Nelson Cavaquinho
Nelson Cavaquinho | |
---|---|
Em 1972 | |
Informações gerais | |
Nome completo | Nelson Antônio da Silva |
Nascimento | 29 de outubro de 1911 Rio de Janeiro, RJ |
País | brasileiro(a) |
Morte | 18 de fevereiro de 1986 (74 anos) |
Gênero(s) | Samba |
Ocupação | Compositor |
Instrumento(s) | Violão |
Nelson Cavaquinho, nome artístico de Nelson Antônio da Silva, (Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1911[1] — Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1986) foi um importante músico brasileiro.[2] Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.
Biografia
Seu envolvimento com a música inicia-se na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por toda a vida.
Casou-se por volta dos seus 20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teria quatro filhos e na mesma época consegue, graças a seu pai, um trabalho na polícia fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.
Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos como "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas", ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson eventualmente "vendia" parcerias de sambas que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.
Sua primeira canção gravada foi "Não Faça Vontade a Ela", em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde foi descoberto por Cyro Monteiro que fez várias gravações de suas músicas. Começou a se apresentar em público apenas na década de 1960, no Zicartola, bar de Cartola e Dona Zica no centro do Rio. Em 1970 lançou seu primeiro LP, "Depoimento de Poeta", pela gravadora Castelinho.
Suas canções eram feitas com extrema simplicidade e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, mulheres, botequins e, principalmente, a morte, como em "Rugas", "Quando Eu me Chamar Saudade", "Luto", "Eu e as Flores" e "Juízo Final".
Com mais de 50 anos de idade, conheceria Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, sua companheira pelo resto da vida. Morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar.
No carnaval de 2011 a escola de samba G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira homenageou Nelson Cavaquinho pelo seu centenário. "O Filho Fiel, Sempre Mangueira" é o nome do enredo que a agremiação levou para a avenida. O músico era torcedor da escola de samba carioca.
Discografia
- 1970 - Depoimento do Poeta (Discos Castelinho)
- 1972 - Nelson Cavaquinho - série documento (RCA Victor)
- 1973 - Nelson Cavaquinho (Odeon)
- 1985 - As Flores em Vida (Gravadora Eldorado)
Referências
- ↑ Dicionário Cravo Albin da MPB
- ↑ «30 anos sem o sambista Nelson Cavaquinho, poeta do juízo final». Brasil elpais. Consultado em 12 de Janeiro de 2017
Ligações externas
- Nascidos em 1911
- Mortos em 1986
- Compositores do estado do Rio de Janeiro
- Músicos de música popular brasileira
- Cavaquinistas do estado do Rio de Janeiro
- Sambistas
- Músicos afro-brasileiros
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Cantores do estado do Rio de Janeiro
- Estação Primeira de Mangueira
- Violonistas do estado do Rio de Janeiro
- Nelson Cavaquinho
- Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural