AgustaWestland EH101
AW101 (EH101) Merlin | |
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Um Merlin HC3A da força aérea britânica. | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Helicóptero de busca e salvamento / fiscalização |
País de origem | Reino Unido Itália |
Fabricante | AgustaWestland |
Período de produção | 1990-presente |
Custo unitário | US$ 21 milhões (2009) |
Primeiro voo em | 9 de outubro de 1987 (37 anos) |
Introduzido em | 2000 |
Tripulação | 3/5 |
Passageiros | 30 |
Soldados | 35 |
Carga útil | 5 000 kg (11 000 lb) |
Especificações (Modelo: Merlin HM1) | |
Dimensões | |
Comprimento | 19,30 m (63,3 ft) |
Envergadura | 18,60 m (61,0 ft) |
Altura | 6,61 m (21,7 ft) |
Área do(s) rotor(es) | 271,51 m² (2 920 ft²) |
Alongamento | 1.3 |
Diâmetro do(s) rotor(es) | 18,60 m (61,0 ft) |
Peso(s) | |
Peso vazio | 10 500 kg (23 100 lb) |
Peso máx. de decolagem | 14 600 kg (32 200 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 3 x turboshafts Rolls-Royce/Turbomeca RTM322-01 |
Potência (por motor) | 5 100 hp (3 800 kW) |
Performance | |
Velocidade máxima | 277 km/h (150 kn) |
Alcance bélico | 740 km (460 mi) |
Alcance (MTOW) | 740 km (460 mi) |
Autonomia | 8,30 h(s) |
Teto máximo | 4 575 m (15 000 ft) |
Aviônica | |
Tipo(s) de radar(es) | Radar de vigilância Selex Galileo Blue Kestrel 5000 Sonares:
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Contramedidas eletrônicas | Racal Orange Reaper ESM |
Armamentos | |
Metralhadoras / Canhões | 2 x metralhadoras de 7,62 mm (0,300 in) |
Bombas | 960 kg (2 120 lb) de bombas e torpedos ou cargas de profundidade |
Notas | |
Dados de: Jane's All The World's Aircraft 2003–2004[1] e Força Aérea Portuguesa[2] |
O AgustaWestland EH101 é um helicóptero originalmente desenvolvido num esforço conjunto entre a Westland Helicopters no Reino Unido e Agusta na Itália para aplicações militares, embora também pode ser utilizado no contexto civil. Desde 2007, o EH101 teve sua designação oficial modificada para AgustaWestland AW101.
Desenvolvimento
Em 1977, o Ministério da Defesa do Reino Unido expediu uma requisição para a compra de um novo helicóptero (ASW) antissubmarino de guerra para substituir o Westland Sea Kings da Royal Navy. A Westland respondeu com um desenho chamado WG.34, que foi aprovado para desenvolvimento. Enquanto isto, a Marinha Militar Italiana também estava procurando por um substituto para o seus Sea Kings fabricados pela Agusta, o que levou a Agusta a uma série de discussões com a Westland sobre a possibilidade de um desenvolvimento conjunto. Isto culminou na finalização de uma joint venture em Novembro de 1979 e na formaçcão de uma nova empresa (EH Industries) para gerenciar o projeto no ano seguinte. EH é uma abreviação para Elicottero Helicopter, incorporando as palavras inglesa e italiana para "helicóptero." Enquanto os estudos de design progrediam, a EHI descobriu um mercado maior para uma aeronave com as mesmas capacidades amplas requeridas pelas marinhas tanto da Inglaterra quanto da Itália, o que a levou a um design mais generalizado que poderia ser customizado para clientes e aplicações específicos. Após um desenvolvimento extenso, o primeiro protótipo voou em 9 de outubro de 1987. As indústrias EH não existem mais, tendo sido incorporadas quando as duas companhias se fundiram. O nome EH101 surge por mero acaso. De facto inicialmente chamava-se EHI01 como referência ao facto de ser o primeiro projecto da empresa. Numa comunicação interna uma secretária trocou o I por um 1 e o nome pegou.
Operadores
A Real Marinha Britânica (Royal Navy) encomendou 44 helicópteros para luta antissubmarina designados originalmente Merlin HAS Mk.1, logo alterados para Merlin HM Mk.1. O primeiro Merlin operacional foi entregue em 17 de maio de 1997, entrando em serviço a 2 de junho de 2000. Todas as Aeronaves foram entregues até ao fim de 2002.
A Real Força Aérea Britânica (RAF) encomendou 22 helicópteros de transporte designados Merlin HC3, o primeiro dos quais entrou em serviço em 2000. O Reino Unido está a considerar o Merlin como substituição dos Westland Sea King ASaC7 na função de Alerta Aéreo Antecipado.
A Marinha Italiana recebeu seu primeiro exemplo de produção (de um pedido de 36) em janeiro de 2001. Esta fornada inclui uma mistura de ASW, transporte, vigilância e avião com variantes de alarme antecipado, a entrega termina no final de 2004.
