António Moniz Barreto
António Moniz Barreto | |
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Retrato de António Moniz Barreto. In Ásia portuguesa de Manuel de Faria e Sousa. Lisboa 1674 | |
Governador da Índia | |
Período | 1573 — 1576 |
Antecessor(a) | António de Noronha |
Sucessor(a) | Diogo de Meneses |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1530 |
Morte | 1600 (70 anos) |
Progenitores | Mãe: Maria de Mendonça Pai: Henrique Moniz Barreto, alcaide-mór de Silves (Portugal) |
António Moniz Barreto (1530 — Lisboa, 1600) foi um militar português. Foi o 25.º Governador da Índia. Combateu em Damão com 120 soldados, vencendo um batalhão de 2 mil indianos, em 1559. Foi nomeado mas recusou o cargo de governador de Malaca. Em 1573, foi nomeado governador da Índia, cargo que ocupou até 1577.
Foi sob seu mandato que se estabeleceu um tratado de paz entre o Estado da Índia e o Idalxá, o sultanato de Bijapur fundado em 1489 por Iúçufe Adil Xá (Abu Almuzafar Iúçufe Adil Cã Saui) e na época sob o sultão Ali Adil Shah I (1558–1580). Ambos os estados estavam em guerra contínua desde o início do século. O tratado de paz foi assinado em Goa em 22 de outubro de 1576 pelo embaixador de Bijapur, Zaerbeque, pelo próprio governador e na presença das principais figuras portuguesas na Índia.[1] No tratado, Goa garantiu a segurança dos navios do Idalcão, a proteção de suas mercadorias e o fim das extorsões praticadas por oficiais e outras figuras em Goa e em outros portos do Estado da Índia como Ormuz.[1] Por sua vez, o sultanato comprometeu-se a oferecer ao seu novo aliado uma ajuda generosa nos seguintes termos:
Disse mais o dito Embaxador que hora de novo se obriga para mais certeza e firmeza da paz e amizade que tem, e daqui em diante quer ter com o Estado da India, dar para ajuda e socorro quando lhe for necessario, dez mil homens de cavallo, e toda a gente de pee, que ouverem mister, com suas armas e mantimentos á sua custa (Contrato das Pazes feitas com o Idalxá, 1576, § IX).[1]
Foi durante o governo de António Moniz Barreto que o Império Português perdeu Ternate.
É sucedido por D. Diogo de Meneses, por têr morrido na viagem, perto de Moçambique, Rui Lourenço de Távora, indigitado para vice-rei da Índia.
Por sua genealogia, era descendente de Pedro de Menezes, 1.º Conde de Vila Real, primeiro governador de Ceuta.
Fontes
- Carreira da Índia[ligação inativa]
- Revisitando o Estado da Índia nos anos de 1571 a 1577 [1]
Precedido por António de Noronha |
Governador da Índia Portuguesa 1573 — 1576 |
Sucedido por Diogo de Meneses |