Alberto I da Bélgica
Alberto I | |
---|---|
Rei dos Belgas | |
Reinado | 23 de dezembro de 1909 a 17 de fevereiro de 1934 |
Investidura | 23 de dezembro de 1909 Palácio da Nação, Bruxelas, Reino da Bélgica |
Predecessor | Leopoldo II |
Sucessor | Leopoldo III |
Nascimento | 8 de abril de 1875 |
Palácio do Conde de Flandres, Bruxelas, Bélgica | |
Morte | 17 de fevereiro de 1934 (58 anos) |
Montanhas de Marche Dames, Namur, Bélgica | |
Sepultado em | 22 de fevereiro de 1934, Igreja de Nossa Senhora de Laeken, Bruxelas, Bélgica |
Nome completo | |
Alberto Leopoldo Clemente Maria Meinrad | |
Esposa | Isabel da Baviera |
Descendência | Leopoldo III da Bélgica Carlos, Conde de Flandres Maria José da Bélgica |
Casa | Saxe-Coburgo-Gota |
Pai | Filipe, Conde de Flandres |
Mãe | Maria Luísa de Hohenzollern |
Religião | Catolicismo |
Assinatura | |
Brasão |
Alberto I da Bélgica | |
---|---|
Serviço militar | |
Lealdade | Reino da Bélgica |
Serviço/ramo | Exército Real Belga |
Anos de serviço | 1892–1934 |
Graduação | Tenente General |
Conflitos | Primeira Guerra Mundial |
Alberto I (Bruxelas, 8 de abril de 1875 – Namur, 17 de fevereiro de 1934) foi o Rei dos Belgas[1] de 1909 até sua morte. Era filho do príncipe Filipe, Conde de Flandres e neto do rei Leopoldo I, e sua esposa, a princesa Maria Luísa de Hohenzollern-Sigmaringen, tendo sucedido seu tio Leopoldo II.
Casamento e filhos
No dia 2 de outubro de 1900, o então príncipe Alberto desposou a duquesa Isabel da Baviera, filha de Carlos Teodoro, Duque na Baviera e de sua segunda esposa, a infanta Maria José de Bragança. Isabel era sobrinha da imperatriz "Sissi" da Áustria e neta do deposto rei D. Miguel I de Portugal.
Eles tiveram três filhos:
- O príncipe Leopoldo, duque de Brabante, depois Leopoldo III.
- O príncipe Carlos, Conde de Flandres.
- A princesa Maria José, princesa da Bélgica, que se casou com o futuro Humberto II da Itália.
Rei dos belgas
Em 17 de dezembro de 1909, o rei Leopoldo II faleceu, tornando Alberto, aos trinta e quatro anos de idade, o novo monarca.
Alberto prestou juramento e foi oficialmente investido Rei em 23 de dezembro de 1909 em uma cerimônia no Palácio da Nação [2].
Durante a Primeira Guerra Mundial, Alberto I assumiu o comando do exército belga para defender seu país da invasão alemã, resistindo até o Reino Unido e a França se prepararem para a primeira batalha do Marne, em setembro de 1914.
"Eu governo uma nação, e não uma estrada", disse o rei em resposta aos alemães, que desejavam mover seus soldados através da Bélgica. Conduziu seu exército ao cerco da Antuérpia e à Batalha de Yser.
Ao final da guerra, retornou ao seu território como comandante do Grupo Flandres, que consistia em divisões belgas, britânicas e francesas. Foi saudado em Bruxelas como um herói nacional.
Em 1920, Alberto I foi o primeiro chefe de estado a visitar o Brasil, fato este que levou as autoridades brasileiras da época a efetuar preparativo em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esta visita levou à criação, 1 ano depois da companhia Belgo Mineira.
Alpinista
Alberto I manifestou durante toda a sua vida uma viva paixão pelo alpinismo onde tinha um preferência marcada pelo Maciço do Monte Branco, do Valais na suíça e pela Dolomitas em Itália.A 29 de Agosto de 1930 ele inaugurou um novo refúgio de montanha do glacier du Tour, o Refúgio Alberto I uma oferta do Clube alpino belga ao Clube alpino francês. Alberto I deixou o seu nome à agulha Torre Rei Alberto que é uma passagem terminal extremamente difícil.
Ascensões
- 1919 - Aiguille du Grépon, uma das agulhas de Chamonix
- 1920 - Aiguille du Moine, no Maciço do Monte Branco
- 1921 - Aiguilles de Chamonix
- 1922 - Travessia das Drus e da Aiguille des Grands Charmoz
- 1933 - Torre Rei Alberto, nos Alpes centrais, com Aldo Bonacossa e Giusto Gervasutti
- 1933 - Face sudoeste do Croz dell'Altissimo, nas Dolomitas com Hans Steger
Morte
O rei Alberto I morreu em 1934 em acidente de escalada, em Marche-les-Dames, na região de Ardenas.
Seu corpo foi enterrado no jazigo real, dentro da Igreja de Nossa Senhora do cemitério de Laeken.
Em 1935, Émile Cammaerts escreveu uma biografia de Alberto I.
Ancestrais
Referências
- ↑ Christophe Giltay (20 de Julho de 2013). «Pourquoi dit-on roi des Belges et pas roi de Belgique ?». RTL Info. Consultado em 14 de Dezembro de 2015
- ↑ «Royalement Blog: Les prestations de serment des Rois des Belges». Royalement Blog. 20 de julho de 2013. Consultado em 12 de agosto de 2023
- Laurence Van Ypersele, Le Roi Albert, Histoire d'un mythe, Mons, éditions Labor, 2006, 532 p. (ISBN 2-8040-2176-9)
- Gérard Bordes, Grande Encyclopédie de la Montagne, t. 1, Paris, Atlas, 1976, 2400 p
Ligações externas
- Alberto I da Bélgica: teorias da conspiração sobre a sua morte não resistiram à genética, Nicolau Ferreira, Público, 03/08/2016
- Arquivo Albert I da Bélgica, Museu real da África central
Alberto I da Bélgica Casa de Saxe-Coburgo-Gota Ramo da Casa de Wettin 8 de abril de 1875 – 17 de fevereiro de 1934 | ||
---|---|---|
Precedido por Leopoldo II |
Rei da Bélgica 23 de dezembro de 1909 – 17 de fevereiro de 1934 |
Sucedido por Leopoldo III |
- Nascidos em 1875
- Mortos em 1934
- Monarcas da Bélgica
- Casa de Saxe-Coburgo-Gota
- Cavaleiros da Ordem do Tosão de Ouro
- Cavaleiros da Ordem da Jarreteira
- Cavaleiros da Ordem da Águia Branca
- Monarcas católicos romanos
- Grã-Cruzes da Banda das Três Ordens
- Pessoas da Primeira Guerra Mundial (Bélgica)
- Mortes no montanhismo
- Cavaleiros da Ordem da Águia Negra
- Sepultados na Igreja de Nossa Senhora de Laeken
- Ordem de Leopoldo (Bélgica)
- Mortes acidentais na Bélgica