Segunda Guerra do Ópio
Segunda Guerra do Ópio | |||
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Guerras do Ópio | |||
Rescaldo da Batalha do Forte Taku, 21 de agosto de 1860. | |||
Data | 1856–1860 | ||
Local | China | ||
Desfecho | Vitória anglo-francesa, Tratado de Tianjin | ||
Mudanças territoriais | Sul de Kowloon cedido ao Reino Unido | ||
Beligerantes | |||
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Forças | |||
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A Segunda Guerra do Ópio, Segunda Guerra Anglo-Chinesa, Segunda Guerra da China, Guerra do Arrow, ou a expedição anglo-francesa na China, foi uma guerra do Império Britânico e do Segundo Império Francês contra a dinastia Qing da China entre 1856-1860. Esta guerra pode ser vista como uma extensão da Primeira Guerra do Ópio, daí o nome que lhe foi atribuído.
Tratado de Tianjin
Em 1856, ocorreu uma inspeção chinesa no "Arrow" - um navio chinês com bandeira britânica - , o que foi considerada pelo Império Britânico como uma violação do Tratado de Nanquim. Nesse contexto, o incidente foi utilizado como pretexto para dar início a mais um conflito armado.
No primeiro momento do conflito, forças britânicas tomaram Guangzhou e os Fortes de Dagu, no norte do país, abrindo caminho para um ataque à Pequim.
Realizaram-se negociações que, em 1858, resultaram no Tratado de Tianjin, que permitiu a abertura de uma embaixada permanente do Império Britânico em Pequim e a navegação estrangeira pelo Rio Yangtzé, abrindo-se onze novos portos ao comércio com países ocidentais. O tratado também garantia proteção aos chineses convertidos ao cristianismo e à atividade de missionários cristãos. Tais vantagens foram estendidas também aos franceses e aos norte-americanos, com base na Cláusula de Nação Mais Favorecida. Além disso, a China renunciava ao emprego do termo "bárbaro" para se referir aos ocidentais.
Convenção de Pequim
Em maio de 1859, o Império Britânico enviou Frederick Bruce para instalar a embaixada em Pequim, no entanto encontrou o rio, em frente aos Fortes de Dagu, bloqueado com correntes e estacas de ferro e foi atacado por forças chinesas enquanto tentava remover os obstáculos. Bruce foi forçado a recuar, na batalha vencida pelos chineses.
Como resposta, em 1860, o Lord Palmerston enviou o Lord Elgin para liderar uma expedição conjunta de britânicos e franceses para tomar Pequim. Após tomar a cidade, Elgin ordenou o incêndio do Palácio de Verão do Imperador Xianfeng, que destruiu inestimáveis tesouros artísticos.
Naquela época, apenas o Império Russo contava com uma representação permanente em Pequim, que, mais precisamente era uma missão eclesiástica, instalada há cerca de 150 anos.
O Império Russo tinha interesse em anexar territórios que eram considerados pela China como "domínios exteriores" (partes da Manchúria, Mongólia e Xinjiang), e naquele contexto de fraqueza da China, enviou o Conde Nikolai Ignatieff a Pequim, que conseguiu convencer a corte chinesa de que o Império Russo seria capaz de assegurar a retirada das potências ocidentais de Pequim. Por outro lado, Nikolai apresentou o Império Russo como elemento importante para assegurar que os chineses cumpririam o tratado que permitia a instalação de embaixadas em Pequim.
Em troca da mediação, que, em 1860, resultou na assinatura da Convenção de Pequim com o Reino Unido, a França e a Rússia, o Império Russo recebeu a desistência chinesa em reclamar soberania sobre 900 mil Km2 que eram objeto de disputa na Manchúria Exterior, incluindo parte da costa do Oceano Pacífico que inclui a cidade hoje conhecida como Vladivostok, além da permissão para abertura de consulados e para praticar comercio em Ulan Bator, na época conhecida como Urga, e em Kashgar, por sua vez, o Império Britânico também obteve mandato sobre Kowloon, um território adjacente a Hong Kong.
Diante da humilhação, o Imperador da China se retirou de Pequim, e seu meio-irmão, o Príncipe Gong assumiu o governo de fato.[1]
Ver também
- Batalha de Cantão
- História da China
- História do Reino Unido
- Homem doente da Ásia
- Imperialismo americano
- Império colonial francês
- Rebelião Taiping
Referências
- ↑ KISSINGER, Henry, Sobre a China, pp. 79-82