Cantão (cidade)
| ||
---|---|---|
Do topo para baixo e da esquerda para direita: panorama urbano do centro financeiro; Torre de Cantão; Catedral do Sagrado Coração; Torre Zhenhai; estátua dos Cinco Bodes. |
||
Localização | ||
Mapa de Cantão | ||
Coordenadas | 23° 07′ 39″ N, 113° 14′ 50″ L | |
País | China | |
Província | Guangdong | |
Administração | ||
Prefeito | Wen Guohui | |
Características geográficas | ||
Área total | 7.434,4[1] | |
População total | 14 904 400 hab. | |
• População urbana | 11 547 491 | |
• População metropolitana | 25 000 000 | |
Sítio | english |
Cantão[2][3] ou Guangzhou (em chinês tradicional: 廣州; chinês simplificado: 广州; pinyin: Guǎngzhōu), historicamente também conhecida como Kwangchow, é uma cidade da República Popular da China, capital e maior cidade da província de Cantão (Guangdong). Através do Rio das Pérolas, cerca de 120 km a noroeste de Hong Kong e 145 km ao norte de Macau, a cidade tem uma história de mais de 2200 anos e foi um dos principais terminais da Rota da Seda marítima[4] e continua a servir como um importante centro de transportes, além de ser uma das três maiores cidades da China.[5]
Cantão está no coração da área metropolitana mais populosa da China continental, que se estende às cidades vizinhas de Foshan, Dongguan, Zhongshan e Shenzhen, formando uma das maiores aglomerações urbanas do planeta. Administrativamente, a cidade possui estatuto subprovincial[6] e é uma das nove cidades centrais nacionais da China.[7] No final de 2018, a população da ampla área administrativa da cidade era estimada em 14 904 400 pelas autoridades da cidade, um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior.[8] Cantão é classificada como uma cidade global "Alpha"[9] e há um número crescente de residentes temporários estrangeiros e imigrantes do Sudeste Asiático, do Oriente Médio, da Europa Oriental e da África.[10][11] Isso levou a ser apelidada de "Capital do Terceiro Mundo".[12]
A população migrante doméstica de outras províncias da China representou 40% da população total da cidade em 2008. Juntamente com Xangai, Pequim e Shenzhen, Cantão possui um dos mercados imobiliários mais caros da China.[13] No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, pessoas da África Subsaariana que inicialmente se estabeleceram no Oriente Médio e em outras partes do sudeste da Ásia mudaram-se em número sem precedentes para Cantão em resposta à crise financeira asiática de 1997/98.[14]
Por muito tempo o único porto chinês acessível à maioria dos comerciantes estrangeiros, a cidade caiu para os britânicos durante a Primeira Guerra do Ópio. Não tendo mais o monopólio após a guerra, perdeu o comércio para outros portos, como Hong Kong e Xangai, mas continuou a servir como um grande entreposto. No comércio moderno, Cantão é mais conhecida por sua feira anual, a maior e mais antiga da China. Por três anos consecutivos (2013–2015), a Forbes a classificou como a melhor cidade comercial da China continental.[15]
Etimologia
Guǎngzhōu é a romanização pinyin do nome chinês 廣州, que foi simplificada na China continental para 广州 na década de 1950. O nome da cidade foi retirado da antiga província de Guang (Guang Zhou), depois que ela se tornou a sede do governo da prefeitura, o que também ocorreu com algumas outras cidades chinesas, como Hangzhou, Suzhou e Fuzhou. Antes de adquirir seu nome atual, a cidade era conhecida como Panyu, um nome ainda usado por um dos distritos de Cantão, não muito longe da cidade principal. A origem deste nome ainda é incerta, com 11 explicações diversas,[16] incluindo a possibilidade de se referir a duas montanhas locais.[17][18]
O nome em português "Cantão" ou "Cidade de Cantão"[19] é uma confusão de pronúncias dialéticas de "Guangdong".[20][21] Embora originalmente se aplicasse à cidade murada, ocasionalmente o termo era usado também para Guangdong por alguns autores.[22][23]
História
Pré-história
Um assentamento agora conhecido como Nanwucheng estava presente na área de Cantão em 1100 a.C..[24][25] Algumas histórias chinesas tradicionais colocaram a fundação de Nanwucheng durante o reinado de Ji Yan,[26][27] da Dinastia Chou, entre 38 e 396 aC. Dizia-se que ele consistia em pouco mais do que uma paliçada de bambu e lama.[26][27]
Nanyue
