de junio de 2013». Diario de Ávila. Consultado em 22 de junho de 2013
- ↑ Ministerio de Agricultura, Alimentación y Medio Ambiente. «Mapa de carnes con IGP» (PDF)
- ↑ Wikilibros «Receta de las Yemas de Santa Teresa».
- ↑ El Norte de Castilla. «El milagro de Santa Teresa». Consultado em 24 de junho de 2013
- ↑ «La escritora irlandesa Kate O'Brien tendrá una calle en Ávila que será inaugurada el 27 de septiembre». 20 Minutos. Consultado em 22 de junho de 2013
- ↑ Insúa, Alberto (1907). P. Villavicencio, ed. En tierra de santos (PDF). [S.l.: s.n.]
- ↑ Insúa, Alberto (2003). Memorias (Antología). [S.l.]: Fundación Santander Central Hispano. p. 334. ISBN 84-89913-43-9
- ↑ a b Página oficial de la Muralla de Ávila. «Un escenario de cine». Consultado em 23 de junho de 2013
- ↑ Auclair 1983, p. 13
- ↑ «Lo que Cervantes escuchó». El Cultural . Consultado em 22 de julho de 2013
- ↑ Wauchope 1973, p. 49
- ↑ Carramolino 1872, p. 186
- ↑ Pando Fernández de Pinedo 1857, p. 97
- ↑ Martínez Laínez et al. 2006, p. 215
- ↑ Hernández Peludo 2011, p. 25
- ↑ Mañoso, Fidela. «Rosa Villacastín: «A las mujeres nos falta ambición, quizá porque atendemos demasiados frentes»». El Norte de Castilla. Consultado em 22 de julho de 2013
- ↑ «Adiós a José Luis Uribarri, el mítico comentarista de Eurovisión». Antena 3. Consultado em 22 de julho de 2013
- ↑ «Ficha de Fernando Valverde en imdb.com» (em inglês). Consultado em 22 de julho de 2013. Cópia arquivada em 12 de setembro de 2012
- ↑ Bernaldo de Quirós Mateo 2002
- ↑ Morange 2002, p. 107
- ↑ «Recordarán con placas las casas en que vivieron en Ávila Adolfo Suárez y Agustín Rodríguez Sahagún». Europa Press. Consultado em 22 de julho de 2013
- ↑ Instituto Geográfico Nacional da Espanha. «Consultas geográficas y cartográficas». Consultado em 25 de novembro de 2012.
La capital de provincia de mayor altitud es Ávila (1131 m), y la de menor altitud Santa Cruz de Tenerife (5 m)
- ↑ «Criteria for classification of major climatic types in modified Köppen System» (em inglês). Consultado em 26 de novembro de 2012
- ↑ BOP de Ávila 2005, p. 22
- ↑ Red Natura 2000 en Castilla y León. «Lugares de Importancia Comunitaria (LIC) en Castilla y León». Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ a b Red Natura 2000 en Castilla y León. «Encinares de la Sierra de Ávila: formulario» (PDF). Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ a b c d e f g BOP de Ávila 2005, p. 27
- ↑ Red Natura 2000 en Castilla y León. «Encinares de los ríos Adaja y Voltoya: cartografía» (PDF). Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ a b Red Natura 2000 en Castilla y León. «Encinares de los ríos Adaja y Voltoya: formulario» (PDF). Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ Red Natura 2000 en Castilla y León. «Campo Azálvaro-Pinares de Peguerinos: cartografía» (PDF). Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ Red Natura 2000 en Castilla y León. «Campo Azálvaro-Pinares de Peguerinos: formulario» (PDF). Consultado em 12 de março de 2013
- ↑ «Desarrollo Sostenible: Ávila aprueba en 3 de los 17 objetivos de la Agenda 2030»
<ref>
definido em <references>
não tem um atributo de nome.Bibliografia