A Força Aérea Portuguesa utiliza, desde 24 de Fevereiro de 2005, 12 helicópteros EH101 em missões de Transporte, Busca e Salvamento e Vigilância e Reconhecimento. Estes aparelhos substituiram progressivamente os Aérospatiale Puma naquelas missões. Os EH101 aquiridos por Portugal, operados pela Esquadra 751, vêm em três diferentes versões: SAR (busca e salvamento), CSAR (busca e salvamento em combate) e SIFICAP (Sistema de Fiscalização das Pescas). Os EH101 portugueses têm a características de serem as únicas aeronaves deste modelo pintadas com uma camuflagem táctica (verde e castanha).[2]
São utilizados primariamente em missões de Busca e Salvamento, mantendo-se dois sempre em alerta de 30 minutos (a partir da Base Aérea do Montijo e da Base Aérea das Lajes) e um em alerta de 45 minutos (a partir do Aeródromo de Manobra nº3, em Porto Santo).
Também em 2001, a Agusta Westland assinou um contrato com a Lockheed Martin para comercializar aeronaves nos Estados Unidos sob o nome de US101. Ela competiu pelas regras de transporte presidencial para VIP e "Marine One", atualmente feito pelo H-3 Sea King ou o menor UH-60 Black Hawk. O US101 vair ser construído nos Estados Unidos e terá os grandes sistemas e equipamentos americanos, como eixo-turbo da General Electric, por exemplo.
Em 28 de janeiro de 2005, foi anunciado que o US101 foi o vencedor da competição para ser o próximo helicóptero da Marine One para transporte exclusivo do presidente dos Estados Unidos. Desta forma, ele venceu o Super Hawk, do desafiante Sikorsky e se tornou o primeiro helicóptero não-Sikorsky a preencher o papel do Marine One desde 1957. O pedido é para 23 aeronaves para equipar o tradicional One squadron HMX-1 da Marine. O contrato foi então cancelado alegando-se custos excessivos, e nova concorrência está sendo preparada.
O Canadá tem uma história confusa com o EH 101. Após o exemplo do Reino Unido e da Itália, o governo canadense colocou um pedido para que a aeronave substituisse o CH-124 Sea Kings e o CH-113 Labrador das Forças Canadenses em 1987. Estes eram para ser montados no Canadá sob o nome de CH-148 Petrel e CH-149 Chimo para os papéis de antissubmarino e resgate por ar-mar respectivamente. O programa todo foi cancelado entretanto, após a mudança de governo em 1993, o que levou ao pagamento de multas de cancelamento que excederam o valor total do contrato.
Em 1998, o governo canadense anunciou que o CH-113 seria substituído pelo EH101, designados CH-149 Cormorant. O governo canadense se referia a estas máquinas como "AW 320"s, evitando cuidadosamente o nome EH101. O primeiro, de um pedido de 28, chegou ao Canadá em setembro de 2001 e entrou em serviço no ano seguinte.
O EH101 foi de novo parte de uma competição canadense (o Projeto do Helicóptero Marítimo), versus o Sikorsky H-92, por um preço total de CA$5 bilhões. O Sikorsky ganhou a competição em 23 de julho de 2004. De novo, controvérsias seguiram este processo de compra, girando em torno de vários pontos:
- A falta de vontade alegada ao governo liberal para selecionar uma aeronave que havia sido previamente rejeitada por uma adminstraçcao liberal anterior.
- Quase CA$1.2 bilhões dadas como compensação à Sikorsky.
- A incapacidade da Sikorsky, alguns dizem, para preparar o S-92 para o uso militar. Deve-se notar que o S-92 é meramente uma versão maior do helicóptero de patrulha em uso, o SH-60 Seahawk, e que a Sikorsky tem uma longa tradição no campo de patrulha marítima.
Apesar de todos estes obstáculos, o S-92 Superhawk é uma escolha óbvia para que o Comando do Ar Canadense se desenvolva abordo de navios da Marinha Canadense, especialmente pelo fato da cabine do S-92 ser alta o suficiente para que os membros da tripulação fiquem de pé (uma luxúria ao longo das missões). Ao contrário do EH-101, O S-92 também pode bater o EH-101 por ter menos 300 libras de peso e poder decolar em menos de 2 minutos. Outra vantagem, que o S-92 tem sobre o EH-101, é que o tempo de reparo. O S-92 demanda somente 2 horas de reparo para cada hora de voo, enquanto o EH-101 no Serviço Canadense de Busca e Resgate tem experimentado a necessidade de tempos de reparo de 20 horas, contra uma hora no ar.
A entrega começará em 2008, sendo um entregue por mês após esta data. O preço de contrato também inclui manutenção por um período de 20 anos.
A variante CH-149 tem ficado no solo por algum tempo devido a estaladelas em componentes dos rotores de cauda. Em novembro de 2004, o governo canadense permitiu que ele voasse de novo.
A Policia de Tóquio tornou-se o primeiro cliente civil para este tipo de helicóptero, ao comprar um único exemplar em 1998. Em 2003, Força Marítima de Autodefesa do Japão anunciou a compra de 14 unidades destas aeronaves para utilizar na função de combate antissuperfície e antissubmarino.
Em 2001, a Dinamarca anunciou a aquisição do EH101 para missões de busca e salvamento.
Ver também
Referências
- ↑ Jackson, Paul. Jane's All The World's Aircraft 2003–2004, p.233-238. 2003, Jane's Information Group. Coulsdon, UK. ISBN 0-7106-2537-5
- ↑ a b WEBTEAM, FAP-. «Força Aérea Portuguesa». www.emfa.pt. Consultado em 22 de maio de 2021
Ligações externas
Artigos relacionados: | |
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Desenvolvimento: | |
Equivalência: | NHI NH90 - Sikorsky S-92 |
Série: | - - - EH101 - - - |
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