Públio Servílio Prisco Estruto
Públio Servílio Prisco Estruto | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 495 a.C. |
Públio Servílio Prisco Estruto (em latim: Publius Servilius Priscus Structus) foi um senador nos primeiros anos República Romana e cônsul em 494 a.C.. Servílio é considerado o pai do futuro cônsul Espúrio Servílio Prisco (476 a.C.) e avô do futuro cônsul Públio Servílio Prisco (463 a.C.).[1]
Consulado
Servílio foi cônsul em 495 a.C. juntamente com Ápio Cláudio Sabino Inregilense e o primeiro da gente Servília.[2] Durante seu mandato, Servílio liderou as forças romanas com sucesso contra os invasores volscos, derrotando-os numa batalha perto de Roma, capturando e saqueando a cidade de Pometia.[3][4]
Depois, em 495 a.C., Servílio liderou a infantaria romana na vitória contra um exército invasor sabino e, logo em seguida, derrotou um exército aurunco perto de Ariccia.[5]
Assuntos domésticos
Imediatamente antes e depois da invasão volsca, Servílio se envolveu na disputa sobre o alto nível de endividamente sofrido pela plebe romana. Segundo Lívio, dos dois cônsules, Ápio era o mais duro e Servílio, o mais ameno, o que levou o primeiro a tratar da questão de forma desgostosa e o segundo, com simpatia.[6]
Nos debates no senado, convocado pelos cônsules, Servílio defendeu um alívio para os débitos a ser concedido aos plebeus. Quando a ameaça volsca se tornou iminente, o senado escolheu-o por sua postura mais amena, o que garantiria um alistamento mais tranquilo das tropas, que eram formadas por cidadãos da plebe. Servílio seguiu para a assembleia e avisou ao povo que o Senado estava considerando medidas para aliviar as preocupações do povo, mas teve que ser interrompido por causa das notícias da invasão. Ele exortou a população a colocar de lado suas preocupações momentaneamente para permitir que Roma lutasse como uma só contra o inimigo comum. Além disso, ele anunciou um édito proclamando que nenhum cidadão romano seria detido, seja acorrentado ou aprisionado, por se alistar na luta e que nenhum soldado, enquanto estivesse servindo ao exército, teria seus bens tomados ou vendidos e nem teria seus filhos ou netos presos. Imediatamente, os devedores que estavam presos foram soltos e alistados. A massa se juntou a eles e toda a plebe se juntou no fórum para realizar o juramento militar. Logo depois, Servílio liderou seu exército contra os volscos.[7]
Com o retorno do exército a Roma, as tensões se renovaram quando o colega de Servílio, Ápio Cláudio, publicou decretos com penas ainda mais severas para os devedores. O senado se alinhou com Ápio e o povo se enfureceu com Servílio, pois suas promessas de alívio anteriores à guerra não foram cumpridas. Ele ficou isolado politicamente, sem aliados, pelo resto de seu mandato.[8]
Enquanto isso, os cônsules não conseguiam decidir entre eles quem deveria dedicar um novo templo a Mercúrio. O senado deferiu a decisão à assembleia popular e decretou ainda que o cônsul que fosse escolhido deveria exercer funções adicionais, incluindo presidir os mercados, estabelecer novas guildas mercantis e exercer as funções de pontífice máximo. O povo, para irritar o senado e os cônsules, conferiu a honra ao primipilo (um dos oficiais militares mais sêniore de uma legião) de uma das legiões, chamado Marco Letório.[8]
Árvore genealógica
Referências
- ↑ «Les gentes romaines, S, Servilia» (em francês). Genealogie.fr. Consultado em 21 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 14 de junho de 2009
- ↑ Tito Lívio, 21-27
- ↑ Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas, VI 30, 2-3
- ↑ Lívio, Ab urbe condita, 2.22-25
- ↑ Lívio, Ab urbe condita, 2:26
- ↑ Lívio, Ab urbe condita, 2.23-27
- ↑ Lívio, Ab urbe condita, 2.24
- ↑ a b Lívio, Ab urbe condita, 2.27ff
- ↑ Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas, vi. 40.
- ↑ Lívio, Ab Urbe Condita, vi. 22, 31, 36.
Ligações externas
- Lívio. «II.21-27». História Romana (em francês). [S.l.]: Université de Louvain
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