Rozellomycetes
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Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
Sinónimos | |||||||||||
Rozellomycetes (ou Rozellidea) é um pequeno grupo de fungos[1][2][3] que são endoparasitas ou epibiontes de outros fungos, de algas, de protozoários e de oomicetas. Anteriormente estavam classificados como protistas, mas foram reconhecidos como uma linhagem de fungos basais e primitivos,[4] uma vez que se observou a presença de quitina na camada interna de esporos de repouso e em esporos imaturos de algumas espécies do grupo, bem como a presença de um gene da quitinossíntase fúngica específica. Uma diferença é que a parede celular pode ter sido perdida durante a absorção, devido ao parasitismo.[5]
Descrição
Os fungos do agrupamento Rozellomycetes apresentam células vegetativas ameboides, com pseudópodes que se estendem em dos organelos da célula do hospedeiro. Os zoósporos são do tipo opistoconta uniflagelados, tendo um rizoplasto sólido associado a um longo cinetossoma; com uma única mitocôndria grande. A reprodução pode ser sexual ou assexuada. Os esporos de repouso apresentam paredes espessas. A parede quitinosa pode ser perdida durante a absorção. A penetração nas células hospedeiras faz-se através de um tubo germinativo. Os membro deste grupo são parasitas intracelulares obrigatórios de fungos e protistas, onde absorvem o conteúdo interno das organelos das células do hospedeiro, obtendo nutrientes através deles.[3]
Conhecem-se apenas cinco géneros: Rozella, Paramicrosporidium, Nucleophaga, Mitosporidium e Morellospora.[6][7]
Estudos filogenéticos recentes propõem classificar os Rozellomycetes em cojunto com o grupo Microsporidia numa divisão Rozellomycota, já que de acordo com estudos de filogenia molecular, o grupo Rozellomycetes poderia ser um grupo parafilético de Microsporidia. Várias análises moleculares confirmam que Microsporidia e Rozellomycetes compreendem grupos irmãos, enquanto o outro grupo, Aphelidiomycota, esteve colocado com eles no táxon Opisthosporidia, mas estudos recentes descobriram que ele está mais intimamente relacionado com os Eumycota.[8][3]
Filogenia
Foi postulado que seria um grupo monofilético da seguinte forma:[9]
Fungi |
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Outras análises sugerem que pode ser um grupo parafilético da seguinte forma:[7]
Fungi |
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Ver também
Referências
- ↑ CAVALIER-SMITH, Thomas (2013). «Early evolution of eukaryote feeding modes, cell structural diversity, and classification of the protozoan phyla Loukozoa, Sulcozoa, and Choanozoa». European Journal of Protistology [online]. 49 (2): 115–178. ISSN 0932-4739. PMID 23085100. doi:10.1016/j.ejop.2012.06.001
- ↑ Silar, Philippe (2016), «Protistes Eucaryotes: Origine, Evolution et Biologie des Microbes Eucaryotes», HAL Archives-ouvertes: 1–462
- ↑ a b c Tedersoo, L., Sánchez-Ramírez, S., Kõljalg, U. et al. 2018, High-level classification of the Fungi and a tool for evolutionary ecological analyses Fungal Diversity 90: 135. https://doi.org/10.1007/s13225-018-0401-0
- ↑ Fungorum
- ↑ James TY & Berbee ML 2012, No jacket required--new fungal lineage defies dress code: recently described zoosporic fungi lack a cell wall during trophic phase. Bioessays. 2012 Feb;34(2):94-102. doi: 10.1002/bies.201100110. Epub 2011 Dec 1.
- ↑ Corsaro, D., Walochnik, J., Venditti, D., Steinmann, J., Müller, K. D., & Michel, R. (2014). Microsporidia-like parasites of amoebae belong to the early fungal lineage Rozellomycota. Parasitology research, 113(5), 1909-1918.
- ↑ a b Corsaro, D., Walochnik, J., Venditti, D., Müller, K. D., Hauröder, B., & Michel, R. (2014). Rediscovery of Nucleophaga amoebae, a novel member of the Rozellomycota. Parasitology research, 113(12), 4491-4498.
- ↑ Wijayawardene et al. (setembro 2018). «Notes for genera: basal clades of Fungi (including Aphelidiomycota, Basidiobolomycota, Blastocladiomycota, Calcarisporiellomycota, Caulochytriomycota, Chytridiomycota, Entomophthoromycota, Glomeromycota, Kickxellomycota, Monoblepharomycota, Mortierellomycota, Mucoromycota, Neocallimastigomycota, Olpidiomycota, Rozellomycota and Zoopagomycota)» (PDF). Fungal Diversity. 92 (1): 43–129. doi:10.1007/s13225-018-0409-5
- ↑ C Alisha Quandt et al (2017). The genome of an intranuclear parasite, Paramicrosporidium saccamoebae, reveals alternative adaptations to obligate intracellular parasitism. Elife sciences.