Elétricos de Lisboa
A rede de elétricos da Carris, empresa de transportes públicos de Lisboa, em Portugal, é composta atualmente por seis carreiras e percorre um total de 31 km de rede (54 km de linha dupla em bitola de 900 mm, sendo 13 km em faixa reservada). Emprega 138 guarda-freios[1] (condutores de elétricos, funiculares e elevador) e uma frota de 78 veículos (45 históricos “remodelados”, 25 articulados e 8 históricos “ligeiros”),[2] baseados numa única estação — Santo Amaro.
No seu auge, em finais da década de 1950, a rede de elétricos da Carris tinha um total de 76 km de rede (145 km de via dupla sendo 15 km para manobras nas três estações), e uma frota de 405 carros motorizados e 100 reboques sem motor (grande parte da qual de construção própria).[3]
História
Carros americanos
A rede eletroviária lisboeta foi desenvolvida pela Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa, que desde 1878 se tornara de longe a mais importante das concessonárias de transportes públicos de passageiros na capital portuguesa, assegurando as carreiras que explorava com veículos de tração muar rodando sobre os epónimos carris — os “carros americanos”.[4] A rede de elétricos da cidade iria desenvolver-se a partir destas linhas, que se estendiam à época já a Algés, Xabregas, e Benfica, numa extensão de 38,6 km em 1884.[5]
Eletrificação
Tração elétrica por baterias a bordo
Uma primeira tentativa de substituição da tração animal por elétrica decorreu em 1887. Circularam experimentalmente dois carros equipados com baterias do sistema Julien, entre Santo Amaro e Algés; a imprensa foi convidada para o evento, no dia 15 de setembro. Apesar do desempenho satisfatório exibido na experiência, o negócio previsto com a empresa belga L’Eléctrique acabou por não se realizar, permanecendo a tração animal em uso até ao final do século.[6][7][8]
Tração elétrica por fiação
Em 1900 instalaram-se os cabos aéreos, e construiu-se a “Geradora”, uma central termoelétrica a carvão, que fornecia energia para a operação da rede. Em 31 de Agosto de 1901 foi inaugurada a primeira carreira eletromotorizada, do Cais do Sodré a Algés[9][10] (atual 15E).
Consolidação
Com exceção da empresa Chora, que subsistiu até 1917,[11] a Carris absorvera, desde a sua fundação até ao virar do século XX, todas as companhias de ónibus com carreiras concessionadas da capital, e também as que detinham meios mecanizados e infraestruturas sobre carris — nomeadamente a Casa Rippert, a Empresa de Viação Urbana a Vapor, e a Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa.[11] Assim, a rede ferroviária herdada dos “americanos” foi sendo alargada, nela se integrando por desmontagem também os dois “ascensores” de cabo desta última empresa (Estrela e Graça); os seus funiculares — Glória, Bica, e Lavra — foram mantidos sem alterações técnicas (devido à especificidade dos seus percursos, de grande inclinação), funcionado em intermodalidade, tal como, naturalmente, os seus elevadores verticais (Santa Justa, Biblioteca, e Chiado).
Expansão (1901-1957)
Vou num carro elétrico, e estou reparando lentamente, conforme é meu costume, em todos os pormenores »(…)«
Os bancos do elétrico, de um entre-tecido de palha forte e pequena, levam-me a regiões, distantes, multiplicam-se-me em indústrias, operários, casas de operários, vidas, realidades, tudo.
Saio do carro exausto e sonâmbulo. Vivi a vida inteira.— (Vicente Guedes =) Bernardo Soares (= Fernando Pessoa), Livro do Desassossego (1.ª parte) (1910-1920)
deslizavam carros eléctricos pintados dum amarelo ovo magnificente. E a tilintada surpreendia o meu ouvido— Aquilino Ribeiro, Lápides partidas (1945)
Entre 1901 e 1907 a rede cresceu rapidamente, uma vez que parte da infraestrutura já existia da época dos “americanos”. A expansão da rede de elétricos continuou até à década de 1930:em 1926 a rede chegou ao Alto de São João, em 1927 à Ajuda e em 1930 a Carnide. Construíram-se também novos segmentos, entre os quais se destacam a ligação entre a Graça e a Avenida Almirante Reis, em 1925, e o percurso entre a Praça Luís de Camões e a Rua da Conceição, que é o que tem maior inclinação (13,5%) em toda a rede. Em 1936, expandiu-se até aos Prazeres e construiu-se uma ligação entre Campolide e São Sebastião e em 1941 inaugurou-se o ramal do Bairro do Arco do Cego. Em 1957 terminou o ciclo de expansão da rede, com a inauguração do troço Alto de S. João - Madre Deus, atingindo a rede o seu apogeu. Nesta época, a maioria das carreiras terminava no Rossio, na Praça do Comércio, no Martim Moniz ou nos Restauradores, e daí divergiam para toda a cidade.[carece de fontes]