Panyu foi estabelecida na margem leste do rio das Pérolas[28] em 214 a.C. para servir de base para a primeira invasão fracassada do Império Qin das terras dos povos baiyue, no sul da China. Relatos lendários afirmavam que os soldados de Panyu estavam tão vigilantes que não removeram suas armaduras por três anos.[29] Após a queda da Dinastia Qin, o general Zhao Tuo estabeleceu seu próprio reino de Nanyue e fez de Panyu sua capital em 204 a.C.. A região permaneceu independente através da Disputa Chu-Han, embora Zhao tenha negociado o reconhecimento de sua independência em troca de sua submissão nominal aos Han em 196 aC.[30] Evidências arqueológicas mostram que Panyu era um centro comercial expansivo: além de itens do centro da China, os arqueólogos encontraram restos originários do sudeste da Ásia, Índia e até da África.[31]
China imperial
Incorporado à Dinastia Han, Panyu tornou-se uma capital provincial. Em 226 d.C., tornou-se a sede da província da prefeitura de Guang, que lhe deu seu nome moderno. O Antigo Livro de Tang descreveu Cantão como um porto importante no sul da China.[32] As rotas diretas conectavam o Oriente Médio e a China, como mostram os registros de um prisioneiro chinês que volta do Iraque doze anos após sua captura em Talas.[33] As relações nem sempre eram pacíficas: piratas árabes e persas[34] saquearam a cidade em 30 de outubro de 758[35] e foram massacrados pelo rebelde chinês Huang Chao em 878, juntamente com judeus, cristãos,[36][37][38] e parses.[39][40] O porto teria sido fechado por cinquenta anos após o caos.[34]
Entre as cinco dinastias e os dez reinos que se seguiram ao colapso da Dinastia Tang, o governador de Liang Yan, mais tarde, usou sua base em Panyu para estabelecer um império "Grande Yue" ou "Han do sul", que durou de 917 a 971. A região teve considerável sucesso cultural e econômico nesse período. Entre os séculos X e XII, há registros de que as grandes comunidades estrangeiras não eram exclusivamente do sexo masculino, mas incluíam "mulheres persas".[41][42] Segundo Odorico de Pordenone, Cantão era do tamanho de três Venezas e rivalizava com toda a Itália na quantidade de artesanato que produzia. Ele também observou a grande quantidade de gengibre disponível, bem como grandes gansos e cobras.[43] Cantão foi visitada pelo viajante marroquino ibne Batuta durante sua jornada do século XIV ao redor do mundo.[44]
Logo após a declaração da Dinastia Ming pelo imperador Hongwu, ele reverteu seu apoio anterior ao comércio exterior e impôs o primeiro de uma série de proibições marítimas (haijin).[45] These banned private foreign trade upon penalty of death for the merchant and exile for his family and neighbors.[46] Eles proibiram o comércio exterior privado sob pena de morte para o comerciante e o exílio para sua família e vizinhos.[46] As intenções marítimas da Era Iuã de Cantão, Quanzhou e Ningbo foram proibidas em 1384[47] e o comércio legal ficou limitado às delegações de tributo enviadas a ou por representantes oficiais de governos estrangeiros.[48]
Após a conquista portuguesa de Malaca, Rafael Perestrello viajou para Cantão como passageiro em um junco nativo em 1516.[49] Seu relatório induziu Fernão Pires de Andrade a navegar para a cidade com oito navios no ano seguinte,[49] mas a exploração de de Andrade[50] foi entendida como espionagem[51] e seu irmão Simão e outros começaram a tentar monopolizar o comércio,[52] escravizando mulheres[53] e crianças chinesas,[54] envolvendo-se em pirataria[55] e fortalecendo a ilha de Tamão.[56][57] Circulavam boatos de que portugueses estavam comendo as crianças.[58][54] O governo de Cantão ficou então encarregado de expulsá-los:[55] eles venceram os portugueses na Batalha de Tamão[59] e na Baía de Xicao; ele mantiveram o diplomata Tomé Pires como refém em uma tentativa fracassada de pressionar a restauração do sultão de Malaca,[60] que havia sido considerado um vassalo Ming;[61] e, depois de mantê-los aprisionados por quase um ano, os executaram pela "morte por mil cortes".[62] Com a ajuda de piratas locais,[58] os "Folangji" realizaram contrabando em Macau, Lampacau e na ilha de São João (hoje Sanchoão),[53] até Leonel de Sousa legalizar seu comércio com subornos ao almirante Wang Bo (汪 柏) e ao Acordo Luso-Chinês de 1554. Os portugueses se comprometeram a não aumentar fortificações e pagar taxas alfandegárias;[63] três anos depois, depois de ajudar os chineses a suprimir seus antigos aliados piratas,[64] os portugueses foram autorizados a armazenar suas mercadorias em Macau, em vez de em Cantão.[65]
Geografia
Localizada no centro-sul de Guangdong, nas margens do rio das Pérolas, Cantão é uma cidade litorânea, situada perto das montanhas Baiyun. A elevação da cidade geralmente aumenta de sudoeste para nordeste, com as montanhas que formam a espinha dorsal da cidade, e que compreende o oceano.
