Douglas TBD Devastator
Por favor, melhore este artigo, expandindo-o. (Novembro de 2015) |
TBD Devastator | |
---|---|
Um TBD Devastator em 1938. | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Bombardeiro torpedeiro |
País de origem | Estados Unidos |
Fabricante | Douglas Aircraft Company |
Período de produção | 1937-1939 |
Quantidade produzida | 130 |
Primeiro voo em | 15 de abril de 1935 (89 anos) |
Introduzido em | 3 de agosto de 1937 |
Aposentado em | Do serviço ativo: 1942 Completamente: 1944 |
Variantes |
|
Tripulação | 3 - piloto, navegador/oficial de torpedo e operador de rádio/artilheiro |
Especificações (Modelo: TBD-1) | |
Dimensões | |
Comprimento | 10,67 m (35,0 ft) |
Envergadura | 15,24 m (50,0 ft) |
Altura | 4,60 m (15,1 ft) |
Área das asas | 39,2 m² (422 ft²) |
Alongamento | 5.9 |
Peso(s) | |
Peso vazio | 2 540 kg (5 600 lb) |
Peso carregado | 4 213 kg (9 290 lb) |
Peso máx. de decolagem | 4 624 kg (10 200 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 1 x motor radial a pistão Pratt & Whitney R-1830-64 Twin Wasp |
Potência (por motor) | 900 hp (671 kW) |
Performance | |
Velocidade máxima | 331 km/h (179 kn) |
Velocidade de cruzeiro | 206 km/h (111 kn) |
Alcance bélico | 700 km (435 mi) |
Alcance (MTOW) | 1 152 km (716 mi) |
Teto máximo | 5 945 m (19 500 ft) |
Razão de subida | 3,7 m/s |
Armamentos | |
Metralhadoras / Canhões | 1 x metralhadora .30 de 7,62 mm (0,300 in) ou 1 x metralhadora .50 de 12,7 mm (0,500 in) de tiro frontal |
Bombas | 1 x torpedo Mark XIII ou 1 x bomba de 434 kg (957 lb) ou 2 x bombas de 227 kg (500 lb) ou 12 x bombas de 45 kg (99,2 lb) |
Notas | |
Dados de: Magazine Air International[nota 1] |
O Douglas TBD Devastator foi um avião bombardeiro torpedeiro com motor a pistão radial, monomotor e com configuração de asas monoplano, fabricado em 1935 pela Douglas Aircraft Company para a Marinha dos Estados Unidos, que participou dos primeiros estágios da II Guerra Mundial no Pacífico.
Na segunda metade dos anos 30, quando entrou em serviço, o Devastator era considerado o mais avançado avião bombardeiro da marinha norte-americana e possivelmente de qualquer marinha do mundo. Porém, o rápido desenvolvimento da aviação militar no limiar da II Guerra Mundial o transformou num avião ultrapassado por ocasião do ataque japonês a Pearl Harbor.
Após se portar razoavelmente bem nas primeiras batalhas, seus esquadrões foram praticamente dizimados pelos caças e pela marinha japonesa durante a Batalha de Midway em junho de 1942, sendo imediatamente retirados do serviço após a batalha e substituídos pelos TBF Avenger.
Histórico de guerra
Nos primeiros dias da Guerra do Pacífico, os TDB se portaram com valor na Batalha do Mar de Coral, onde ajudaram a afundar o porta-aviões japonês IJN Shoho. Entretanto, problemas com os torpedos dos aviões foram descobertos nessa época. Vários deles pareciam atingir os alvos mas não explodiam, e mostravam uma tendência, depois de lançados, de correrem rumo ao alvo numa profundidade maior do que a estipulada, passando por baixo dos navios, sem atingi-los. A marinha calculou em um ano o prazo para corrigir os problemas.
O avião continuava ainda não confiável quando da ocasião da Batalha de Midway, um mês depois. Os porta-aviões USS Hornet (CV-8), USS Enterprise (CV-6) e USS Yorktown (CV-5) lançaram 49 Devastators de encontro à marinha japonesa. Seus caças de escolta perderam contato e quando os TDBs chegaram ao alvo e iniciaram o ataque se encontravam sem proteção. O lançamento de torpedos contra um navio exigia uma longa corrida em linha reta, em baixa altitude e velocidade até o alvo, tornando os aviões vulneráveis durante este momento, eles foram alvos fáceis para os velozes e ágeis caças Mitsubishi A6M da escolta japonesa e para a artilharia dos navios.
Dos 49 aviões que atacaram os porta-aviões inimigos, apenas quatro retornaram e nenhum de seus torpedos atingiu o alvo. Seu sacrifício, entretanto, provocou uma grande desorganização na defesa aérea japonesa, que permitiu aos caças bombardeiros SBD Dauntless que os seguiram acertar e destruir todos os porta-aviões do Japão envolvidos na batalha, que se tornou na primeira vitória aeronaval dos Estados Unidos na guerra.
A marinha imediatamente retirou os TBD da ação na linha de frente após Midway. Na verdade, sobravam apenas um total de 39 deles em serviço e estes remanescentes foram utilizados em um breve tempo de serviço no Atlântico e em esquadrões de treinamento de pilotos até 1944. Nenhum deles ficou em uso ao fim da guerra.
Além da fragilidade do avião e de seu sistema de lançamento de torpedos, a causa do desastre acontecido em Midway com os TBD Devastators foi também devido à vulnerabilidade deste tipo de aeronave contra uma artilharia naval antiaérea bem treinada e seus caças de proteção e escolta. Sem uma bem feita escolta de caças para combater os japoneses e desviar a atenção dos artilheiros dos navios, nem mesmo os seus substitutos mais modernos, os TBD Avengers, conseguiram escapar das pesadas perdas que ainda seriam sofridas no Pacífico.
Unidades remanescentes
Não há aeronaves expostas em museus ou acervos particulares, tampouco exemplares do TBD Devastator em condições de aeronavegabilidade.
Naufrágio do porta-aviões USS Lexington (CV-2)
Afundado deliberadamente em 8 de maio de 1942 durante a Batalha do Mar de Coral com 35 aeronaves embarcadas, o porta aviões norte-americano somente seria localizado no século seguinte, em 4 de março de 2018, pela tripulação da embarcação de pesquisa R/V Petrel. Repousando à aproximadamente 3.000 metros de profundidade (800 km da costa leste da Austrália), 11 dos seus aviões foram identificados pela equipe, contabilizando três Douglas SBD Dauntless, um Grumman F4F-3 Wildcat, além de sete unidades do bombardeiro torpedeiro Douglas TBD-1 Devastator. [1]
Notas
- ↑ Air International March 1990, p. 152.
Referências
- ↑ «Wreck of Aircraft Carrier USS Lexington Located in Coral Sea After 76 Years | Paul Allen». Paul Allen (em inglês). Consultado em 30 de março de 2018