Na década de 1950, um terminal (ou paragem importante) da rede de elétricos da Carris esteve previsto para o local onde se situa hoje a estação Alto dos Moinhos do Metropolitano de Lisboa, aparentemente ligado ao resto da rede na linha da Estrada da Luz (carreiras 13 e 13A, para Carnide) via R. Francisco Baía; ter-se-ia situado aproximadamente onde é hoje a junção das ruas Freitas Branco e Alçada Batista, servido o então planeado Estádio da Luz.[12]
No seu apogeu existiram cerca de 30 carreiras, como lista o quadro abaixo:
C.ª | percurso |
---|---|
1 | Restauradores ⇆ S. Sebastião ⇆ Sete Rios ⇆ Benfica |
2 | Restauradores ⇆ Campo Pequeno ⇆ Campo Grande ⇆ Lumiar |
3 | Caminhos de Ferro ⇆ Pç. Figueira ⇆ Avenida Almirante Reis ⇆ Arco do Cego ⇆ Campo Pequeno ⇆ Bairro Arco do Cego |
4-5 | Restauradores ↔ S. Sebastião ↔ Saldanha ↔ Av. F. Pereira de Melo ↔ Av. Liberdade ↔ Restauradores |
6 | Restauradores ⇆ Av. Liberdade ⇆ Gomes Freire ⇆ Martim Moniz ⇆ Pç. Figueira |
8 | Rossio ⇆ Martim Moniz ⇆ Areeiro |
9 | Poço do Bispo ⇆ Caminhos de Ferro ⇆ Pç. Comércio ⇆ Cais do Sodré ⇆ Santos |
10-11 | Pç. Figueira ↔ Martim Moniz ↔ Avenida Almirante Reis ↔ Graça ↔ Sé ↔ Pç. Figueira |
12E | * Martim Moniz ⇆ S. Tomé |
13 | Restauradores ⇆ S. Sebastião ⇆ Sete Rios ⇆ Carnide |
14-14A | Restauradores ↔ S. Sebastião ↔ Campolide ↔ Rato ↔ R. Alexandre Herculano ↔ Restauradores |
15E | * Pç. Comércio ⇆ Cais do Sodré ⇆ Belém ⇆ Algés ⇆ Cruz Quebrada |
16 | Xabregas ⇆ Caminhos de Ferro ⇆ Pç. Comércio ⇆ Cais do Sodré ⇆ Belém |
17 | Alto S. João ⇆ Praça do Chile ⇆ Avenida Almirante Reis ⇆ Martim Moniz ⇆ Pç. Comércio ⇆ Conde Barão ⇆ Belém |
18E | * Pç. Comércio ⇆ Cais do Sodré ⇆ Santos ⇆ Calvário ⇆ Boa Hora ⇆ Ajuda |
18A | Pç. Comércio ⇆ Cais do Sodré ⇆ Conde Barão ⇆ Alcântara ⇆ Boa Hora ⇆ Ajuda |
19 | Arco do Cego ⇆ Avenida Almirante Reis ⇆ Martim Moniz ⇆ Pç. Comércio ⇆ Conde Barão ⇆ Alcântara ⇆ Santo Amaro |
20 | Cais do Sodré ⇆ Príncipe Real ⇆ Alexandre Herculano ⇆ Av. Liberdade ⇆ Restauradores ⇆ Rossio |
21 | S. Sebastião ⇆ Arco do Cego ⇆ Alto S. João ⇆ Caminhos de Ferro ⇆ R. Alfândega |
22-23 | Rossio ↔ Pç. Comércio ↔ Conde Barão ↔ S. Bento ↔ Rato ↔ Alexandre Herculano ↔ Restauradores ↔ Rossio |
24E | * Carmo ⇆ Príncipe Real ⇆ Campolide ⇆ S. Sebastião ⇆ Arco do Cego ⇆ Praça do Chile |
25-26 | ** Rossio ↔ Pç. Comércio ↔ Conde Barão ↔ Lapa ↔ Estrela ↔ Rua Amoreiras ↔ Rato ↔ Alexandre Herculano ↔ Restauradores ↔ Rossio |
27 | S. Sebastião ⇆ Arco do Cego ⇆ Alto S. João ⇆ Poço do Bispo |
28E | * Rossio ⇆ Conceição ⇆ Largo Luís de Camões ⇆ Estrela ⇆ Prazeres |
(*) A designação adicional "E" data já do século XXI. (**) Corresponde parcialmente ao atual 25E
Retração da rede na década de 60
A 9 de abril de 1944 entraram em serviço os primeiros autocarros da Carris, que faziam serviços de e para o Aeroporto. Em 1959 foi inaugurado o Metropolitano de Lisboa. Estes dois fatores contribuíram para o decréscimo da rede de elétricos. O Metro, por um lado, motivou o fecho das carreiras nos eixos Restauradores - Marquês - Saldanha, Marquês - São Sebastião, e, mais tade, Chile-Areeiro. Esta redução da capacidade de circulação motivou, já nos anos 1970, o encerramento das carreiras para Benfica, Carnide e Lumiar — apesar destas localidades não serem, à época, servidas pelo metropolitano. Nos anos que seguiram mais troços da rede foram sucessivamente abandonados. Em 1970, a Carris anunciou que os elétricos na capital veriam o seu fim até 1975.[14]
Esta extinção anunciada inseria-se na tendência generalizada no século XX de favorecimento do transporte particular/individual sobre o público/coletivo, com enfoque consequente na valorização da rodovia sobre a ferrovia, e especificamente na supressão do modo ferroviário ligeiro urbano.[15][16] Em Portugal este tipo de transporte não era visto diferentemente,[17] e a época do pós-Guerra testemunhou localizadamente a sua retração (Porto e Sintra) e mesmo extinção (Coimbra e Braga) — numa tendência que só abrandaria já no século XXI, com reampliações (incl. em Lisboa) e mesmo novas redes (Porto e Almada). Veja-se a título de exemplo o projeto (não concretizado) de Faria da Costa para a frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e o Cais das Colunas publicado em 1947, que preconizava a supressão do elétrico na Baixa bem como na Av. 24 de Julho e Rua de São Paulo, a substituir por uma única linha na Rua D. Luís I ligando à Rua do Arsenal, e a desentrelaçar do término “em raquete” da Rua do Alecrim.[18][19]
No entanto, com o aumento populacional na Grande Lisboa causado pela chegada dos “retornados” após a descolonização de 1975[14], bem como as crises petrolíferas de 1973 e de 1979, a extinção dos elétricos de Lisboa foi adiada, tendo-se inclusivamente registado uma ligeira ampliação em carreiras e horários.[20] Marca deste encerramento atalhado subsistiu por alguns anos nos veículos de caixilharia de madeira, que se apresentava pintada de branco, ao invés de envernizada — revestimento menos durável mas mais económico utilizado em trabalhos de manutenção de frota efetuado na vigência desse encerramento anunciado e previsto.[20]