- Diputación Provincial de Ávila (2005). «Orden FOM/740/2005, de 1 de junio, sobre la revisión del Plan General de Ordenación Urbana de Ávilla» (PDF). Boletín Oficial Provincial de Ávila (127). Consultado em 12 de março de 2013
- 7ª Modificación del Plan General de Ordenación Urbana (PGOU), fue aprobada por Orden FYM/547/2019, de 29 de mayo. http://bocyl.jcyl.es/boletines/2019/06/10/pdf/BOCYL-D-10062019-13.pdf https://www.diputacionavila.es/bops/2019/11-09-2019/11-09-2019_201419.pdf https://servicios.jcyl.es/PlanPublica/lmuni_plau.do?provincia=05
- Plan Especial de Protección del Conjunto Histórico de Ávila (PEPCHA), aprobado por el Pleno del Ayuntamiento de Ávila el 26 de julio de 2019. http://bocyl.jcyl.es/boletines/2019/08/08/pdf/BOCYL-D-08082019-16.pdf http://bocyl.jcyl.es/boletines/2019/12/13/pdf/BOCYL-D-13122019-17.pdf https://www.diputacionavila.es/bops/2019/13-08-2019/13-08-2019_186819.pdfhttps://servicios.jcyl.es/PlanPublica/lmuni_plau.do?provincia=05
- «El impacto visigodo en la actual provincia de Ávila». Antigüedad y Cristianismo (3). 1986. ISSN 0214-7165
- Predefinição:Auclair, Marcelle (1983). La vida de Santa Teresa de Jesús. [S.l.]: Palabra
- Estudio histórico de Ávila y su territorio (Copia digital). [S.l.: s.n.] 1896
- «Repoblación de la zona meridional del Duero. Fases de ocupación, procedencias y distribución espacial del los grupos repobladores» (PDF). Studia historica. Historia medieval (3): 33-82. 1985. ISSN 0213-2060
- «Recuperar y rehabilitar el patrimonio industrial urbano: entre el desamparo institucional y la voracidad urbanística». Ciudades: Revista del Instituto Universitario de Urbanística de la Universidad de Valladolid (12): 197-219. 2009. ISSN 1133-6579
- Bernaldo de Quirós Mateo, José Antonio (2002). «José Zahonero en el contexto del naturalismo español». Espéculo: Revista de Estudios Literarios (22). ISSN 1139-3637
- Blanco Rodríguez, Juan Andrés (1995). «Los estudios sobre la Guerra Civil en Castilla y León». Studia Zamorensia (2): 125-141. ISSN 0214-736X. Consultado em 2 de dezembro de 2012
- Capel Molina, José Jaime (2000). «La nieve y su distribución espacial en la península ibérica» (PDF). Nimbus (5-6): 6-12. ISSN 1139-7136
- Cátedra, María; de Tapia, Serafín (1997). «Imágenes mitológicas e históricas del tiempo y del espacio: las murallas de Ávila». Política y sociedad (25): 151-184. ISSN 1130-8001. Consultado em 8 de novembro de 2012
- Cátedra Tomás, María (1998). «La manipulación del patrimonio cultural: la Fábrica de Harinas de Ávila». Política y sociedad (27): 89-116. ISSN 1130-8001
- Carramolino, Juan Martín (1872). Historia de Ávila, su provincia y obispado: Volumen 3 (Copia digital). [S.l.: s.n.] Consultado em 23 de fevereiro de 2013
- Centeno Cea, Inés; Quintana López, Javier; Ruiz Entrecanales, Rosa (2003–2004). «El nacimiento de la ciudad de Ávila. Nuevos datos a partir de las cerámicas del Mercado Grande» (PDF). Boletín del Seminario de Estudios de Arte y Arqueología. 69-70: 147-178. ISSN 0210-9573. Consultado em 27 de novembro de 2012
- Fabián García, José Francisco (2007). «Los orígenes de la ciudad de Ávila y la época antigua. Aportaciones de la Arqueología al esclarecimiento de las cuestiones históricas previas a la etapa medieval» (PDF). Ávila en el tiempo. Homenaje al profesor Ángel Barrios. 2: 83-110