Clima
Cantão apresenta um clima subtropical úmido, diretamente influenciado pelas monções do sudeste asiático, tendo as estações do ano levemente diferenciadas, principalmente o verão e o inverno. Em circunstâncias habituais, os outonos, entre outubro e dezembro, assim como as primaveras, entre abril e junho, são amenos e ventosos, enquanto os invernos, entre janeiro e março, são breves e secos, e os verões, entre julho e setembro, são longos e relativamente quentes. O mês mais frio é janeiro, com temperatura média de 13,6 °C, e o mês mais quente é julho, com temperatura média de 28,6 °C, com uma média anual de 22,6 °C, sendo considerada uma das grandes cidades mais quentes da China. Ocasionalmente, as temperaturas podem ultrapassar facilmente os 30 °C durante o verão (principalmente nas duas últimas semanas de julho), e cair abaixo de 10 °C no inverno, podendo chegar aos 5 °C em determinadas madrugadas (principalmente na última semana de janeiro). A maior temperatura já registrada na Subprovíncia de Cantão foi de 39,1 °C em 19 de julho de 2013, e a menor já registrada foi de 0 °C em 27 de dezembro de 1927. Desde 1910, já foram registradas duas vezes a ocorrência de neve em Cantão, a primeira em 12 de janeiro de 1929 (quando as temperaturas chegaram a 0,2 °C), e em 24 de janeiro de 2016 (quando foram registrados 0,1 °C na cidade), 87 anos depois da primeira ocorrência.[66] No entanto, o fenômeno da água-neve já foi registrado em Cantão dezessete vezes desde 1910, nos anos de 1911, 1919, 1926, 1927, 1940, 1966, 1983, 1994 e 2002. Em média, a umidade relativa do ar é de 68% em Cantão ao longo do ano, a maior proporção média entre as grandes cidades chinesas.
Demografia
|
Segundo dados de 2010, Cantão possuí 12 780 800 habitantes, figurando como a terceira cidade mais populosa da China, sendo superada somente por Xangai e pela capital, Pequim. Em relação a população segundo o censo do ano 2000, de 9 942 020 habitantes,[68] houve um crescimento populacional de 25,7% — superior ao registrado entre os anos de 1990 e 2000, em que a população de Cantão cresceu 22,5%.[68] Segundo dados do governo local datados do ano 2000, a cidade possuí 2,3 milhões de famílias, com cerca de 3,1 pessoas por família.[69]
Cerca de 12,3% da população de Cantão (Guangdong), de 104 303 132 habitantes (dados de 2010), vive em Cantão, e, assim como a província, boa parte de sua população é oriunda de outras províncias chinesas[69] — e até de outros países asiáticos, como Coreia do Sul, Japão, Indonésia e Malásia.[69]
Religião
Apesar do cristianismo não ser a religião predominante da população de Cantão, essa religião é um dos principais símbolos da cidade.
A mesquita de Huaisheng, localizada em Cantão, é uma das mais antigas mesquitas da China.[70] O budismo, entretanto, é a religião predominante da população da cidade.[71]
A cidade ainda possuí uma grande comunidade de judeus, além da presença das Associação Budista de Cantão e a Associação Daoísta de Cantão;[72] Entretanto, a cidade ainda possuí diversas vertentes religiosas, muitas delas não registradas oficialmente.[73]
Política
Relações internacionais
Cantão tem acordos de geminação com 23 cidades internacionais.[74][75]
|
|
Divisões administrativas
Politicamente falando, Cantão é, na China, uma subprovíncia administrativa, uma entidade, que de modo semelhante a uma subprefeitura chinesa, na forma de uma cidade, é governado por uma província (no caso Cantão (Guangdong)), mas é administrada de forma independente em relação à economia e jurisdição. Cantão é divida, por tanto, em 10 distritos (ou condados) e duas cidades com status legal de distritos, isto é, apesar de serem, tecnicamente, cidades, não são independentes, e sim subordinadas a uma subprovíncia administrativa (no caso a de Cantão), sendo governadas por ela;
Mapa | Nome | Chinês simplificado | Hanyu Pinyin | População (2010 census) |
Área (km2) |