Retração da rede na década de 90
Devido ao aumento crescente do tráfego em Lisboa, os elétricos não eram capazes de cumprir horários,[carece de fontes] o que motivou uma nova série de encerramentos. Durante esta década, as carreiras 3, 10, 16, 17, 20, 25[carece de fontes], 26, 27, 29, e 30 foram suprimidas. Encerraram também as estações das Amoreiras e do Arco do Cego. Já em 2000, esteve também pendente a supressão da carreira 18E, que não se concretizou depois de o anúncio ter causado revolta por entre a população local.[14]
C.ª | percurso | alterações |
---|---|---|
3 | Arco do Cego ⇆ Pç. Figueira ⇆ Poço do Bispo | Supressão: 18 de novembro de 1991 |
10 | Cais do Sodré ↔ Largo do Rato | Supressão: 18 de novembro de 1991 |
12E | * Martim Moniz ↔ S. Tomé | Alteração: Circulação Martim Moniz (atual 12E) |
15E | * Praça do Comércio ⇆ Algés ⇆ Cruz Quebrada | Encurtamento: a Algés (Jardim) em 1996 (atual 15E) |
16 | Belém ⇆ Praça do Comércio ⇆ Poço do Bispo | Supressão: 18 de novembro de 1991 |
17 | Algés ⇆ Praça do Comércio ⇆ Pç. Figueira ⇆ Alto S. João | Supressão: 5 de maio de 1997 |
18E | * Praça do Comércio ⇆ Santos ⇆ Ajuda | (atual 18E) |
19 | Arco do Cego ⇆ Pç. Figueira ⇆ Alcântara | Supressão : 18 de novembro de 1991 |
20 | Martim Moniz ⇆ Gomes Freire ⇆ Cais do Sodré | Supressão : 18 de janeiro de 1991 |
24E | * Carmo ⇆ Campolide ⇆ Alto S. João ⇆ Rua da Alfândega | Supressão : 1995 / Reabertura : 24 de abril de 2018 (atual 24E) |
25-26 | Estrela ↔ Martim Moniz ↔ Gomes Freire ↔ Estrela | Supressão : 18 de janeiro de 1991 / (atual 25E) |
27 | Campolide ⇆ Arco do Cego ⇆ Poço do Bispo | Supressão : 20 de agosto de 1990 |
28E | * Martim Moniz ⇆ Graça ⇆ Estrela ⇆ Prazeres | (atual 28E) |
29-30 | Estrela ↔ Largo do Rato ↔ Cais do Sodré ↔ Estrela | Supressão : 18 de janeiro de 1991 |
(*) A designação adicional "E" data já do século XXI.
Modernização de 1995
Em Fevereiro de 1995, a companhia Carris recebeu o primeiro dos 10 elétricos modernos articulados; os primeiros seis veículos foram encomendados pela empresa espanhola CAF, sendo os restantes quatro fabricados pela Sorefame.[21] Nesta altura, planeava-se que os primeiros serviços a serem assegurados por estes veículos ligariam a Praça da Figueira a Algés, passando pelo Palácio de Belém e pelo Mosteiro dos Jerónimos (15E), com um intervalo entre composições, em hora de ponta, de 3 minutos.[21] Também se previu, para mais tarde, estender os serviços destes veículos até Santa Apolónia e Cruz Quebrada, o que totalizaria cerca de 13 quilómetros.[21] Previa-se que, com a sua capacidade, poderiam transportar até cerca de 4000 passageiros por hora, nas horas de ponta.[21] Para a entrada dos novos veículos, e permitir maiores velocidades comerciais, a operadora Carris realizou vários trabalhos de modernização e preparação da via, como a substituição de carris, travessas e dos fios aéreos, e introduziu novos sistemas de semáforos; elevou, igualmente, a altura das plataformas, para facilitar o trânsito dos passageiros.[21] A utilização de elétricos rápidos nos corredores com destino a Loures e à Expo’98, foi considerada, mas definitivamente preterida em 1997 pela opção de prolongar a rede do Metropolitano de Lisboa.[22] Outros eixos para a circulação de elétricos rápidos articulados estavam porém ainda a ser considerados em finais de 1997,[22] alargamento que acabou por não se verificar.
Com o objetivo de modernizar a restante rede “das colinas”, a Carris decidiu remodelar 45 veículos das séries 200 e 700, que foram renumerados 541 a 585. Estes elétricos são designados por “remodelados” e prestam serviço em todas as seis carreiras. O projeto de remodelação da autoria da firma Vossloh Kiepe conservou a carroçaria antiga com o design original Brill aperfeiçoado pela Carris até à década de 1920 (o chamado standard), consequentemente este modelo de elétrico é o mais procurado pelos turistas. A receção dos elétricos remodelados decorreu gradualmente entre Abril de 1995 e Julho de 1996.[23] Para acompanhar a chegada dos elétricos remodelados e permitir a receção da corrente elétrica pelo hemipantógrafo, a Carris procedeu a obras de modernização da rede aérea em toda a extensão das carreiras 15E, 18E e 25E, e nas principais raquetes da rede.[20]
Rede
A rede é em bitola reduzida de 900 mm, uma medida invulgar, utilizada em muito poucos sistemas no mundo, sendo Linz a única rede urbana com bitola idêntica em funcionamento[24][25] — a rede de elétricos de Braga, encerrada em 1963, também utilizava esta bitola, bem como alguns pequenos sistemas cavernícolas, alpinos, portuários, rurais, e/ou turísticos atuais (Molli, termas de Borjomi, e monte Nova Athos) e extintos (em Detroit, em Florença, e na Pomerânia).
