Progesterona
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Abril de 2021) |
Nome IUPAC (sistemática) | |
? | |
Identificadores | |
CAS | 57-83-0 |
ATC | G03DA04 |
PubChem | 5994 |
DrugBank | APRD00700 |
Informação química | |
Fórmula molecular | C21H30O2 |
Massa molar | 314,47 |
Sinónimos | 4-pregneno-3,20-diona |
Dados físicos | |
Ponto de fusão | 126 °C |
Rotação específica | [α]D |
Farmacocinética | |
Biodisponibilidade | absorção prolongada, meia-vida de aprox. 25-50 horas |
Ligação a proteínas | 96%-99% |
Metabolismo | hepático para pregnanodióis e pregnanolonas |
Meia-vida | 34,8 - 55,13 horas |
Excreção | renal |
Considerações terapêuticas | |
Administração | oral, implante |
DL50 | ? |
Progesterona é uma hormona esteroide produzida, a partir da puberdade, pelo corpo lúteo e pela placenta durante a gravidez.
A progesterona é o segundo hormônio feminino e é produzida principalmente no ovário. No processo da ovulação, o ovócito, gameta feminino, se encontra dentro de uma pequena bolinha de líquido chamada folículo. Este folículo produz o estrógeno, hormônio feminino básico. É o estrógeno que faz o aspecto físico da mulher. Após a liberação do ovócito este folículo se transforma em corpo amarelo ou lúteo, e começa a produzir progesterona, a qual prepara a mulher para a gestação e o aleitamento.
A progesterona age em todo o corpo físico da mulher preparando-a para a gravidez. Muitas mulheres têm deficiência de progesterona e isto não parece ter um significado muito importante para o organismo. Sua maior consequência é a amenorréia, ou falta de menstruação. É uma hormona essencial na manutenção da gravidez. É primeiramente produzida pelo corpo lúteo do ovário, até cerca de 20 semanas de gestação, sendo depois sintetizada pela placenta. Muitas mulheres inférteis, com falhas de implantação e com aborto recorrente apresentam baixos níveis de progesterona no sangue, sendo indicada uma suplementação de progesterona na fase inicial da gravidez. A progesterona age não só na receptividade endometrial, mas também a resposta imunológica materna, devendo a suplementação permanecer até por volta da 15ª semana, alguns médicos recomendam somente até a 10ª semana.
Funções
Estimula as células do embrioblasto a se proliferarem e garante a nidação no cório e a futura formação da placenta. Também é o responsável pela continuidade da gravidez pois evita a descamação do endométrio, que ocasionaria um aborto.
Função biológica
Saúde da pele
O recetor de estrogénio, bem como o recetor de progesterona, foram encontrados na pele, incluindo queratinócitos e fibroblastos.[1][2][3] Durante e após a menopausa, a diminuição dos níveis de hormonas sexuais femininas leva à atrofia, adelgaçamento e aumento das rugas da pele, bem como à diminuição da elasticidade, firmeza e força da pele. Estas alterações cutâneas aceleram o envelhecimento da pele e resultam da diminuição do teor de colagénio, de anomalias na morfologia das células epidérmicas da pele, da diminuição da matéria intercelular entre as fibras da pele e da diminuição do número de capilares e do fluxo sanguíneo.
Sistema reprodutor
A progesterona exerce efeitos-chave nos espermatozóides humanos através de sinalização não genómica durante a sua migração através do trato reprodutor feminino antes da fertilização, embora o recetor (ou receptores) ainda não tenha sido identificado.[4] A caraterização pormenorizada dos processos dos espermatozóides em resposta à exposição à progesterona identificou vários processos, incluindo alterações a curto prazo nos níveis de cálcio intracelular e alterações sustentadas, flutuações lentas nos níveis de cálcio,[5] que se pensa agora serem capazes de regular a motilidade.[6] É produzido pelos ovários. a progesterona também demonstrou ter um efeito sobre os espermatozóides do polvo.[7]
A progesterona é por vezes referida como a "hormona da gravidez" e tem muitas funções relacionadas com o desenvolvimento fetal.[8][9]
Interações hormonais
A progesterona exerce uma série de efeitos fisiológicos que são reforçados na presença de estrogénio.[10] Os estrogénios, através dos receptores de estrogénio (ER), induzem ou aumentam a expressão da PR. Um exemplo disto é o tecido mamário, onde os estrogénios permitem que a progesterona medeie o desenvolvimento de alvéolos.
Referências
- ↑ «Cutaneous manifestations of estrogen excess and deficiency». gremjournal.com. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Estrogen Receptors, Estrogenics, And The Rise of Western Disease». mybiohack.com. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Identification of Potential Glycoprotein Biomarkers in Estrogen Receptor Positive (ER+) and Negative (ER-) Human Breast Cancer Tissues by LC-LTQ/FT-ICR Mass Spectrometry». www.jcancer.org. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Non-genomic steroid actions in human spermatozoa. "Persistent tickling from a laden environment"». pubmed.ncbi.nlm.nih.gov. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Slow calcium oscillations in human spermatozoa». pmc.ncbi.nlm.nih.gov. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Stimulation of Human Spermatozoa with Progesterone Gradients to Simulate Approach to the Oocyte». www.jbc.org. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Oviducal gland transcriptomics of Octopus maya through physiological stages and the negative effects of temperature on fertilization». peerj.com. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «8 Pregnancy Hormones Impacting Your Fertility Journey». www.miracare.com. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Increase in Progesterone Symptoms: Why it Happens and When it's Not Normal». conceiveplus.com. Consultado em 12 de novembro de 2024
- ↑ «Two distinct estrogen-regulated promoters generate transcripts encoding the two functionally different human progesterone receptor forms A and B». pmc.ncbi.nlm.nih.gov. Consultado em 12 de novembro de 2024