Densidade (/km2) | |||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Yuexiu | 越秀区 | Yuèxiù Qū | 1 157 277 | 33,80 | 34 239 | ||||||
Liwan | 荔湾区 | Lìwān Qū | 898 204 | 59,10 | 15 198 | ||||||
Haizhu | 海珠区 | Hǎizhū Qū | 1 558 663 | 90,40 | 17 242 | ||||||
Tianhe | 天河区 | Tiānhé Qū | 1 432 431 | 96,33 | 14 870 | ||||||
Baiyun | 白云区 | Báiyún Qū | 2 222 658 | 795,79 | 2 793 | ||||||
Huangpu | 黄埔区 | Huángpù Qū | 831 600 | 484,17 | 1 717 | ||||||
Panyu | 番禺区 | Pānyú Qū | 1 764 869 | 786,15 | 2 245 | ||||||
Huadu | 花都区 | Huādū Qū | 945 053 | 970,04 | 974 | ||||||
Nansha | 南沙区 | Nánshā Qū | 259 899 | 527,65 | 493 | ||||||
Zengcheng | 增城区 | Zēngchéng Qū | 1 036 731 | 1 616,47 | 641 | ||||||
Conghua | 从化区 | Cónghuà Qū | 593 415 | 1 974,50 | 301 | ||||||
Total | 12 700 800 | 7 434,40 | 1 708 |
A partir de abril de 2005, os distritos de Dongshan e Fangcun deixaram de existir, se fundindo aos distritos de Yuexiu e à Liwan, respectivamente; Ao mesmo tempo, o distrito de Nansha foi criado a partir do distrito de Panyu, e o distrito de Luogang, por sua vez, também foi criado a partir dos distritos de Baiyun, Tianhe, e da cidade-condado de Zengcheng, além de uma parte do Huangpu, fazendo um enclave ao lado deste.
Economia
Cantão é o principal centro manufatureiro da região do rio Zhu Jiang, e um dos principais centros industriais e comerciais da China. Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade chegou a CNY 911,2 bilhões (cerca de US$ 133,5 bilhões),[76] enquanto seu PIB per capita no mesmo ano alcançou CNY 89,4 mil (aproximadamente US$ 13,1 mil, mais que o dobro da média nacional).[76]
A China Import and Export Fair, também chamada de Canton Fair, é uma feira realizada todos os anos entre abril e outubro pelo Ministério do Comércio chinês. Inaugurado em maio de 1957, a Feira é um evento importante para a cidade. Essa é a maior feira de exportação e importação do mundo, reunindo, na 109ª edição do evento (em 2011) mais de 200 mil compradores de mais de 40 países.[77] Só na edição de 2011, a feira movimentou cerca de US$ 25 bilhões (cerca de CNY 170 bilhões).[77]
O setor de comércio e serviços também vem ganhando espaço na economia de Cantão.
Zonas industriais
A Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Cantão foi fundada em 2005. Ela está localizada no distrito Nansha. As principais indústrias instaladas na zona incluem automobilística, biotecnologia e indústria pesada. Situa-se perto de Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun e do Porto de Shenzhen.
A Zona Franca de Cantão foi fundada em 1992, está localizada à leste do distrito de Huangpu, perto da Zona de Desenvolvimento Economico e Tecnológico da cidade. Situa-se também bem perto do aeroporto internacional da cidade.[78] As principais atividades industriais do local incluem indústrias de informática, comércio internacional, logística e indústria de transformação.
A Zona Científica de Cantão, inaugurada em 2008, reúne diversas indústrias ligadas à alta-tecnologia, possuindo um dos maiores parques de pesquisas científicas do sul da China.
Infraestrutura
Transportes
Guangzhou possuí estações ligadas às ferrovias de Jingguang (Pequim-Cantão), Guangshen (Cantão-Shenzhen), Guangmao (Cantão-Maoming) e da estação ferroviária de Guangmeishan (Cantão-Meizhou-Shantou). No final de 2009, o trem bala de Wuhan-Cantão foi inaugurado, com unidades que cobrem 980 km a uma velocidade média de 320 km/h. Em janeiro de 2011, o Cantão-Zhuhai, por sua vez, também começou suas atividades, com unidades a uma velocidade média de 200 km/h.
Quando a primeira linha de metrô foi inaugurada em Cantão, em 1997, a cidade se tornou a quarta do país a possuir sistema de linhas subterrâneas, depois de Xangai, Pequim e Tianjin. O atual complexo de linhas subterrâneas, que formam o metrô da cidade, é constituído por oito linhas, que se estendem por 236 km. Existem planos do governo local de ampliar as linhas de metro da cidade, chegando a 500 km de extensão, divididos em 15 linhas, que deve ser inaugurada por volta de 2020.