A alimentação é de 600 V em corrente contínua;[26] como habitual neste tipo de transporte, é feita por cabo metálico isolado e nu suspenso sobre a via.
Carreiras
As seis carreiras de elétricos prestam serviço na zona urbana da Carris (Lisboa), mas a carreira 15E sai da cidade de Lisboa e serve a localidade de Algés, no concelho de Oeiras.
De acordo com declarações feitas em 1997 por Hélder Oliveira, presidente da Carris, os 45 carros remodelados seriam suficientes apenas para seis carreiras.[22] Desde então, a Carris teria por duas décadas apenas cinco carreiras (até à reabertura da 24E em 2018); durante este período, sete dos 45 remodelados, mais de 15%, foram convertidos em elétricos de turismo (n.os frota: 5-9+11-12).[carece de fontes]
As atuais carreiras são:
- Martim Moniz (Circulação)
- Praça da Figueira ⇄ Algés
- Cais do Sodré ⇄ Cemitério da Ajuda
- Praça Luís de Camões ⇄ Campolide
- Praça da Figueira ⇄ Campo de Ourique (Prazeres)
- Martim Moniz ⇄ Campo de Ourique (Prazeres)
Carreira 12E
É uma carreira de carácter local, rodeando o monte do Castelo de São Jorge. Foi inaugurada em 1915 sobre o traçado do extinto Elevador da Graça e, após prolongada a São Tomé, manteve-se sem grandes alterações no seu percurso durante quase todo o século XX.[20] A atual configuração circular data do final de 1997, com passagem a via única e prolongamento de São Tomé ao Martim Moniz via Portas do Sol, Sé, Madelena, Rua da Prata, e Praça da Figueira.
Carreira 15E
É uma carreira que serve a zona ribeirinha de Lisboa ligando Algés à Praça da Figueira. Foi a primeira carreira da rede de elétricos de Lisboa, inaugurada em 1901.[27] Em 1995 sofreu uma modernização da sua infraestrutura e da sua frota com a entrada em circulação dos elétricos articulados.[28] Em 2019, no âmbito da aquisição dos 15 novos elétricos, foram anunciadas as expansões à Cruz Quebrada, por um lado, e ao Parque das Nações.[29]
Carreira 18E
Liga o Cemitério da Ajuda ao Cais do Sodré, sendo (com a 15E) uma das duas carreiras de elétrico em Lisboa que serve a zona ocidental da cidade.
Carreira 24E
Finalmente reaberta em 2018, a atual carreira 24E (Camões-Campolide) foi um caso único entre as linhas abandonadas da rede de elétricos de Lisboa: Apesar de encerrada em 1995, na última grande retração da rede, parte do percurso foi mantido funcional, sendo a reabertura repetidamente ventilada mas sempre adiada durante mais de duas décadas.[carece de fontes]
Carreira 25E
Carreira que serve os bairros de Santos, Lapa e Madragoa; partilha desde 1995 o terminal do Cemitério dos Prazeres com a carreira 28E, sendo o outro terminal, com várias alterações desde 1995, a Praça da Figueira.[30]
Carreira 28E
É a carreira mais procurada pelos turistas, já que promovida quase em exclusivo junto dos operadores. Tem um percuso longo, servindo várias zonas da cidade, sendo desde 1995 a única que utiliza a linha Graça-S.Vicente e da Calçada de São Francisco, bem como o canal do antigo Elevador da Estrela.[carece de fontes]
Transporte turístico
Tram Tour
Em finais de maio de 2015[31] foi inaugurado o Chiado Tram Tour,[32] um serviço eletroviário turístico da subsidiária Carristur. Este circuito usa parte da linha Carmo-Campolide, com partidas do Camões subindo até ao Príncipe Real, onde inverte a marcha: Por isso são usados veículos bidirecionais, das séries 701-735 e 737-746 (não remodelados). Entre 2015 e 2018, este segmento de 900 m foi o único troço da rede com uso exclusivamente turístico.
Esta modalidade de serviço foi alvo de críticas por parte de diversas entidades, nomeadamente da Junta de Freguesia da Misericórdia, que em comunicado questionou a «instalação deste serviço, que em nada beneficia os residentes, contrariamente ao que aconteceria se fosse reativado nesta linha o elétrico 24»,[33] e de várias associações locais que lançaram uma petição intitulada "Pela reactivação do Eléctrico 24, em Lisboa".[34][35]
Este circuito foi suspenso provisoriamente em Outubro de 2015 ou seja 6 meses depois da inauguração. Segundo a CarrisTur o circuito era sazonal e por isso "era natural a sua suspensão" [na época baixa]. A reativação ficou prometida para 2016, tal aconteceu mas sob uma outra forma: o Castle Tram Tour e o Chiado Tram Tour foram agregados e deram origem a um único circuito turístico Tram Tour.[36][37]
No verão de 2018, este circuito sofreu alterações, passando a chamar-se "Belém Tram Tour". Efetua o percurso entre a Praça do Comércio e o Mosteiro dos Jerónimos, em Belém.
Frota
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A frota atual (pós-1995) é constituída pelos dez carros elétricos “articulados” (série 501-510), pelos 45 “remodelados” (série 541-585), e pelos oito “ligeiros” (séries 701-735 e 737-746), num total de 63 veículos.[2] Os “articulados” apenas podem percorrer a linha da carreira 15E, enquanto as restantes séries podem alcançar toda a rede.
Alienação
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A frota atual é bastante reduzida em comparação com épocas anteriores, tal como a rede. Além do número de veículos, muito menor, é de notar a ausência de unidades não-motorizadas (reboques); quase desapareceram igualmente os modelos equipados com lanternim (ou clerestório: zona central elevada do tejadilho, ladeada por uma fiada de pequenas janelas, presente apenas em dois dos carros turísticos), bem como as unidades mais longas, “salões”, que dispunham de dois bogies (com quatro rodas = dois eixos, cada) e de duas varas de contacto — reconhecíveis também pelas suas dez janelas de cada lado, em oposição das seis da restante frota histórica.