- Feduchi Canosa, Pedro (2007). «La Basílica de San Vicente de Ávila» (Tesis doctoral). Consultado em 29 de novembro de 2012
- Fernández Casanova, Adolfo (1914). La Catedral de Ávila (Copia digital). Madrid: Real Academia de la Historia. OCLC 81336533
- Fernández Fernández, Maximiliano (2007). «Prensa decimonónica abulense» (PDF). Trasierra (2): 65-80. ISSN 1137-5906. Consultado em 20 de junho de 2013
- García Dacarrete, Salvador (2010). Cosas de Ávila: jirones de su historia: miscelánea. [S.l.]: Maxtor. ISBN 9788497618236
- García Fitz, Francisco (1998). Castilla y León frente al Islam: estrategias de expansión y tácticas militares (siglos XI-XIII). [S.l.]: Universidad de Sevilla. ISBN 9788447204212
- González de la Granja, María Estela (2010). «Construcción y evolución temporal de la muralla de Ávila: últimas aportaciones historiográficas» (PDF). Norba - arte (30): 9-24. ISSN 0213-2214. Consultado em 22 de junho de 2013
- Guning, Peter (2008). «Kate O´Brien, una mirada gaélica». Nueva Revista de Política, Cultura y Arte (119): 149-153. ISSN 1130-0426. Consultado em 22 de junho de 2013
- Hernández Peludo, Gaspar (2011). «¿Quién fue Tomás Luis de Victoria? reflexiones al inicio de un curso en vísperas de un centenario» (PDF). Cuadernos del Tomás (3): 23-44. ISSN 1889-5328.
Aquí nace probablemente5 en 1548 como el séptimo de una familia de once hermanos
- Hijano Pérez, María de los Ángeles (1988). Universidad de Castilla-La Mancha, ed. «Ordenanzas municipales de Guadalajara de 1567» (pdf). Wad-al-Hayara: Revista de estudios de Guadalajara (15): 245-254. ISSN 0214-7092
- Hernando Sobrino, María del Rosario (1989). «Nuevas inscripciones romanas de Ávila» (PDF). Memorias de historia antigua (10): 197-218. ISSN 0210-2943
- Laureau, Patrick (2010). Condor: The Luftwaffe in Spain, 1936-39 (em inglês). [S.l.]: Stackpole Books. p. 383. ISBN 9780811706889
- Llopis Agelán, Enrique; Cuervo Fuente, Noemí (2004). «El movimiento de la población en la provincia de Ávila, 1580-1864» (PDF). Áreas, Revista Internacional de Ciencias Sociales (24): 39-66. Consultado em 25 de novembro de 2012
- López Pita, Paulina (2002). Documentación medieval de la Casa de Velada. Instituto Valencia de Don Juan, Vol. I (1193-1393). Ávila: Ediciones de la Institución «Gran Duque de Alba» de la Excma. Diputación Provincial de Álava y Ediciones de la Obra Cultural de la Caja de Ahorros de Ávila. ISBN 84-89518-78-5
- Madoz, Pascual (1984). «Prólogo de Serafín de Tapia Sánchez». Diccionario geográfico-estadístico-histórico de España y sus posesiones de Ultramar (PDF). Valladolid: Ámbito ediciones. pp. 1–12. ISBN 84-8183-069-0
- Martín García, Gonzalo (1988). «D. Agustín de Bethancourt, empresario en Ávila (1800-1807)» (PDF). Anuario de Estudios Atlánticos (34): 477-505. ISSN 0570-4065. Consultado em 22 de maio de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 21 de fevereiro de 2014
- Martín Rodríguez, José Luis (1993). Manual de Historia de España, tomo 2: La España medieval. Madrid: Historia 16. ISBN 84-7679-272-7
- Martín, Melitón (1854). Ávila y Segovia (Copia digital). [S.l.: s.n.]