Em 2010, Cantão inaugurou a segunda maior linha de ônibus no estilo BRT do mundo (depois da linha BRT de Bogotá, Colômbia), baseada na bem-sucedida linha de transporte público de Curitiba, Brasil. As atuais 22,5 km de linhas transportam diariamente 800 mil pessoas. Várias ampliações são planejadas pelo governo local. Atualmente, Cantão é a cidade que possuí a maioria dos veículos abastecidos à GLP do mundo. No final de 2006, 6 500 ônibus e 16 000 táxis de Cantão usavam GLP, o que representa 85% de todos os ônibus e táxis da cidade naquele período. Em janeiro de 2007, o governo municipal proibiu motocicletas em áreas urbanas. Motociclistas que desrespeitam a lei tem seus veículos apreendidos.[79] O departamento de tráfego Cantão afirmou ter relatado problemas de tráfego reduzido e acidentes no centro da cidade desde a proibição.[80]
O principal aeroporto da cidade é o Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun, localizado no distrito de Huadu, inaugurado em agosto de 2004. Esse aeroporto é o segundo maior da China em termos de trafégo. Ele substituí o antigo Aeroporto Internacional de Baiyuan, que era muito próximo do centro da cidade e já não atendia a alta demanda. O aeroporto atualmente possuí duas pistas, porém existem planos para a construção de mais três delas.[81]
Educação
Algumas das principais universidades e faculdades instaladas na cidade:
- Universidade de Sun Yat-sen (中山大学) (fundada em 1924)
- Universidade para a Tecnologia da Região Sul da China (华南理工大学)
- Universidade Jinan (暨南大学) (fundada in 1906)
- Universidade para a Agricultura da Região Sul da China (华南农业大学) (fundada em 1909)
- Universidade de Estudos Estrangeiros de Cantão (广东外语外贸大学)
- Universidade para a Tecnologia de Cantão (广东工业大学)
- Universidade Farmacêutica de Cantão (广东药学院)
- Universidade para Estudos Econômicos de Cantão (广东商学院)
- Universidade de Medicina Chinesa de Cantão (广州中医药大学)
- Universidade Municipal de Cantão (广州大学)
- Centro de Belas Artes de Cantão (广州美术学院)
- Conservatório Musical de Xingai (星海音乐学院)
- Universidade Politécnica de Cantão(广东技术师范学院)
- Universidade Desportiva de Cantão (广州体育学院)
- Faculdade de Medicina de Cantão (广州医学院)
- Universidade Zhongkai para Agricultura e Engenharia (仲恺农业工程学院)
- Universidade de Finanças de Cantão (广东金融学院)
- Instituto para Ciência e Tecnologia de Cantão (广东省科技干部学院)
Cultura
Segundo o jornal chinês Renmin Ribao, o cantonês é a principal língua para mais da metade dos habitantes de Cantão, enquanto o mandarim é falado de forma primária por quase toda a metade restante.[82] Outra língua também falada pelos moradores da cidade, porém de forma menos significativa, está o hakka. Em 2008, 40% da população da cidade era formada por imigrantes, a maioria deles vinda de zonas rurais, falando apenas mandarim.
Esporte
Em 2010, Cantão recebeu a 16ª edição dos Jogos Asiáticos, de 12 a 27 de novembro daquele ano, além dos primeiros Jogos Para Asiáticos, de 12 a 19 de dezembro do mesmo ano, figurando como os maiores eventos esportivos que cidade já recebeu, em toda sua história.
Fora isso, Cantão também já recebeu, anteriormente:
- A 6.ª edição dos Jogos Nacionais da República Popular da China de 1987
- A 1.ª Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino, em 1991
- A 9.ª edição dos Jogos Nacionais da República Popular da China, em 2001
Ver também
Referências
- ↑ 土地面积、人口密度(2008年). Statistics Bureau of Guangzhou. Consultado em 8 de fevereiro de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 23 de março de 2015
- ↑ Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e Gentílicos. I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022
- ↑ 海上丝绸之路的三大著名港口. People.cn. Consultado em 20 de maio de 2014. Cópia arquivada em 3 de junho de 2016
- ↑ «Tourism Administration of Guangzhou Municipality». visitgz.com. Consultado em 21 de março de 2010. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2010
- ↑ 中央机构编制委员会印发《关于副省级市若干问题的意见》的通知. 中编发[1995]5号. docin.com. 19 de fevereiro de 1995. Consultado em 28 de maio de 2014. Cópia arquivada em 29 de maio de 2014
- ↑ 全国乡镇规划确定五大中心城市. Southern Metropolitan Daily. 9 de fevereiro de 2010. Consultado em 29 de julho de 2010. Cópia arquivada em 31 de julho de 2013
- ↑ «广州常住人口去年末超1490万». Consultado em 16 de março de 2019. Cópia arquivada em 16 de fevereiro de 2019