Alguns veículos retirados foram doados ou vendidos a outros sistemas para operação (Sintra, Corunha,[38] Sóller,[39] Detroit,[40][41][42][43][44] Aspen,[45] Issaquah-Seattle,[45] Tucson,[45] Whitehorse[46], Córdova,[47] Kochi,[48] Whangarei[49][45][50], entre outros). Alguma da frota abatida ao serviço encontra-se nas mão de particulares, nacionais[51] e estrangeiros,[52][53][54] musealizada ou integrada em espaços lúdicos ou culturais, em estado de conservação variável:.[55][56][57] Outros sistemas eletroviários históricos fizeram uso ainda de material avulso oriundo de desmontagem de unidades da frota da Carris, nomeadamente no museu de Ferrymead,[58] em Southampton,[59] Düsseldorf,[60] e em Colwyn Bay.[61]
A alienação da frota, ainda que já praticada anteriormente,[45][62] foi mais acentuada nos anos 80 e 90, no âmbito da retração da rede e do serviço planeada pela direção da Carris.[24] Em 1994, quatro elétricos foram vendidos ao quilo para sucata pela empresa,[24] o que suscitou a crítica de entusistas e especialistas, levando esta reação a uma política mais cuidada.
Entre 1995 e 1996, foram vendidos veículos a clientes de seis países (Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Argentina, Países Baixos, e Japão).[24] Em 1995, previa-se que os carros elétricos números 734,[53] 807 e 332 fossem restaurados e transferidos para os Caminhos de Ferro de Sóller, em Maiorca, Espanha;[39] nos finais de 2001, esta empresa já tinha 4 antigos carros elétricos de Lisboa em funcionamento, tendo mais um sido posteriormente, adicionado.[38] Estes veículos receberam os números 20 a 24, e foram adaptados para a bitola de 914 mm.[63]
Em finais de 1996, a Carris anunciava 30 veículos disponíveis para venda a preços entre os cem mil e quinhentos mil escudos.[24] Com efeito, em 1997 foram colocados à venda, na estação do Arco do Cego, 24 unidades (não remodeladas) a preços oscilando entre cem mil e um milhão de escudos.[64] Os compradores incluíam colecionadores e museus estrangeiros, apostados na manutenção e recuperação, mas também interessados em transformar os veículos em equipamento de lazer estacionário.[24][64] Aquando desta iniciativa, a direção da Carris colocara parte da frota histórica de reserva para o então ainda futuro Museu da Carris.[64]
Em Dezembro de 1999, a Compañía de Tranvías de La Coruña, em Espanha, iniciou o processo de compra de um dos carros elétricos de Lisboa; em Dezembro do ano seguinte, foi adquirido o carro número 743, que foi transportado, por via rodoviária, até à cidade espanhola.[38] Sofreu, então, várias modificações, como a sua adaptação à bitola métrica, tendo sido apresentado no dia 18 de Julho de 2001, e entrado ao serviço três dias depois, com o número 100.[38]
Ainda que pontualmente crítica, e sempre atenta, a posição dos entusiastas dos elétricos tradicionais, na pessoa da APAC, foi favorável à ação da Carris durante o período de mais abundante alienação: mais do que lucrar com as vendas, a empresa procurou garantir a boa conservação deste património.[24] O elevadíssimo custo adicional do transporte terá de resto afastado muitos interessados, mas mesmo assim já em finais de 1996 a Carris esperava escoar rapidamente todos os seus excedentes.[24]
Elétricos “remodelados”
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Em 1995-1996 quase toda a frota remanescente (45 veículos, renumerados 541 a 585) foi modernizada, mantendo a traça clássica Brill mas equipada com modernos sistemas de propulsão (Škoda / ALS 2480 LN) e travagem (Knorr), num projeto da Vossloh Kiepe. A estes elétricos “remodelados” foi retirada a bidirecionalidade, passando a apresentar o caraterístico farol central apenas numa das extremidades (e farolins de retaguarda vermelhos na outra, bem como indicadores de direção cor-de-laranja em ambas), apenas um posto de comando, à frente (o comando à retaguarda é possível, mas usado apenas em manobra), e bancos não-reversíveis. Foram ainda equipados com sistema dual de contacto com a fiação alimentadora, dispondo tanto de vara (trolley pole) como de hemipantógrafo, a utilizar complementarmente, erguendo-se um ou outro dispositivo consoante o tipo de intraestrutura aérea (sendo esta porém na sua maior parte passível de ser usada por ambos os sistemas de contacto). Esta remodelação custou 60 milhões de escudos por veículo,[22] valor intermédio na gamas dos preços praticados na venda de exemplares não remodelados.
Elétricos “ligeiros”
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Os veículos não remodelados desta forma, mas ainda ao serviço constituem o tipo dos “ligeiros”, renumerados a partir de 700. Mantém-se com a motorização da montagem anterior (1936-1947), apenas com alterações pontuais (estofos, portas inteiras substuindo as de pantógrafo, farolins, et c.); em 2010 estavam ao serviço nove unidades desta série, numeradas 713, 717, 720, 732, 733, 735, 741, 742, e 744.[65] Os carros “ligeiros” são usados geralmente para viagens de aluguer e apenas entram ao serviço regular quando a disponibilidade dos outros veículos não é suficiente para as necessidades.
Distinguem-se prontamente pela ausência de hemipantógrafo e pelos sinais da bidirecionalidade original mantida: postos de comando em cada extremidade, bancos reversíveis e (especialmente) farol central branco anterior e farolins de retaguarda vermelhos em ambas as extremidades.