- Mayoral Fernández, José (1958). El municipio de Ávila: estudio histórico / José Mayoral Fernández. Copia digital, Valladolid: Junta de Castilla y León. Consejería de Cultura y Turismo, 2009-2010. Ávila: Edit. y Gráf. Senén Martín
- Martínez Díez, Gonzalo (2004). El Condado de Castilla (711-1038). La historia frente a la leyenda. Valladolid: Junta de Castilla y León. ISBN 84-9718-275-8
- Martínez Díez, Gonzalo (2007). Alfonso VIII, rey de Castilla y Toledo (1158-1214). Gijón: Ediciones Trea, S.L. ISBN 978-84-9704-327-4
- Martínez Fernández, Luis Carlos; Molina de la Torre, Ignacio (2015). «La configuración espacial reciente de la ciudad de Ávila». Universidad de Oviedo. Ería: Revista cuatrimestral de geografía (96): 5-32. ISSN 0211-0563
- Morange, Claude (2002). Universidad de Salamanca, ed. Paleobiografía (1779-1819) del "Pobrecito holgazán" Sebastián de Miñano y Bedoya. [S.l.: s.n.] p. 402. ISBN 9788478007752
- Martínez Laínez, Fernando; Sánchez de Toca y Catalá, José María (2006). Los Tercios de España: La infantería legendaria. [S.l.]: EDAF. p. 278. ISBN 9788441418479
- Monsalvo Antón, José María (2003). «Frontera pionera, monarquía en expansión y formación de los concejos de villa y tierra. Relaciones de poder en el realengo concejil entre el Duero y el Tajo (c.1072-c.1222)» (PDF). Arqueología y territorio medieval (10): 45-126. ISSN 1134-3184
- Moreno Núñez, José Ignacio (1982). Ejemplar dedicado a: En memoria de Salvador de Moxó (II). «Los Dávila, linaje de caballeros abulenses: contribución al estudio de la nobleza castellana en la Baja Edad Media». En la España medieval (3): 157-172. ISSN 0214-3038
- Muñoz Jiménez, José Miguel (1998). «El urbanismo del Siglo de Oro en Ávila: La modernización de la ciudad medieval (1550-1650)». Butlletí de la Reial Acadèmia Catalana de Belles Arts de Sant Jordi (12): 133-176. ISSN 2340-3802
- Navascués Palacio, Pedro (2000). «¡Abajo las murallas!» (PDF). Descubrir el arte (16): 116-118. ISSN 1578-9047. Consultado em 21 de junho de 2013
- Orlandis, José (2003). Historia del reino visigodo español: los acontecimientos, las instituciones, la sociedad, los protagonistas 2.ª ed. [S.l.]: Ediciones Rialp. p. 461. ISBN 9788432134692
- Pando Fernández de Pinedo, Manuel (1857). D. F. Sánchez, ed. Vida del general español D. Sancho Davila y Daza, conocido en el siglo XVI con el nombre de El Rayo de la Guerra... (Copia digital). Digitalizado 5 de diciembre de 2007. [S.l.: s.n.]
- Ponz, Antonio (1783). Viuda de Ibarra, hijos, y compañía, ed. Viage de España: en que se da noticia de las cosas más apreciables, y dignas de saberse, que hay en ella, Volumen 12. Procedencia del original: Universidad de Míchigan, digitalizado 7 de junio de 2007. [S.l.: s.n.]
- Powers, James F. (1988). A society organized for War The Iberian Municipal Militias in the Central Middle Ages, 1000-1284 - Chapter 2: Institutional Maturity and Military Success 1158-1252 (PDF) (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 5
- Quadrado, José María (1884). Salamanca, Ávila y Segovia (Copia digital). [S.l.: s.n.]