- ↑ «The World According to GaWC 2016». Globalization and World Cities Research Network. 31 de março de 2017. Consultado em 17 de abril de 2017. Cópia arquivada em 10 de outubro de 2013
- ↑ China cracks down on African immigrants and traders Arquivado em 2016-11-16 no Wayback Machine, The Guardian, 6 de outubro de 2010
- ↑ Huang, Junjie (黄俊杰) (11 de junho de 2008). 广州一不小心成了"第三世界"首都?. 新周刊 (277). Cópia arquivada em 21 de outubro de 2016
|arquivourl=
requer|url=
(ajuda) - ↑ «广州常住非裔人士或达30万 被称作第三世界首都» 广州常住非裔人士或达30万 被称作第三世界首都 (em chinês). Consultado em 18 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 1 de dezembro de 2017
- ↑ Cheng, Andrew; Geng, Xiao (6 de abril de 2017). «Unlocking the potential of Chinese cities». China Daily. Consultado em 28 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 28 de setembro de 2017
- ↑ Mensah Obeng, Mark Kwaku (2018). «Journey to the East: a study of Ghanaian migrants in Guangzhou, China». Canadian Journal of African Studies: 1–21. doi:10.1080/00083968.2018.1536557
- ↑ «Guangzhou tops best mainland commercial cities rankings». chinadaily. 16 de dezembro de 2014. Consultado em 1 de fevereiro de 2016. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2016
- ↑ 番禺求证
- ↑ Xu, Jian (c. 720), 初學記 [Chuxueji, Records for Initial Studies] (em chinês)
- ↑ 中国古今地名大词典, Shanghai: Shanghai Cishu Dacidian, 2005, p. 2901
- ↑ Santa Barbara Portuguese Studies, Vols. I–II, Jorge de Sena Center for Portuguese Studies, 1994, p. 256
- ↑ T'ien Hsia Monthly, Vol. VIII, Sun Yat-sen Institute, 1939, p. 426
- ↑ «Can·ton·ese», Merriam-Webster's Collegiate Dictionary, 11th ed., ISBN 9780877798095, Springfield: Merriam-Webster, 2004, consultado em 31 de agosto de 2017, cópia arquivada em 4 de maio de 2011
- ↑ Yule, Henry; A.C. Burnell (13 de junho de 2013), Kate Teltscher, ed., Hobson-Jobson: The Definitive Glossary of British India, ISBN 9780199601134, reprinted by Oxford University Press, 2013, "Canton"
- ↑ Hamilton, Alexander (1744), Kate Teltscher, ed., A New Account of the East Indies: Giving an Exact and Copious Description of the Situation, reprinted by Oxford University Press, 2013, "[1]"
- ↑ Short, John R. (1992), Human Settlement, Oxford: Oxford University Press, p. 212
- ↑ Peter Haggett (ed.), Encyclopedia of World Geography, Vol. 20: China and Taiwan, Marshall Cavendish, p. 2844
- ↑ a b (Gray 1875, p. 1–2)
- ↑ a b (ACC 1845, p. 82)
- ↑ EB (1878), p. 37.
- ↑ (Gray 1875, p. 3)
- ↑ Taylor, Keith Weller (1991), The Birth of Vietnam, Berkeley: University of California Press, p. 24
- ↑ Yi Song-mi Erickson, Susan N.; Nylan, Michael (2010), «The Archaeology of the Outlying Lands», in: Nylan-Loewe, China's Early Empires, p. 163
- ↑ 刘煦.旧唐书·王方庆传〔M〕.北京:中华书局,1975
- ↑ 杜佑.通典, 卷191〔M〕, Beijing: 中华书局, 1984
- ↑ a b Sluglett, Peter; Currie, Andrew (2014). Atlas of Islamic History. New York: Routledge. 81 páginas. ISBN 978-1-138-82130-9
- ↑ Bretschneider, E. (1871), On the Knowledge Possessed by the Ancient Chinese of the Arabs and Arabian Colonies and Other Western Countries, Mentioned in Chinese Books, London: Trübner & Co., p. 10, consultado em 6 de novembro de 2015, cópia arquivada em 8 de março de 2017
- ↑ Gabriel Ferrand, ed. (1922), Voyage du Marchand Arabe Sulaymân en Inde et en Chine, Rédigé en 851, suivi de Remarques par Abû Zayd Hasan (em francês), p. 76
- ↑ «Kaifung Jews», Overview of World Religions, University of Cumbria
- ↑ أبوزيد حسن السيرافي ،"رحلة السيرافي"،المجمع الثقافي، أبو ظبي، عام 1999م (Abu Zayd Husayn al-Sirafi, Rihlat al-Sirafi, al-Mujamma' al-thaqafi, Abu Dhabi, 1990)
- ↑ Abu Zayd as-Sirafi, رحلة السيرافي [The Journey of As-Sirafi] (em árabe)
- ↑ Guy, John (1986), Oriental Trade Ceramics in South-East Asia, Ninth to Sixteenth Centuries: With a Catalogue of Chinese, Vietnamese and Thai Wares in Australian Collections, Oxford: Oxford University Press, p. 7
- ↑ Memoirs of the Research Department of the Toyo Bunko (Oriental Library), No. 2. Ann Arbor: Toyo Bunko. 1928. p. 34. Consultado em 6 de novembro de 2015. Cópia arquivada em 16 de maio de 2016
- ↑ Lombard-Salmon, Claudine (2004). «Les Persans à l'Extrémité Orientale de la Route Maritime (IIe A.E. -XVIIe Siècle)». Archipel. Archipel. 68: 40. doi:10.3406/arch.2004.3830
- ↑ Yule 2002, p. 121.