Em 2015, todos os carros desta série com a exceção de um, foram cedidos à Carristur, para os serviços turísticos à época designados Castle Tram Tour e Chiado Tram Tour, posteriormente fundidos num novo circuito básico único. Os alugeres passaram por isso a ser realizados por elétricos remodelados.[carece de fontes]
Elétricos articulados
Urbos (601-615)
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Este artigo ou se(c)ção trata de um evento atual ou em curso. Nota: É desejável que indique um dos temas que constam da lista de temas padrão. |
Fabricados pela CAF, estes 15 eléctricos encomendados em 2021, da família CAF Urbos[66], representam o segundo modelo de articulados ao serviço da Carris, com cinco segmentos totalizando 28 metros de comprimento e uma capacidade para 220 passageiros.[67][68]
Irão reforçar a carreira 15E, onde as primeiras unidades – 601 e 608[67] – entraram ao serviço a 22 de Setembro.[68] Prevê-se que a entrega das viaturas à Carris – iniciada em Abril de 2023 – seja concluída durante 2024.[66][67][69]
Siemens (501-510)
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Estas dez unidades entraram ao serviço em 1995, sendo adjudicadas ao Depósito de Santo Amaro.[21] Desenhados pelas empresas Siemens e DÜWAG, na Alemanha, estes veículos são constituídos por três unidades articuladas, em caixa de aço inoxidável, totalizando 24 m de comprimento.[21] A velocidade máxima é de 70 km/h, sendo os sistemas de travagem do tipo eletrodinâmico, com recuperação de energia; os travões são de disco, estimulados de forma electro-hidráulica, e equipados com sistemas antipatinagem.[21] Em vez de trólei, utilizado pelos elétricos tradicionais, este veículo dispõe de um hemi-pantógrafo para captar a rede elétrica.[21] Cada veículo possui quatro portas de acesso, cada uma com uma largura de 1,30 m, com um mecanismo de abertura acionável pelos passageiros, no interior ou no exterior, e junto às portas encontram-se máquinas de bilhetes.[21] A altura do piso, no interior, em relação ao solo, é de apenas 30 cm, de forma a facilitar o acesso a utentes com dificuldades de locomoção.[21] A capacidade máxima é de 210 passageiros por veículo, dos quais 65 são sentados.[21] Cada elétrico conta com um equipamento de ar condicionado, e com o sistema integrado de informação "Sibas 16" a bordo, para o condutor.[21] Estes veículos são muito semelhantes aos que estavam a ser utilizados, à época, na cidade de Valência.[21]
Elétricos “caixote”
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Os elétricos da Carris tipo “caixote” foram construídos entre 1952 e 1964 nas oficinas da empresa, com base em diversos chassis preexistentes, e devem o seu nome ao seu perfil de linhas retas. Existiam modelos unidirecionais e bidirecionais, e, entre estes últimos, dois tamanhos: de seis e de dez janelas (respetivamente, de truck único e de dois bogies); existiam também unidades não-motorizadas (reboques) no mesmo figurino.
Menos procurados pelo turismo, todos os “caixotes” foram abatidos ao serviço durante a década de 1980, subsistindo à vista do público alguns exemplares de cada modelo no Museu da Carris, bem como o reboque CCFL 173, estacionado na “raquete” de Belém onde serviu de quiosque da Carris durante muitos anos, tendo sido reconvertido em café em maio de 2013.[3][70][71]
Pessoal
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Em dados de 2018,[1] a Carris emprega 138 guarda-freios, aptos a tripular os seus 63 veículos — numa média ligeiramente superior a dois para cada um. Em décadas recentes, o número de mulheres guarda-freio ao serviço da Carris passou de zero a mais de metade dos novos efetivos.[72]
Além de guarda-freios, a Carris empregou historicamente ao serviço das suas carreiras também cobradores (situação análoga nos autocarros), perfazendo com aqueles uma tripulação de dois elementos que perdurou constante até à década de 1980 — quando este sistema foi substituído pelo de «agente único», associado à criação do passe social com consequente simplificação da bilhética.[carece de fontes]
Ao serviço da frota de elétricos estão também numerosos funcionários dedicados à sua manutenção, por vezes envolvendo reconstruções profundas, e mesmo (entre 1912 e 1987) desenho e montagem de veículos novos.[carece de fontes]
Expansões futuras
Em 2018, durante a cerimónia de reabertura da 24E, foram confirmadas, pelo Presidente da Câmara Fernando Medina, futuras expansões da rede de elétricos de Lisboa. Por um lado, o 24E será brevemente prolongado ao Cais do Sodré. Por outro, o 15E será prolongado, a oeste, à Cruz Quebrada, e a este, a Santa Apolónia e depois ao Parque das Nações.[73] Prevê-se também a criação de uma linha de elétricos rápidos a ligar Entrecampos à Alta de Lisboa.[74] Para tal, serão também adquiridos 30 novos elétricos (10 clássicos e 20 articulados).[75] Em 2019, no âmbito da aquisição dos 15 novos elétricos, foram anunciadas as expansões à Cruz Quebrada, por um lado, e ao Parque das Nações, por outro, estando também em estudo uma possível expansão a Loures.[29]
Ligações externas
- «Blogue Diário do tripulante»
- «Blogue SANTO@AMARO»
- «Blogue Tlim-tlim Xabregas»
- «Blogue História das carreiras da Carris: Carreiras de eléctricos»
- «Fórum "electricos em lisboa / lisbon trams" no SkyScraperCity.COM» Verifique valor
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(ajuda) - «Fórum "Portugal 1979, del 1 Lissabon" em Spårvägssällskapet.SE». (em sueco)
- Números de frota da CCFL, incl. veículos abatidos (em russo)
- The Luso Pages, de John LAIDLAR (em inglês): Carris: empresa e museu, funiculares etc., elétricos (atual), elétricos (hist.).
