Acerola
Acerola | |||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||
Classificação científica | |||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||
Malpighia emarginata DC. | |||||||||||
Sinónimos | |||||||||||
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Acerola | |
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Valor nutricional por 100 g (3,53 oz) | |
Energia | 32 kcal (130 kJ) |
Carboidratos | |
Carboidratos totais | 7.69 |
• Fibra dietética | 1.1 |
Gorduras | |
• saturada | 0.068 |
• trans | 0.000 |
• monoinsaturada | 0.082 |
• poli-insaturada | 0.090 |
Proteínas | |
Proteínas totais | 0.40 |
Água | 91.41 |
Vitaminas | |
Vitamina A equiv. | 38 µg (5%) |
Tiamina (vit. B1) | 0.020 mg (2%) |
Riboflavina (vit. B2) | 0.060 mg (5%) |
Niacina (vit. B3) | 0.400 mg (3%) |
Vitamina B6 | 0.009 mg (1%) |
Ácido fólico (vit. B9) | 14 µg (4%) |
Vitamina B12 | 0.00 µg (0%) |
Vitamina C | 1677.6 mg (2 021%) |
Minerais | |
Cálcio | 12 mg (1%) |
Ferro | 0.20 mg (2%) |
Magnésio | 18 mg (5%) |
Manganês | 0.6 mg (29%) |
Fósforo | 11 mg (2%) |
Potássio | 146 mg (3%) |
Sódio | 7 mg (0%) |
Zinco | 0.1 mg (1%) |
Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos. Fonte: USDA Nutrient Database |
A acerola, azerola, cerejeira-do-pará, cerejeira-de-barbados ou cerejeira-das-antilhas (Malpighia emarginata) é um arbusto da família das malpighiáceas. O fruto se dá numa árvore chamada aceroleira. Tem origem nas Antilhas, América Central e norte da América do Sul.[1]
Etimologia
"Acerola" e "azerola" provêm do árabe az-zu'rur, através do espanhol acerola.[2]
Descrição
O fruto nasce na aceroleira, que é um arbusto de até três metros de altura, cujo tronco se ramifica desde a base e cuja copa é bastante densa com pequenas folhas verde-escuras e brilhantes. Suas flores, de cor rósea-esbranquiçada, são dispostas em cachos e têm floração durante todo o ano. Após três ou quatro semanas, se dá sua frutificação. Por ser uma planta muito rústica e resistente, ela se espalhou facilmente por várias áreas tropicais, subtropicais e até semiáridas. A acerola, quando madura, tem uma variação de cor que vai do alaranjado ao vinho, passando pelo vermelho. Esta coloração é resultado da presença de antocianinas, especialmente pelargonidina e malvidina.[3]
Sua superfície é lisa ou dividida em três gomos. Possui três sementes no seu interior. O sabor do fruto é levemente ácido e o perfume é semelhante ao da uva. Possui vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), cálcio, fósforo, ferro e, principalmente, vitamina C, que, em algumas variedades, chega a estar presente em até 5 gramas por 100 gramas de polpa. Este valor chega a ser oitenta vezes superior ao da laranja e ao do limão.
A acerola está dividida em duas seleções: a acerola vermelha e a acerola laranja.
Adaptação
A acerola pode ser propagada por semente, corte ou outros métodos. Prefere solo seco e arenoso e pleno sol, e não pode suportar temperaturas inferiores a 30 ° F / -1 ° C. Por causa de suas raízes superficiais, tem tolerância muito baixa aos ventos.
Cultivo
Nos países de clima tropical, a acerola vem ganhando cada vez mais destaque em seu cultivo como bonsai de interior.
No Brasil, foi, inicialmente, introduzida no estado de Pernambuco pela Universidade Federal Rural de Pernambuco em 1955, por meio de sementes oriundas de Porto Rico, espalhando-se, a partir de então, para o Nordeste e outras regiões do país.[4]
O cultivo de acerola teve um forte crescimento a partir do final do século XX, sendo hoje uma importante cultura da Região Nordeste do Brasil, principalmente na agroindústria de polpa de fruta congelada.
Propriedades nutricionais do fruto
O teor de ácido ascórbico em 100 gramas de polpa de acerola excede mil miligramas, valor equivalente aos comprimidos efervescentes contendo um grama de vitamina C.
Mesquita e Vigoa, no livro "La Acerola", de 2000, demonstraram que o alto teor de ácido ascórbico e a presença de antocianinas no fruto de acerola promovem ação antioxidante. Bsoul e Terezhalmy, em seu livro "Vitamin C in health and disease", de 2004 descrevem que, além da ação antioxidante sobre os radicais livres, os frutos da acerola possuem ação imunoestimulante, estimulam a formação do colágeno, importante para a mucosa oral, pois diminui a permeabilidade a endotoxinas.
Variedades
Existem mais de 42 variedades de acerola que são cultivadas no Brasil. As principais são:
- Apodi (BR 235)
- Cabocla
- Cereja (BR 236)
- Frutacor (BR 238)
- Okinawa
- Olivier
- Roxinha (BR 237)
- Rubra
- Sertaneja (BR 152)
Imagens
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Acerola
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Acerolas maduras
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Flores e frutas verdes
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Flores fechadas, abertas e frutos verdes
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Sementes do fruto
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 27, 384.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 27.
- ↑ AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS. Agregação de valor e articulação da cadeia de produção consolidam o mercado de acerola na Alta Paulista. São Paulo, [2007]. Disponível em:<http://www.apta.sp.gov.br/noticias>. Acesso em: 24 set. 2007.
- ↑ Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.32, n.264, p.17·25, set./oul. 2011
Ligações externas
- Página da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
- BSOUL, S.A; TEREZHALMY.G.T. Vitamin C in health and disease. J Contemp Dent Pract; 5(2): 1-13,2004.
- MESQUITA, P.C.; VIGOA, Y.G. La acerola. Fruta marginada de América con alto contenido de ácido ascórbico. Alimentaria, Madrid, v.37, n.309, p-113-126, 2000.