- ↑ Dunn (2005), p. 259.
- ↑ Von Glahn (1996), p. 90.
- ↑ a b Li (2010), p. 3.
- ↑ Von Glahn (1996), p. 116.
- ↑ Von Glahn (1996), p. 91.
- ↑ a b Knight's (1841), p. 135.
- ↑ Cortesao (1944), p. xxxiv.
- ↑ Wills (1998), p. 331.
- ↑ Wills (1998), pp. 331–2.
- ↑ a b Douglas (2006), p. 11.
- ↑ a b Wills & al. (2010), p. 28.
- ↑ a b Dutra & al. (1995), p. 426.
- ↑ Wills (1998), pp. 337–8.
- ↑ Cortesao (1944), p. xxxvii.
- ↑ a b Subrahmanyam, Sanjay, The Portuguese Empire in Asia, 1500–1700: A Political and Economic History, Wiley Blackwell, p. 130
- ↑ Wills (1998), p. 339.
- ↑ Cortesao (1944), p. xl, xliii.
- ↑ Wills (1998), p. 340.
- ↑ Cortesao (1944), p. xliv–v.
- ↑ Willis (1998), p. 343.
- ↑ Wills (1998), p. 343–344.
- ↑ Porter, Jonathan (1996), Macau, the Imaginary City: Culture and Society, 1557 to the Present, ISBN 978-0-8133-3749-4, Westview Press
- ↑ http://news.southcn.com/g/2016-01/24/content_141390169.htm
- ↑ a b c http://gd-info.gov.cn/books/209/76.html
- ↑ a b c d e f http://scjss.mofcom.gov.cn/table/gz_3.pdf
- ↑ a b c http://www.asiarooms.com/en/travel-guide/china/guangzhou/guangzhou-overview/guangzhou-population.html
- ↑ http://fls.sysu.edu.cn/fls/deut/guangzhou/charaktereigenschaften-der-guangzhouer.html
- ↑ http://www.excelguangzhou.com/sixbanyan.html
- ↑ http://china.hrw.org/book/export/html/50307
- ↑ http://www.asianews.it/news-en/Beijing-and-Guangzhou-attack-underground-Churches-21186.html
- ↑ «Sister Cities of Guangzhou» (em inglês). Consultado em 19 de março de 2015
- ↑ «Guangzhou and Rabat sign sister city agreement» (em inglês). Consultado em 17 de março de 2015
- ↑ a b http://www.gdstats.gov.cn/tjnj/e3.htm
- ↑ a b http://economia.ig.com.br/expedicoes/china/no+cantao+a+feira+que+junta+todos+os+produtos+do+mundo/n1597044200546.html
- ↑ http://rightsite.asia/en/industrial-zone/guangzhou-free-trade-zone
- ↑ http://www.lifeofguangzhou.com/node_10/node_37/node_85/2007/01/03/116778797013245.shtml
- ↑ http://www.lifeofguangzhou.com/node_10/node_37/node_85/2007/01/19/116916856413959.shtml
- ↑ http://www.newsgd.com/specials/airportguide/airportnews/content/2009-06/01/content_5204382.htm
- ↑ http://www.guardian.co.uk/world/2010/jul/25/protesters-guangzhou-protect-cantonese
Bibliografia
- An Anglochinese Calendar for the Year 1845, Corresponding to the Year of the Chinese Cycle Æra 4482 or the 42d Year of the 75th Cycle of Sixty, being the 25th Year of the Reign of Ta'ukwa'ng, Vol. II, Hong Kong: Office of the Chinese Repository, 1845.
- Douglass, Robert Kennaway (1878), «Canton (1.)», in: Baynes, T.S., Encyclopædia Britannica, 5 9ª ed. , Nova Iorque: Charles Scribner's Sons, pp. 37–9
- Douglass, Robert Kennaway (1911). «Canton (China)». In: Chisholm, Hugh. Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- Kuo, Ping-chia, «Guangzhou», Encyclopædia Britannica, online ed., Encyclopædia Britannica, consultado em 15 de julho de 2016.