- Documentação de Ernst Kers sobre a rede e frota CCFL (em inglês)
- Les tramways européens en 1950-1960 : Lisbonne (em francês)
- Mapas e guias da Carris, desde 1950
- Fotos de Alain GAVILLET
- Fotos de Thibault Godin (CCFL, ML, MST)
- «Antigo eléctrico de Lisboa, a circular em La Coruña com o número 100»
- «Antigo eléctrico de Lisboa, a circular nos Caminhos de Ferro de Sóller, com o número 24»
- «Antigo eléctrico de Lisboa, a circular nos Caminhos de Ferro de Sóller, com o número 22»
- «Antigo eléctrico de Lisboa, a circular nos Caminhos de Ferro de Sóller, com o número 21»
- "Pela reactivação do Eléctrico 24, em Lisboa."
- Petição "Pela reactivação do Eléctrico 24, em Lisboa."
Bibliografia
- Luís Cruz FILIPE: Do Dafundo ao Poço do Bispo: Uma História Sobre Carris. 2016
- Maria Amélia Lemos ALVES: Lisboa dos Elevadores / Lifts of Lisbon. Câmara Municipal de Lisboa (ISBN 972-8695-12-8).
- João de AZEVEDO: Lisboa, 125 anos sobre carris. (ISBN 972-8490-01-1).
- Marina Tavares DIAS: História do Eléctrico da Carris / The History of the Lisbon Trams. Quimera; Carris: Lisboa, 2001 (ISBN 972-589-066-3).
- Cristina Ferreira GOMES; Neni GLOCK: Eléctricos de Lisboa, Aventuras sobre Carris. Gradiva: Lisboa.
- B. R. KING; J. H. PRICE (1972): The Tramways of Portugal. LRTA: Yately (Reino Unido), 1972 (2.ª ed.).
- B. R. KING; J. H. PRICE (1983): The Tramways of Portugal. LRTA: Yately (Reino Unido), 1983 (3.ª ed.).
- B. R. KING; J. H. PRICE (1997): The Tramways of Portugal. LRTA: Yately (Reino Unido), 1997 (4.ª ed.) (ISBN 0-948106-19-0).
- Eduardo Cintra TORRES: Cem Anos a Ranger nas Calhas : Antologia de textos e fotografias de Lisboa com eléctrico dentro. Assírio & Alvim (ISBN 972-37-0648-2).
Referências
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- ↑ António Lopes Vieira: “Algumas questões sobre os transportes públicos da cidade de Lisboa nos finais do século XIX” Análise Social XVI:61/62: p.72.
- ↑ Salomão Vieira; Pedro Costa (22 de setembro de 2006). «Cronologia das Linhas de "Americanos" que existiram em Portugal». CPAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro
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- ↑ Sete carros oriundos de Lisboa (incl. o ex-CCFL 247), de uma total de nove em uso sobre via segregada em meio urbano, reabilitada com fins turísticos, com cerca de 1600 m em bitola de 900 mm, em funcionamento entre 1976 e 2003: https://www.detroitmi.gov/?TabId=1263
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- ↑ «APTA Streetcar Heritage Trolley Site: Detroit, MI». American Public Transportation Association. Consultado em 15 de agosto de 2010
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- ↑ Bell, John (24 de janeiro de 2008). «Detroit Downtown Trolley». Consultado em 1 de julho de 2010. Arquivado do original em 14 de março de 2011
- ↑ a b c d e Conjunto de seis carros (ex-CCFL 519 a 524) adquiridos para Aspen, Colorado, em 1978; após abandonado o projeto local[1] em 2003, foram adquiridos dois-a-dois para para Tucson (incl. o 524), Issaquah (incl. o 519), e Whangarei. Dado o seu estado avançado de degradação, um destes (o “23” = ex-CCFL 523?) permaneceu em Aspen, onde acabou por ser restaurado.
- ↑ Ex-CCFL 531 adaptado para bitola local de 914 mm e alimentado por gerador diesel a reboque circulando desde 2000 como único material motor numa linha mista urbano-rural de cariz turístico, em via única, oriundo do museu de Duluth, onde se mantém o ex-CCFL 530 — ambos adquiridos à Carris em 1978. Vd. Carmel ECKER: “Whitehorse has a new claim to fame” Whitehorse Star Daily News (2000). (s/a): The Changing Whitehorse Waterfront. AFY / Miles Canton: Whitehorse, 2013.
- ↑ Ex-CCFL 350, vendido ao grupo de entusiastas A.A.T.C. em 1998, para operação local em regime turístico; restaurado integralmente em 2008.
- ↑ Ex-CCFL 533 e ex-CCFL 910 (adquiridos em 1990; em circulação entre 1994 e 2009; ex-CCFL 910 exterior recarroçado irreconhecível, mas mantida a libré publicitária; retirado por incompatibilidade com novo sistema de bilhética); cp. 土佐電気鉄道910形電車.
- ↑ Mike DINSDALE: “Electric trams find new home at city’s Heritage Park” The Northern Advocate (2013.02.01)
- ↑ anon.: “Vintage electric tram to run again” The Northern Advocate (2017.05.15)
- ↑ O colecionador Paulo Marques é proprietário de vários carros, incl. os ex-CCFL 323, 326, 353, 442, e 615: Rafael Santos: “Férias na cidade V: Restaurante «O Marques», um ícone da cidade” Diário do Tripulante 2009.07.23
- ↑ Ex CCFL 342 e 343 recuperados por particulares e em serviço turístico em Mar del Plata, Argentina.
- ↑ a b Ex-CCFL 734, de Sóller: truck retido para uso futuro e carroçaria exposta em Sa Pobla adaptada a reboque rodoviário (fotos de Jörg Seidel e KT4Daniel) até 2013.
- ↑ Ex-CCFL 776 em Victor, no Colorado, Estados Unidos: adquirido e recuperado por particulares em 2011.
