Mesa (ginástica)
Salto sobre o cavalo | |
---|---|
Diego Hypólito executa o salto sobre o cavalo nos Jogos Pan-americanos de 2007 | |
Olímpico desde | 1896 H / 1952 S |
Desporto | Ginástica artística |
Praticado por | Ambos os sexos |
Masculino | Ri Se-Gwang Coreia do Norte |
Feminino | Rebeca Andrade Brasil |
Campeões Mundiais | |
Stuttgart 2019 | |
Masculino | Nikita Nagornyy Rússia |
Feminino | Simone Biles Estados Unidos |
O cavalo foi um aparelho usado na ginástica artística para a execução dos saltos, mas em 2001, foi substituído pela mesa, também chamada mesa alemã,[1] aparelho levemente inclinado, com 1,2 m de comprimento e 95 cm de largura, proporcionando uma superfície de contacto bem maior para os atletas.
O ginasta deve saltar sobre o aparelho partindo de um trampolim apoiando as mãos sobre a mesa em um movimento acrobático onde são avaliados a altura, a dificuldade de execução e a execução do movimento de chegada ao solo.
O salto é um dos dois eventos que a ginástica artística feminina e masculina têm em comum. A outra é o solo. O salto é considerado um evento de explosão muscular, possuidor de uma margem mínima para erros. É o evento mais curto entre todos, e tem igual ponderação aos demais para a obtenção da classificação global do ginasta.
História
Durante algum tempo, o salto não possuía um aparelho específico. O cavalo com alças ou cavalo com arções fora simplificado e usado nas competições.
O salto faz parte dos Jogos Olímpicos desde a entrada da ginástica artística nessas competições, em 1896 – A primeira Olimpíada da Era Moderna -, tendo como primeiro campeão, o alemão Carl Schuhmann, seguido do suíço Louis Zutter e o também alemão Hermann Weingärtner medalhistas de prata e bronze.
Aparelho
Todos os ginastas que disputam a prova saltam sobre um aparelho ligeiramente inclinado chamado mesa - uma estrutura de metal coberta por uma textura almofadada e elástica (que volta a sua forma original após o impacto).[2]
A mesa é disposta a uma altura de 1,25 m para a competição feminina e a 1,35 m na prova dos homens. A superfície do aparelho possui 120 cm de comprimento e 95 cm de largura. A aproximação à mesa faz-se em uma pista própria para a corrida com 25 m de comprimento.[3]
Em 2001, o aparelho passou por uma grande reestruturação: De uma forma como simplificada a partir do cavalo com alças, passou à forma atual. Essa mudança é decorrente das melhorias que visam a segurança dos praticantes e atletas.
Características da competição
Tipos de saltos
Sua sigla, para provas internacionais regulamentadas pela Federação Internacional de Ginástica, é VT.
Os saltos dividem-se em cinco grupos, os mais comuns são os mortais para frente, o Tsukahara e o estilo Yurchenko.[4][5]
- Para detalhes, vide lista e redação completa em Ligações externas.
O evento
Em competições oficiais, como os Jogos Olímpicos e os Campeonatos Mundiais, os ginastas executam dois saltos diferentes nas provas por aparelhos e apenas um salto nas disputas do individual geral e por equipes. A escolha do salto fica a cargo do ginasta e de seu treinador.
A validação do mesmo se dá quando o ginasta o anuncia à banca, é autorizado por um dos juízes e o realiza sem grandes penalidades, como uma queda. O salto, diferentemente dos demais aparelhos, não possui uma avaliação da dificuldade da rotina. Ele possui um valor de salto já determinado no Código de Pontos. De resto, sua avaliação é como os outros eventos.[2]
As fases da disputa estão divididas em cinco:[2]
- A execução: Esta etapa dá-se quando o ginasta determina sua distância de corrida na esteira de 25m e alcança o trampolim ao pé da mesa para dar impulsão ou iniciar ali sua rotação.
- O pré-voo: Esta fase se dá imediatamente após o toque do ginasta no trampolim e antes de soltar a mesa. É quando o ginasta sai do trampolim e atinge a mesa de salto.
- O contacto com a mesa: Esta etapa é a do impulso no aparelho. É onde o ginasta procura maior altura para a precisa realização de seu salto. O ideal é que saia desta fase com angulação mais adequada ao movimento que pretende realizar. Em geral, pontos são descontados caso a angulação não seja a ideal.
- O pós-voo: Esta é a fase mais importante do evento. É aqui que o ginasta realiza o movimento que anunciou. Esta é a fase que conta mais pontos. Todo o seu posicionamento é avaliado nesta etapa.
- A chegada: É a fase onde o ginasta faz contato com o solo (colchões que amortecem eventuais quedas e as próprias chegadas). O ideal desta etapa é que o ginasta crave seu movimento, isto é, concluí-lo sem rotação ou desequilíbrio.
Ginastas de destaque
- O espanhol Gervasio Deferr, bicampeão do aparelho em Olimpíadas
- A chinesa Fei Cheng, tricampeã mundial
- A uzbeca naturalizada alemã Oksana Chusovitina
- A Vice Campeã Olímpica e Bicampeã Mundial McKayla Maroney
Ver também
Referências
- ↑ Infopédia. «mesa | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 2 de outubro de 2022
- ↑ a b c Van Deusen, Amy. «Everything You Need to Know About Vault» (em inglês). About.com. Consultado em 11 de novembro de 2008
- ↑ «Gymnastics Equipaments». DandSportslingua=inglês. Consultado em 9 de fevereiro de 2009
- ↑ Seal, Rebecca. «Tales from the vaults» (em inglês). Guardian. Consultado em 9 de fevereiro de 2009
- ↑ «ANÁLISE BIOMECÂNICA DO SALTO SOBRE A MESA: RELAÇÃO ENTRE O TIPO DE SALTO E SEUS PARÂMETROS CINEMÁTICOS» (PDF). Unesp. Consultado em 9 de fevereiro de 2009
Ligações externas
- «Apparatus Norms - FIG site» (em inglês)
- «COI Comitê Olímpico Internacional» (em inglês)
- «Lista - Tipos de saltos» (PDF)