Úrsula Hilaria Celia Caridad Cruz Alfonso, nome artístico de Celia Cruz, (Havana, 21 de outubro de 1925 — Fort Lee, 16 de julho de 2003) foi uma cantoracubana. Apelidada de "A Rainha da Salsa" e "La Guarachera de Cuba", ela é amplamente considerada uma das artistas latinas mais populares e importantes do Século XX e um ícone da música latina. Ela foi um dos maiores expoentes de seu gênero, bem como uma das artistas musicais mais influentes de seu país.[1]
Celia Cruz também tornou famosa a expressão "Açúcar!", que adotou e ficou na memória coletiva como sua frase de identificação, que gritava como um anúncio carnavalesco incitando a diversão. Com um estilo único e uma imagem icônica de apelo inigualável, graças a um dom carismático e musical difícil de repetir, Celia Cruz é considerada um autêntico símbolo da cultura latina em todo o mundo.[2]
Sua constante evolução no mundo da música a ajudou a permanecer em vigor praticamente até sua morte e conquistar novas gerações de seguidores. Sua carreira formou um legado inestimável e uma referência incontornável para as gerações futuras que descobriram nela uma fonte de inspiração impressionante e prolífica. Algumas das músicas interpretadas por ela fazem parte do patrimônio cultural da América Latina. Entre as mais famosas estão "Quimbara", "Burundanga", "Que le den candela", "La vida es un carnaval", "La negra tiene tumbao" e a versão salsa de I Will Survive, entre muitas outras. Em 2021, a revista Rolling Stone classificou "La vida es un carnaval" entre as 500 melhores músicas de todos os tempos, na posição 439.
Saiu de seu país em 1959, nunca mais retornando, em virtude do regime de Fidel Castro. Foi para o México, onde gravou com outros artistas como Tito Puente. Do México mudou-se para Nova York, onde passou a maior parte de sua vida e morou até o fim dela.[3]
Foi a maior intérprete cubana, tendo recebido vinte discos de ouro e recebendo o título de "Rainha da Salsa".[4]
Participou da novela mexicana, "El alma no tiene color" (1997), exibida no Brasil em 2001 pelo SBT com o título "A Alma não Tem Cor". Foi casada durante 41 anos, com o trompetista do grupo "La Sonora Matancera" Pedro Knight. Em 16 de julho de 2003, ela morreu de um tumor maligno no cérebro em sua casa em Fort Lee, Nova Jersey.
Depois de sua morte seu corpo embalsamado foi levado para Miami e Nova Iorque, de tal maneira que todos puderam render homenagens.[5]
Seu sepultamento reuniu mais de 150 mil pessoas em Miami e em New York. O mundo inteiro lhe rendeu homenagens. America Latina se rendeu aos seus pés e a comunidade artística mundial reconhecia a um de seus mais altos expoentes. O sepultamento de Nova York constituiu um dos maiores que essa cidade recorda, superando inclusive ao de Judy Garland em 1969.[carece de fontes?] Foi sepultada no Cemitério de Woodlawn.
Em Fevereiro de 2004 , seu último álbum, publicado depois de sua morte, ganhou um prêmio póstumo em os Premios Lo Nuestro como melhor álbum de salsa do ano. Recentemente teve uma música sua inserida no jogo Call of Duty: Black Ops, na primeira fase, é possível ouvir "Quimbara" ao fundo do bar.[6]