- ↑ Ex-CCFL 332 e 333 no Jardim Gago Coutinho, em Oeiras: respetivamente um parque infantil e um bar (até 2009).
- ↑ Electric Trolley Car No. 530 (Lake Superior Railroad Museum, Duluth)
- ↑ O Parque infantil do Alvito, integrado no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, tem contado com a presença sucessiva de viaturas da Carris adaptadas: Após muitos anos nesse papel, o CCFL 283 foi restaurado e integrado no Museu da Carris. Os mais recentes foram o ex-CCFL 525 (renumerado "1981"; mais tarde monumentalizado e exposto nas instalações de Miraflores) e o ex-CCFL 731.
- ↑ “Background and history”, visitado em 2013.01.04: «mechanical and electrical equipment had to be obtained from almost every corner of the world»: «Controllers from Melbourne and Lisbon»
- ↑ O carro 715 aguardava em Southampton desmontagem para peças para o sistema local, em 2012.
- ↑ Ex-CCFL 616 enviado para a Vossloh Kiepe em 1995 para servir de protótipo ao trabalho desta empresa nos “remodelados” (Thomas Schmidt)
- ↑ O carro CCFL 305 foi adquirido em 1998 pela mais tarde renomeada Llandudno and Colwyn Bay Tramway Society (Ll&CB), do País de Gales, para onde viajou por via marítima, com o objetivo de desmontar os seus bogies para a recuperação de um carro local (Ll&CBER 6, dem. 1956) e uma réplica (Ll&CBER 7), com conversão da bitola de 900 mm para 1067 mm. A caixa, entretanto com a libré verde da Ll&CBERly e o respetivo número de frota 25, foi i.a. exibida em 2000 num festival e vendida em 2008 para a Irlanda, para onde seguiu por via marítima.
- ↑ Três carros, dois bidirecionais e um atrelado(?), adquiridos por particulares de Portland em 1974, conservados intactos e postos à venda em 2003.
- ↑ «El tranvía. Recorrido y estaciones» (em espanhol). Ferrocarril de Sóller. Consultado em 1 de Janeiro de 2012. Arquivado do original em 24 de janeiro de 2010
- ↑ a b c “Carris vende eléctricos” Correio da Manhã (1997.01.03): p.7 (artigo ilustrado com foto do CCFL 775).
- ↑ John Laidlar: “Carris: Companhia Carris de Ferro de Lisboa and the Museu da Carris (Carris Transport Museum)” The Luso Pages, for topics of Anglo-Portuguese interest. (Visitado a 2012.07.06.)
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- ↑ a b c Lisboa Para Pessoas (25 de setembro de 2023). «Os novos eléctricos da Carris já começaram a circular». Lisboa Para Pessoas. Consultado em 25 de novembro de 2023
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- ↑ Mário Rui André (16 de maio de 2023). «Chegou o novo eléctrico articulado da Carris, o primeiro em quase 30 anos». Lisboa Para Pessoas. Consultado em 25 de novembro de 2023
- ↑ Rafael SANTOS: ”Eléctrico de Belém está de volta e em breve com café…” Diário do Tripulante (2013.03.25)
- ↑ Barreirista: ”Bananacafe - Eléctrico” Santo@Amaro (2013.05.19)
- ↑ Bernanrdo AGUIAR: “viagem: Outro Texto: Sobre o ‘28’” essencial (Sol) 89: p.5
- ↑ ««O elétrico vai voltar em força à cidade de Lisboa»». TransportesEmRevista. Consultado em 24 de abril de 2018
- ↑ «12 coisas que vão mudar na Carris até 2019». NiT
- ↑ «Medina anuncia compra de 30 novos eléctricos para Lisboa»
Material motor ferroviário em Portugal
| ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Tipologia ↓ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo |
elétrica: IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v. |
← Tracção | ||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço (ou uso ocasional) | em serviço | Bitola ↓ | ||||||||
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.) | ||||||||||||
automotoras | “592” | remodelados | M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 | 1001 Z1 | 2000 2050 2080 |
remodelados | 2300 2400 3400 3500 4000 | 1668 mm (ibérica) | ||||
VIP⎱ 0350⎰ 0450← |
←0300 ←0400 |
2100⎫ 2150⎬ 2200⎭ ⎰*3100→ ⎱*3200→ |
→2240 →3150* →3250* | |||||||||
9630 | 9500← |
←9700─╮ 9400←╯ |
ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 | (Vale do Lima) | (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) | 1000 mm (métrica) | ||||||
locomotivas | 9000 9020 Lydya |
|
||||||||||
1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 | 1300 1320 1550 1800 1960 |
|
2500 2550 3300* | 2600 2620 4700 5600 | 1668 mm (ibérica) | |||||||
locotratoras | 1150 | 1000 1020 1050 1100 | 005 | |||||||||
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos) | ||||||||||||
bondes |
|
STCP200 STCP270 STCP280 | 1435 mm (padrão) | |||||||||
automotoras | ML7 ML79 | ML90 ML95 ML97 ML99 ML20 ML24 | ||||||||||
LRVs, articulados | MP000 MP100 MP200 C000 | |||||||||||
CCFL501 CCFL601 | 900 mm | |||||||||||
bondes | TUB1 |
|
CCFL001 CCFL003 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737 | |||||||||
(PdV-VdC) | (CCFTNA) (CFPLER) | SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 | (CSA) | 1000 mm (métrica) | ||||||||
locomotivas | CSA 23074 | (Pomarão) | ||||||||||
(Transpraia) (P.d’El-Rei) | (Mira) (CFPL) | 600 mm | ||||||||||
(JAPH) N0(JAPPD) | 2140 mm | |||||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço | em serviço | Bitola ↑ | ||||||||
Tipologia ↑ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo |
elétrica | ← Tracção | ||||||||
Ver também: Linhas • Serviços • Empresas • Multimédia • Acidentes |