- Ramos Castellanos, Pedro (2010). El Hombre y El Medio Ambiente: / XIV Jornadas Ambientales, volumen 169 de Colección Aquilafuente. [S.l.]: Universidad de Salamanca. ISBN 9788478001620
- Ríos Almarza, Armando (2007). Ayuntamiento de Ávila, ed. Apuntes de Ávila: Sugerencias para una visita. [S.l.: s.n.] ISBN 978-84-606-4259-6. Consultado em 3 de março de 2013. Cópia arquivada em 13 julho de 2013
- Ripoll López, Gisela (1989). «Características generales del poblamiento y la arqueología funeraria visigoda de Hispania» (PDF). Espacio, tiempo y forma. Serie I, Prehistoria y arqueología. 2. ISSN 1131-7698. Consultado em 3 de março de 2013
- Rodríguez Almeida, Emilio (1981). Ávila romana. [S.l.]: Caja de Ahorros de Ávila. ISBN 84-500-4563-0
- Roldán Hervás, José Manuel (1968). «Fuentes antiguas para el estudio de los vettones» (PDF). Zephyrus (19-20): 75-76. Consultado em 3 de novembro de 2012
- Salazar y Acha, Jaime de (1991). «El linaje castellano de Castro en el siglo XII: Consideraciones e hipótesis sobre su origen». Anales de la Real Academia Matritense de Heráldica (1): 33-68. ISSN 1133-1240
- Sánchez-Albornoz, Claudio (1911). Aportaciones para la historia: Ávila desde 1808 hasta 1814 (Copia digital). [S.l.: s.n.]
- Sanchidrián Gallego, Jesús María; Ruiz Entrecanales, Rosa; Centeno Cea y Quintana López, Inés y Javier; Cruz Sánchez, Javier (2003). Ayuntamiento de Ávila, ed. Mercado Grande de Ávila: Excavación arqueológica y aproximación cultural a una plaza. España: [s.n.] ISBN 84-606-3335-7
- Sanchidrián Gallego, Jesús María (2008). Ávila ajardinada: Paisaje urbano y naturaleza ordenada en blanco y negro. [S.l.]: Ayuntamiento de Ávila. Universidad Católica de Ávila. Consultado em 31 de maio de 2016. Cópia arquivada em 17 de junho de 2016
- Sanchidrián Gallego, Jesús María (2007). La muralla de Ávila: fotografía histórica y monumental (PDF). [S.l.]: Piedra Caballera. ISBN 978-84-611-3199-0
- Tapia Sánchez, Serafín de (2011). La sociedad abulense en el siglo XVI (PDF). Vivir en Ávila: cuando Santa Teresa escribe el libro de su "Vida". [S.l.: s.n.] pp. 69–133. ISBN 9788483533550
- Torres Balbás, Leopoldo (1957). Algunos Aspectos Del Mudejarismo Urbano Medieval (Discurso Leído, el día 10 de enero de 1954, en la recepción pública de Don Leopoldo Torrés Balbás). [S.l.]: Real Academia de la Historia
- Troitiño Vinuesa, Miguel Ángel; Troitiño Torralba, Libertad (2009). «Turismo y patrimonio en Castilla y León: las ciudades patrimonio de la humanidad (Ávila, Salamanca y Segovia) como destinos turísticos de referencia». Polígonos. Revista de Geografía (19): 145-178. ISSN 1132-1202
- Valdeón Baruque, Julio (1982). Aproximación histórica a Castilla y León. Valladolid: Ámbito, Arte y Ediciones. ISBN 84-86047-00-5
- Vila da Vila, María Margarita (1988). «Repoblación y estructura urbana de Ávila en la Edad Media». La ciudad y el mundo urbano en la historia de Galicia (PDF). [S.l.: s.n.] pp. 137–154. ISBN 84-86728-25-8
- Wauchope, Robert (1973). Howard Francis Cline, Robert Wauchope, ed. Handbook of Middle American Indians, volumen 13 (em inglês). [S.l.]: University of Texas Press. p. 16. ISBN 9780292701533
- Zabaltza Pérez-Nievas, Xabier (2008). «La Vasconia peninsular y organización territorial española» (pdf). Iura vasconiae: revista de derecho histórico y autonómico de Vasconia (5): 341-381. ISSN 1699-5376