- Ring, Trudy; Salkin, Robert M.; La Boda, Sharon, eds. (1996), International Dictionary of Historic Places, Vol. V: Asia and Oceania, ISBN 978-1-884964-04-6, Taylor & Francis.
- «Guangzhou», Time Out: Hong Kong, ISBN 978-1-84670-114-6, London: Time Out Guides, 2011, pp. 284–300.
- Bulletins and Other State Intelligence, Westminster: F. Watts, 1841.
- Beck, Sanderson (2007), Republican China in Turmoil 1912–1926
- Bretschneider, E. (1871), On the Knowledge Possessed by the Ancient Chinese of the Arabs and Arabian Colonies: And Other Western Countries, Mentioned in Chinese Books
- Butel, Paul (1997), Européens et Espaces Maritimes: vers 1690-vers 1790, Par Cours Universitaires (em francês), Bordeaux: Bordeaux University Press
- Cortesao, Armando, ed. (1944), Suma Oriental of Tome Pires, an Account of the East, from the Red Sea to China, Written in Malacca and India in 1512–1515, ISBN 9788120605350, New Delhi: Asian Educational Services
- Douglas, Robert Kennaway (2006), Europe and the Far East, ISBN 978-0-543-93972-2, Adamant Media
- Dunn, Ross E. (1986), The Adventures of Ibn Battuta, ISBN 978-0-520-05771-5, University of California Press
- Dutra, Francis A.; Santos, João Camilo dos (1995), Francis A. Dutra; João Camilo dos Santos, eds., Proceedings of the International Colloquium on the Portuguese and the Pacific: University of California, Santa Barbara, October 1993, ISBN 978-0-942208-29-0, Santa Barbara: Jorge de Sena Center for Portuguese Studies, University of California.
- Gray, John Henry (1875), Walks in the City of Canton, Hong Kong: De Souza & Co.
- Gunn, Geoffrey (1 de agosto de 2011), History without Borders: The Making of an Asian World Region, 1000–1800, ISBN 9789888083343
- Kjellberg, Sven T. (1975), Svenska Ostindiska Compagnierna 1731–1813: Kryddor, Te, Porslin, Siden [The Swedish East India Company 1731–1813: Spice, Tea, Porcelain, Silk, ISBN 978-91-7004-058-0 (em sueco) 2nd ed. , Malmö: Allhem
- «Commercial Intercourse with China», Knight's Store of Knowledge for All Readers, London: Charles Knight & Co., 1841, pp. 130–152
- Li, Kangying (2010), The Ming Maritime Trade Policy in Transition, 1368 to 1567, ISBN 9783447061728, Wiesbaden: Otto Harrassowitz
- MacPherson, D. (1842), Two Years in China: Narrative of the Chinese Expedition, from Its Formation in April, 1840, Till April, 1842 : with an Appendix, Containing the Most Important of the General Orders & Despatches Published During the Above Period, London: Saunders & Otley
- Von Glahn, Richard (1996), Fountain of Fortune: Money and Monetary Policy in China, 1000–1700, ISBN 978-0-520-20408-9, Berkeley: University of California Press
- Wakeman, Frederic, Jr. (1985), The Great Enterprise: The Manchu Reconstruction of Imperial Order in Seventeenth-Century China, ISBN 978-0-520-04804-1, Berkeley: University of California Press
- Wilbur, Clarence Martin (1983), The Nationalist Revolution in China, 1923–1928, ISBN 9780521318648, Cambridge: Cambridge University Press
- Wills, John E., Jr. (1998), «Relations with Maritime Europe, 1514–1662», in: Denis Twitchett; John King Fairbank; Albert Feuerwerker, The Cambridge History of China, ISBN 978-0-521-24333-9, Vol. 8: The Ming Dynasty, 1368–1644, Pt. 2, Cambridge: Cambridge University Press, pp. 333–375
- Wills, John E., Jr.; Cranmer-Byng, John; Witek, John W. (2010), Wills, Jr., John E., ed., China and Maritime Europe, 1500–1800: Trade, Settlement, Diplomacy, and Missions, ISBN 978-0-521-17945-4, Cambridge: Cambridge University Press.
- Yü, Ying-shih (1987), «Han Foreign Relations», The Cambridge History of China, ISBN 978-0-521-24327-8, Vol. I: The Ch'in and Han Empires, 221 B.C.–A.D. 220, Cambridge: Cambridge University Press
- Yule, Henry (2002), The Travels of Friar Odoric